- Ah! – Ellen gritava de dor.
- Para de gritar. – Daniel falava com os dedos dentro da ferida do seu braço.
- Está doendo muito.
- Eu tenho que tirar a bala. Ou isso aqui pode ficar bem pior.
- Mas a dor quem tá sentindo não é você.
- Consegui.
- Ai meu Deus, obrigado.
- Obrigado só a ele? Eu que tirei a bala daí e impedi que... Sei lá, seu braço caísse.
- Eita... E ia chegar a tanto?
- Claro que ia... Vai doer um pouco. – Ele pegou o remédio e pôs em cima.
- Não doeu.
- Deve tá vencido.
- E você colocou o negócio vencido no braço dela? – Micaela perguntou.
- Eu não sei. – Ele pegou a bandagem e enfaixou o braço dela.
*
- Por favor, moça, vocês tem que nos ajudar. – Vitória implorou.
- Não conhecemos vocês. – Fernanda falou.
- Deixe nos apresentar. – Cláudio falou.
- E como vamos saber que vocês estão falando a verdade?
- Olha... É melhor vocês irem embora. – Letícia falou. – Meu tio já está quase chegando, ele não vai gostar de vê-los aqui.
- Já avisamos... É melhor darem o fora.
- Deixe nos explicarmos antes. – Akira falou.
- Estamos passando por uma situação muito delicada. – Falou Vitória.
- Tenho quase certeza que estão fugindo de alguém. E se estão fugindo de alguém, é por que com certeza fizeram algo de errado. – Fernanda falou.
- Garanto que não fizemos nada de errado. Somos vítimas.
- Também não é por ai. Temos nossa culpa no cartório. – Pedro falou pro Akira.
- Mas ninguém precisa saber né? – Akira respondeu.
- Por favor, pelo menos nos deixa explicar a situação.
- Tá. Por que vocês querem tanto nossa ajuda? – Perguntou Fernanda.
*
Enquanto isso Afonso enchia uma mochila com armas e munições e entra mata adentro.
- Eu vou achar aqueles filhos da mãe. E vou me vingar deles um por um.
*
- Vai... Deita ai. – Micaela ajudou Ellen a se deitar. – Acho que vai cair chuva.
- Eu já estou com frio. – Falou ela.
- Será que tem algum cobertor por aqui? Deixa-me ver... Aqui. – Ela pegou um cobertor velho.
- Nossa. Isso aqui deve está abandonado há séculos.
- Verdade. Nossa Senhora da vassoura mandou lembranças a esse lugar... Olha isso. – Daniel passou a mão na estante e ela saiu toda empoeirada. – Fica boa logo pra faxinar isso aqui.
- E porque é que eu que tenho que faxinar? Porque você não faz isso? – Ellen respondeu.
- Porque eu já fiz coisas de mais por você. E aqui está sem comida, água, e qualquer outra coisa. Nós não achamos a casa do Akira, achamos uma cabana acabada no meio do mato.
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CIDADE ESQUECIDA
PertualanganEm um dia normal como todos outros, Daniel, Micaela, Ellen e Vitória vão parar inexplicavelmente em uma cidade de nome Hastins City. Acabaram fazendo o que não teria volta, eles adentraram a cidade. Uma vez lá dentro, eles não podem mais sair. Suas...