Imprinting || Spin Off Indomável

capítulo 12

Lágrimas? Sim.. lágrimas escorriam da minha face, eu não sabia o que era chorar, nada em mim estava vivo, mas aquilo fez com que eu mudasse de pensamento, talvez ... Eu esteja voltando a vida... Será que isso é possível? Para Nicolau tudo era possível. Sai do quarto com os pensamentos voltados para as palavras de Nicolau. Quando o imprinting acontecer coisas aconteceram com você, e por mais que não queira acreditar, se sentirá viva dr novo, é isso que o amor faz Emy, ele nos devolve o ar que perdemos quando fomos transformados, ele devolve as batidas do nosso coração que foram tomadas, e as lágrimas voltam a jorrar, você começa a sentir frio e calor, o amor é uma transformação. Talvez seja, e talvez não, mas eu sei o que eu senti, e o que eu venho sentindo, e revelar isso pra ele foi como se estivesse arrancando minha própria cabeça, a dor foi inimaginável, sai um pouco do hospital para ver se minha cabeça esfria. Foi só eu sair do hospital para todas as sensações sumirem, nem lágrimas, nem coração, nem respiração, apenas um monstro, só um monstro.
Fiquei andando pelo pátio do hospital distraída quando sinto a presença de outro vampiro.
- Perdida Campbell?
A voz irritante de Safrilly ecoou em meus ouvidos.
- Olha quem fala, não está muito longe de casa Safrilly?
Ela é uma vampira centenária como eu, foi transformada pelo mesmo ordinário que me transformou.
- Gosto de sangue novo entendi?
Me sentei em um dos bancos e fiquei encarando aquela sínica discarada.
- o Nicolau fez um bom trabalho com você, quase não se nota que és uma vampira Campbell.
Aí que garota chata.
- Ele teria te ajudado também, se você não tivesse entregado ele para os caçadores.
Fui ríspida, não tenho nenhum sentimento por ela a não ser de nojo.
- Pois é, foi trágico, mas ele estava para matar o homem que eu sempre amarei em minha existência.
Idiota.
- Quando o encontrar, eu mesma irei mata-lo.
Seu olhar se transformou na besta que é.
- Mato você se encostar um dedo no Dorkain !
Ri de sua postura.
- Ele não quer você Safrilly, sabe disso, ele te largou por quem mesmo? Não se lembra? A quinhentos anos atrás?
Ela partiu para cima de mim mas eu a segurei e a joguei no chão. Ela era amante dele quando nos conhecemos mas ele a largou para ficar comigo, e me transformou, depois de muita insistência da parte dela ele também a transformou, mas aí ele sumiu, tivemos algumas pistas de seu paradeiro, mas ela mandou matar Nicolau, o entregando para os caçadores, daí então meu ódio por ela começou.
- Em breve ele vai voltar e eu não perderei a chance de arrancar sua cabeça fora!
A soltei e segui meu caminho.
Sinceramente hoje não é meu dia de sorte, fui cercada por caçadores, ho raça insuportável!
- Emy! Que saudade.
Trevor, aquele caçador infeliz não sai de meu encalço.
- Menti melhor Trevor!
O empurrei e tentei passar daquela muralha de homens que estava devidamente posicionados contra qualquer coisa que eu tentasse.
- Não é assim que se trata um velho amigo.
Ele estende os braços fingindo estar emocionado.
- Verdade, estava com saudade de esmurrar sua cara, até porque você nem em mil anos seria mais forte do que eu, tanto que você nem se atreve a me encarar sem seus soldadinhos e sem os brinquedos antigos do seu avô, que a propósito era bem mais bonito que você quando ainda jovem.
Sorriu com minhas provocações, ele comprimia a mandíbula a cada palavra, mas quando falei do seu avô ele segurou meu corpo próximo ao seu e eu pude sentir cada gota do seu sangue pulsando em suas veias, mas o sangue deles é amargo, o pior que qualquer vampiro poderia provar.
- Por que só você Vamp não me quer?
Eu morro de nojo desse cara.
- Não costumo brincar com lixo!
Ele me jogou no chão, e como estou em desvantagem pela quantidade deles que tem aqui, resolvi não fazer nada.
- Você vai escorregar algum dia Vamp e vai precisar da minha ajuda!
Cospiu na minha cara e se retirou com seu pessoal, me levantei e fui até um deque, não era perto, por isso usei minha velocidade, fiquei observando o mar, e me lembrando dos momentos com meu humano, dos momentos com Nicolau, dos momentos com minha família, os poucos que tive com eles. Meu pai era orgulhoso de mim, sempre que chegava em casa me dava um beijo na bochecha, minha mãe era tão doce e carinhosa, todas as manhãs tinha café quentinho, e tomávamos juntos.
Eu me sentia um monstro, eu o queria, ele faz com que eu me sinta viva. Droga Nicolau!
Eu preciso dele, eu não quero ser um monstro. Por mais irônico que pareça, eu estou cansada de ser morta, eu estou cansada de não conseguir sentir, eu quero viver, de novo, em quinhentos anos, eu quero saber o que é ser amada.

***
Oii pessoal. Eu sei que demorei bastante... Estou tendo dificuldades com o livro, mas não irei desistir do mesmo...
Então pessoal...
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Biss Luzes