- Casino não. É um fliperama? – Vitória perguntou.
Eles não viam nenhuma máquina de fliperama, mas ouviam um barulho de moedas e de bolinhas de pinball.
- Eu não estou vendo ninguém. Essa música está tão alta e não tem ninguém aqui. Que estranho. – Falou Daniel.
- E o que faremos agora? – Micaela perguntou.
- Melhor irmos andando. – Ellen sugeriu. – Se ficarmos parados não vamos saber de nada mesmo.
- Eu não aguento mais andar. – Vitória falou. – Eu vou entrar aqui.
- Você ficou louca? – Micaela a repreendeu. – Não sabemos quem mora nessa casa e nem quando vão chegar, mas sabemos que ficarão furiosos se nos pegarem bisbilhotando a casa deles.
- A Ellen tem razão. Melhor irmos andando mesmo. – Falou Daniel.
- Andar mais? Eu estou cansada, cheia de cadernos e livros de faculdade. Eu não aguento mais dar um passo. – Vitória falou.
- Ei. Façam silêncio. – Micaela falou. – Vocês ouviram isso?
- Eu não estou ouvindo nada. – Daniel falou.
- Exatamente. A música parou.
- Vamos nos esconder, rápido.
Os meninos correm para trás de umas árvores que tinha na frente da casa. Ficaram lá parados quando viram sair de dentro da casa três caras fortes. O maior deles estava com uma pistola na mão, enquanto os outros dois tinham duas facas, uma em cada mão.
- Quem está ai? – Gritou um dos que estava com duas facas.
- Acho que não tem ninguém aqui. – Falou o de pistola.
- Não. Tem sim. Eu tenho absoluta certeza de que ouvi alguém aqui fora. – O outro falou.
- Luiz. Entre. Vigie a casa com o Pedro. – O de pistola falou e ele entrou. – Se tiver alguém por aí é melhor falar logo! – Gritou ele na esperança de que alguém aparecesse.
Vitória apertou forte a mão de Daniel. Ela estava com medo. Daniel teve que por a mão na boca dela, por que das duas uma: Ou ela gritaria ou começaria a chorar.
- Eu vou perguntar outra vez. – O cara da pistola falou. - Tem alguém aqui?
Permaneceram quietos.
- Esquece Afonso. Posso ter me enganado. – Falou o outro cara com as facas. – Está limpo aqui fora.
- Vem. – Falou Afonso entrando e o cara entrou atrás dele.
Daniel esperou mais um pouco antes de tirar a mão da boca de Vitória.
- Cara. Eu juro que se tu não tivesses colocado a mão na minha boca eu teria gritado. – Vitória falou.
- Se tivesse gritado eles teriam nos pego e depois nos matado. Eles estavam armados. – Micaela.
- Eu vi que eles estavam armados e é por isso que me deu muito medo. Muito medo, não. Eu fiquei apavorada e quando eu fico assim eu não controlo a minha boca.
- Mas vai ter que aprender a controlar.
- Calem a boca. – Daniel falou. – Vocês já estão fazendo barulho de novo. Daqui a pouco aqueles caras voltam e eu estou louco pra saber quem vai morrer primeiro.
- Ei. Eu não gostei disso, não, hein. – Micaela falou.
- Eu não estou nem ai se você gostou ou não. Eu só quero que vocês fechem a matraca de vocês.
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CIDADE ESQUECIDA
AdventureEm um dia normal como todos outros, Daniel, Micaela, Ellen e Vitória vão parar inexplicavelmente em uma cidade de nome Hastins City. Acabaram fazendo o que não teria volta, eles adentraram a cidade. Uma vez lá dentro, eles não podem mais sair. Suas...