capítulo 11

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Não é fácil receber uma notícia dessas em plenas férias, eu sabia que tinha algo de errado, mas um tumor no cérebro? Era de mais para mim, e foi o mesmo que minha mãe morreu, eu estou perdido.
Estava sozinho no quarto, Emy saiu para comer, secretamente, não sei o que tem de tão errado em sua comida que eu não posso ver, as vezes acho que ela me esconde alguma coisa. mas claro que esconde acabamos de nos conhecer. Ela é como uma luz para mim, seus cabelos loiros parecem ter sido tirados diretamente do sol de tanto que brilham, e seus olhos parecem terem saído do mar de tão azuis, e a noite passada com ela, a noite perfeita, a melhor noite da minha vida, a noite que eu senti o que minha mãe dizia. Quando você achar a pessoa certa, será como se visse fogos de artifício toda vez que ela te tocasse, toda vez que os seus olhos se encontrarem. Minha mãe tem toda razão, estar com ela é mágico, é incrível, é até assustador, as vezes penso que ela não é desse mundo, não é humana, mas que ironia minha, que pensamento tão elevado.
A porta se abriu muito devagar, e ela entrou, delicada, com seu olhar de preocupação, e seus lindos labios rosados curvando-se para esboçar um leve sorriso, eu retribuir, e acabei pedindo que ela entrasse, e assim o fez, sentou na cadeira ao lado do da maca, onde tem sido sua cama de todas as noites aqui, já faz uma semana que estamos no mesmo quarto, e sem previsão de alta, mas ela não se importa, age como se não tivesse diferença, e isso é lindo, não me importo em estar aqui, contando que ela esteja comigo.
- Se senti melhor?- sua voz doce e suave falou devagar me fazendo sorrir para ela..
- Estou sim... - Suas costas relaxaram, ela estava tensa, assustada, nunca vi alguém com tamanha preocupação comigo ao não ser minha mãe, era bom, era incrível.
- Está com fome? - Ela parecia inquieta, talvez esse lugar estivesse finalmente a incomodando.
- Não.. obrigada...- A olhei firme, nunca a vi tão assustada.
- O que a contigo? - arqueei uma das sobrancelhas.
- Preciso te contar algo... Preciso contar enquanto estiveres aqui, por que não irás querer voltar comigo.
Prendi a respiração por alguns segundos, o que ela esconde? O que a faz sofrer tanto?
- Não sou quem você pensa... - Senti meu coração parar.
- Bom... Eu sou a Emy que você conheceu na Inglaterra...- soltei o ar que não sabia que tinha prendido.
- Mas não sou isto que você vê- ela gesticulava com as mãos apontando para o rosto.
- Então preciso de óculos.. - Tentei quebrar a tensão que estava invadindo o quarto, e consegui tirar o esboço de um sorriso, mas nada que mudasse ou tirasse sua preocupação.
- Eu sou um monstro, o monstro das histórias de terror, o monstro que todos tem medo, o monstros dos filmes que faz as pessoas não quererem sair de casa - ela falava com rapidez, e cada vez que ela repetia a palavra "monstro" meus olhos se arregalavam.
- Fale de uma vez por favor - Pedi com rapidez mas mantive minha voz suave, não queria assusta-la, mas não estava mais aguentando esse suspense.
Ela me olhou, e seus olhos ficaram negros, veias negras estavam ao redor de seus olhos, na sua carga dentária cresciam dois pares de caninos, e sua expressão era assustadora. Sim Ela é o monstro das histórias que minha mãe me contava antes de dormir.
- Eu sou uma Vampira Hunter...
Foram suas últimas palavras antes de voltar ao normal e lágrimas caírem de seus olhos e rasgarem sua face aveludada, eu fiquei sem reação, não sabia o que lhe dizer, apenas encarei o teto do hospital, e fiquei a pensar, Tentei pensar em qualquer coisa que não fosse ela, qua não fosse nossa noite, que não fosse seus olhos, que não fosse minha preocupação por ela não está respirando, que não fosse sua transformação, que não fosse sua voz, mas tudo que me vinha a cabeça era ela, apenas ela, sua voz, seus olhos, seus gemidos, seus sorrisos, seus beijos, apenas isso. Ela saiu do quarto sem eu ao menos notar, e se ela iria voltar? Isso era algo incerto. E se eu me importo com ela? Isso era verdade, me importo muito a ponto de tentar me levantar para ir atrás dela. Se eu aceito o que ela é? Isso eu não sabia, mas dentro de mim gritava dizendo que eu não podia deixa-la, eu não podia abandona-la, e se ela não teve escolhas? E se ela nasceu assim? E se ... E se... E se. 

Oi amores... Gostaram do capítulo??
Espero que sim... Bom... Quem me segue sabe bem o porquê eu não venho escrevendo esses dias .  Espero que entendam... Beijos amores meus.  

Imprinting || Spin Off IndomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora