- Me chamo André. Vocês não me conhecem, mas eu venho observando vocês há um tempo. Será que eu poderia entrar? Está chovendo. – O menino falou.
- Entra ai. – Daniel falou.
- Obrigado. – Ele falou entrando.
- De onde você veio? – Micaela perguntou.
- Bom... Eu estou perdido. Eu não sei onde estou. Não sei que cidade é essa. Eu estou bem confuso com tudo que está acontecendo. – O menino começou a chorar.
- Calma... Vai ficar tudo bem. – Ellen falou. – Também ficamos assim quando chegamos aqui.
- Desculpa desabar assim. Mas é que eu estou com medo. Eu estou aqui há mais ou menos duas semanas, tendo que me virar com frutas e beber água do rio. Não sei como não já morri. Meu celular está sem área, eu estou com saudades de casa. Eu sou filho único, minha mãe faleceu e meu pai só tem a mim, e eu só tenho a ele. Eu tenho que ir para casa.
- Cara... Todos que vem para essa cidade também querem. – Daniel falou.
- Tem mais gente aqui? Eu passei esse tempo todo na mata e não vi mais ninguém.
- Tem sim.
- Quem são? E onde eles estão?
- Pessoas assim como nós. – Ellen falou. – Perdidas, cheias de perguntas, e esperando o dia de ir para casa.
- E esse dia vai chegar?
- Isso é o que não sabemos.
*
- Nossa. – Vitória falou depois do beijo.
- Eu fui muito abusado? – Perguntou Pedro.
- Não... Digamos que você me pegou de surpresa.
- Fala alguma coisa.
- Eu já senti algo por você um dia. Mas você namorava e eu não iria falar isso para você.
- Sério?
- Sim.
- E você está disposta a fazer esse sentimento voltar?
- Sim.
- Você não imagina o tamanho da felicidade que eu estou sentindo agora. – Ele a beija novamente.
- Huhum. – Cláudio faz barulho com a boca chegando. – Estou interrompendo alguma coisa?
- É... Sim.
- Me perdoe, mas Vitória... Eu queria saber se você está a fim de ir fazer aquilo que combinamos.
- O que vocês combinaram? – Pedro perguntou.
- O Cláudio me sugeriu que voltássemos para a casa do Akira, pra pegar nossas coisas que ficou lá. Quando viemos para cá, nós viemos sem nada.
- Você não vai. Eu vou com ele.
- Melhor você ficar aqui.
- Eu não quero que te aconteça nada de mal, o Afonso está por aí nos procurando e ele pode estar mais perto do que nós imaginamos.
- Então... Quem vai comigo?
- Eu vou. – Akira falou encarando ele. – A casa é minha e eu acho que eu deveria ir também e pegar umas coisas pessoais que estão por lá.
- Ótimo.
*
Enquanto isso na mata, Afonso continua indo mata adentro e chega à entrada da trilha que dividiu os caminhos dos meninos. E ele entra para a esquerda.
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CIDADE ESQUECIDA
PertualanganEm um dia normal como todos outros, Daniel, Micaela, Ellen e Vitória vão parar inexplicavelmente em uma cidade de nome Hastins City. Acabaram fazendo o que não teria volta, eles adentraram a cidade. Uma vez lá dentro, eles não podem mais sair. Suas...