Capítulo cinco: Nó de fogo e lava

30 3 4
                                    

- Ai gente, eu estou com medo. – Vitória falou.

- Não deve ter nada aqui. – Daniel falou abrindo a porta.

- Eu sei muito bem o que vi.

- Você devia estar cansada. Dormimos mal à noite. – Daniel falou entrando devagar.

- Dani eu também ouvi algo. Isso tá muito estranho. – Micaela falou fechando a porta.

- Eu tenho uma teoria. – Ellen falou. – Esse menino que eu vi morava aqui e morreu nessa casa e o espírito dele está preso aqui e o gato era o gato de estimação dele.

- Isso só pode ser brincadeira. – Daniel falou.

- Gente! – Micaela falou espantada.

- O que foi?

- O gato. Ele sumiu. Não vimos mais ele desde que ele apareceu.

- Ai meu Deus, o gato também é um fantasma. – Vitória falou começando a chorar novamente.

- Viu? Não há ninguém aqui. – Daniel falou. – Não há menino, nem gato e nem nada.

- É melhor irmos comer. – Ellen falou. – Estou morrendo de fome.

- Eu vou pegar o balde que ficou lá fora.

- Eu vou com você, Dani, preciso falar com você. – Vitória falou.

- Certo.

*

- O que quer falar comigo? – Daniel perguntou retirando a tampa do poço.

- Quando vocês saíram daqui, hoje mais cedo. O Pedro voltou aqui. – Ela falou falou.

- Voltou? E o que ele queria?

- Ele me deu uma coisa. Ele disse que ia nos ajudar de alguma maneira.

- O que ele te deu?

*

- Quero que fique com isso. – Pedro falou entregando a ela uma coisa enrolada em um pano.

- O que é? – Vitória falou tirando o pano. – Uma arma?

- É para você se defender caso aconteça alguma coisa. Esconda e use só se precisar. Isso não é um brinquedo.

*

- Como é que é?

- É. Ele disse que vai ser bom termos uma por perto. Pra se acontecer alguma coisa que coloque as nossas vidas em risco termos como nos defender.

- Onde ela está?

- Está lá dentro. Guardei junto das minhas coisas.

- Deixa ela lá. Escondida. Nada de ficar pegando nela, tudo bem?

- Ok.

- Ótimo.

*

- Nossa. Há quanto tempo eu não comia um ensopado tão bom. – Ellen falou.

- Caprichei na janta. – Vitória falou. – Até porque nós merecemos.

- Está muito bom mesmo. – Daniel falou.

- Dani. Será que dava pra nós quatro dormirmos juntos de novo, essa noite? Nós estamos com medo de dormirmos sozinhas.

- Gente... Não tem nada aqui.

- Tem sim. Não foi coisa de momento. Nem passei o olho rápido. Eu fiquei cara a cara com a coisa. Ele estava lá olhando pra mim.

- Eu acredito nela. – Micaela falou. – Por favor, Daniel. Vamos nos sentir bem mais seguras.

CIDADE ESQUECIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora