Imprinting || Spin Off Indomável

Capítulo 5

Dias se passaram, e nada de encontra-la, eu andei por toda a cidade, já se passava mais de uma semana e todas as minhas tentativas foram frustradas.
Todos os dias eu voltava aquele café para ver se ela estaria lá com sua roupa de frio, mas ela não estava.

Todos os cantos da cidade já tinham sido visitado por mim, ninguém sabia quem eu era, talvez alguns ate me achassem louco eu olhava detalhadamente para cada pessoa procurando por ela.
Derik já estava me achando estranho, as imagens dela não saiam da minha mente e eu ficava igual uma barata tonta na rua, a procurava por todos os lados.

Talvez ela seja apenas uma turista e foi embora, ou talvez viajou, vai saber, eu só sabia que eu queria ela a todo e qualquer custo, sua imagem se repetia diversas vezes em minha vista essa garota vai acabar me tirando da gravidade, algumas vezes eu até imaginava meu corpo sendo levitado.

Todos esses dias eu sonhei com ela, sonhei com o dia que a conheceria e ela me abriria um lindo sorriso meu coração batia forte só em pensar nela.

....

Mais uma noite de sono e o sonho não foi nada agradável, eu via ela deitada no chão, despida, agonizando, sua boca sangrava e seu pescoço também, ela estava morrendo, seus gritos e gemidos eram perturbadores estava sobre um chão de madeira um pouco gasto, olhei em volta e toda a casa era composta da mesma coisa parecia uma casa abandonada, estava um pouco escuro, o sol parecia estar nascendo, tinha um rapaz perto dela ele estava sentado em uma cadeira com as mãos cheias de sangue em seu rosto, parecia estar arrependido de algo, ele balançava sua cabeça varias vezes e não a ajudava, logo após ele saiu deixando ela morrer.....

Então acordei... Suando... Taquipineico, eu estava tremendo que sonho horrível, eu não entendo talvez tenha sido apenas um pesadelo, mas aquelas cenas me perturbavam o dia todo a cada minuto, eu fazia de tudo para não pensar mas era inútil, quanto mais eu tentava não pensar mais eu pensava.
O dia foi longo, eu queria saber quem é ela mas agora eu estava com medo, medo do que ela poderia fazer comigo, medo do que fizeram com ela se ela estava morrendo como esta aqui? aquela casa não parecia ser dos dias atuais... Minha cabeça estava uma bagunça então sai um pouco para esfriar a cabeça, andei pelos jardins perto do hotel e me perdi totalmente em pensamentos, quando me dei conta já era tarde.

Decidi Sair com Derik para um restaurante da cidade.
Fomos muito bem recebidos, a garçonete estava flertando com Derik me deixando de vela por incontáveis minutos, pedimos um jantar e ela se retirou, o Derik ficou com uma cara de abestalhado.

- Então... Pronto para voltar a realidade?
Pergunta Derik saboreando seu vinho...

- Quem disse que vou voltar?
Respondo o fitando.

- As férias são de um mês cara.. Não soube?
Ele voltou seu olhar a mim...

- Não... Não fiquei sabendo... Mas também nao importa... Me demito...
Tomo alguns goles daquele saboroso vinho...

- Como é? .... Olha cara da próxima vez não me chama pra essas loucuras...
Enquanto ele falava a garçonete passa do outro lado acenando, o que o faz babar e acenar de volta igual um bobo.

- Como dizia?
Pergunto sarcástico...

- A ... e sua namorada imaginaria?
Ele devolve meu sarcasmo...

Eu engasgo o vinho, não estava mais pensando nela mas ele fez tudo voltar, todos os sentimentos, todas as cenas, todas as imagens dela, meu semblante mudou de uma forma inesperada, meu sorriso foi embora e uma tristeza me tomou.
Mas de repente meu coração bateu forte, meus olhos se direcionaram a janela do restaurante e lá estava ela sentada em um banco na calçada, eu não pensei duas vezes, sai correndo derrubei a cadeira, joguei o guardanapo, minhas pernas corresponderam a minha mente mas dessa vez eu olhei bem para onde estava indo, ela estava distraída o que me deu uma vantagem, me sentei ao seu lado e seus lindos olhos azuis encontraram os meus.

Sua expressão de surpresa foi rápida, lhe dei um sorriso que infelizmente não foi correspondido, mas eu a entendo.

- Oi!
Me pronunciei, esperava que ela finalmente sorrisse mas não foi bem assim, seu semblante fechou.

- Oi... Quem é você?
Me perguntou olhando em outra direção.

- Meu nome é Hunter Gleis...
Um minuto de silêncio, foi o suficiente para eu desistir, quando ia me levantando, escuto uma voz doce e carinhosa...

- O meu é Emily Campbell... Mas pode me chamar de Emy...
Sua doce voz vinha acompanhada do sorriso mais lindo e sincero que eu já tinha visto, ela me estendeu a mão, quando a toquei calafrios me tomaram, parte do sonho veio em minha frente, suas mãos eram frias e sem vida, sua pele nao tinha a mesma tonalidade de uma pessoa normal ao ver minha expressão, seu sorriso desapareceu dando lugar a um olhar de preocupação...

- Você está bem Hunter?
A olhei no fundo dos olhos, aquela garota era diferente de tudo e de todas, seu olhar era impactante, me fazia ver as trevas.

- Estou bem Emy!!
A respondi com um sorriso amarelo que logo foi retribuído.

- Eu preciso ir ta bem?
Ela olhou um pouco triste para a rua que teria que seguir...

- Eu posso te acompanhar se quiser, ou... ou você pode jantar comigo!?
Pela primeira vez na minha vida uma mulher me faz gaguejar...

- Não se preocupe comigo, ficarei bem,

Ela sorriu e seguiu seu caminho, desaparecendo na escuridão da rua estreita e molhada de orvalho, me deixando em pé como estátua, suas palavras martelaram minha mente, agora já sei seu nome, eu só preciso encontrar ela de novo... Eu preciso saber mais...
Meu coração parecia ter encontrado mais energia para bater, o amor chegou e não vou embora sem desfrutar dele, voltei para o restaurante peguei meu prato pedi para embalar, paguei a conta e fomos para o hotel sem discussões.