• Vinte e dois •

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Ninguém além de Rachel e Aaron deveriam saber. Exceto por Bryan e Audrey — meus exs-companheiros em Washington — ninguém deveria saber.  Rebecca Collins morreu, isso é o que deviam ter como informação.

" Você está morta" foi o que Bryan gritou na primeira vez que me viu.

  – Cale a boca, Noah — é o que sai da minha boca. Me sinto estúpida.

  – Qual o problema Rebecca? Ficou sem suas respostas sarcásticas — ele ri. — Não sei porque te surpreende que eu tenhamos essa informação.

  – Ninguém deveria saber disso. Nem mesmo a Nação — eu não estou dizendo coisa com coisa. Por que ainda estou falando?

  – Aah, você sabe... Aquele dia lá — Noah diz enquanto caminha pelo se escritório e senta atrás da sua mesa mexendo no notebook. — Missão Londres. Não é assim que chamam? Não se faça de burra Rebecca, você viu, você descobriu uma coisa muito importante lá quando pesquisou os monitores, mas não contou pra ninguém da sua equipe. Nem mesmo pro seu irmão.

  – De que merda ele tá falando Rebecca! - Sebastian grita mais uma vez no meu ouvido e dessa fez sou obrigada a tirar meu ponto. Chega!

  – Qual era o nome dele mesmo? John? Aaah, Jhoniel. Sim, o segundo no ranking, não é? Por que você não contou pra ele o que descobriu? Afinal é tudo em família — Noah diz rindo e eu continuo parada feito uma idiota. — Você foi a número 1 Rebecca. A agente principal, mas decidiu se esconder depois do que aconteceu, me pergunto se ser culpada pela morte do seu irmão seja o motivo.

  Agora foi. Eu praticamente voo até Noah quando pulo pela mesa, mas sou parada quando ele puxa um revólver apontando pra minha cabeça, não que isso vai me parar, não agora. Soco se cotovelo no ponto certo fazendo-o soltar a arma, pelo seu colarinho o empurro até a parede mais próxima e ele bate com tudo a corpo na parede, nem dou chances dele ofegar e soco o seu rosto com toda a minha raiva.

   – Eu mandei você calar a maldita da sua boca - digo jogando o no chão.

  – O que aconteceu em Londres... Não nos parou. Com esse atraso de vocês tudo o que conseguiram foi nos deixar mais forte.

  – E no entanto aqui estão vocês desesperados para conseguirem os códigos de mim — sorrio quando o puxo pelo cabelo levantando-o. — Coisa que nunca vão conseguir.

  De repente a porta se abre e em menos de dois segundos estou pegando a arma de Noah no chão e apontado para frente.

    – É melhor você não ter escolhido hoje para me matar — Audrey diz indo até Noah e dando mais um soco nele. — Isso seu imbecil é por falar merda. — Audrey vem até a mesa e pega o notebook. — Precisamos ir embora e da próxima vez que você tiver uma DR envolvendo a porra do nosso passado lembre de deixar sua linha fechada assim não é todo mundo que escuta a verdade.

  Respiro fundo. Merda!

   – Vamos sair logo daqui — digo passando por Noah jogado no chão, mas paro quando escuto ele dizer alguma coisa. — O quê?

  – Ignore Rebecca precisamos sair — Audrey tenta me puxar, mas me solto dela.

  – O que você disse Noah? — pergunto de novo.

– Bomba. Tem uma bomba aqui — ele diz e olho para Audrey que parece tão alarmada quanto eu. — Seis minutos.
 
  – Porra! — a loira grita e vai até Noah o levantando pelo colarinho. — Onde está? Onde você colocou a bomba? Por que vai matar todas essas pessoas? 

  – Isso é inútil Audrey precisamos sair daqui — pego Noah pelo braço e começo a puxá-lo conosco. — Você vem com a gente. Audrey avise a Aaron para ele sair da mansão também. 

  – Ele já saiu, avisou pelo ponto. Cadê  o seu?

– Joguei fora.

– Por quê?

– Sebastian não parava de latir no meu ouvido.

  – Nem imagino o porque - diz sarcástica e rio por dentro. Pois é.
 
  Descemos as escadas indo pro salão principal que graças a Deus está quase vazio e só tem duas mulheres conversando e um segurança. O homem nos vê carregando seu chefe e nem preciso olhar para Audrey pra ela ir até o homem o derrubando. As mulheres gritam e saem correndo. Continuo puxando Noah –que sinceramente não é tão leve quanto eu pensei que era – para a parte dos fundo pela cozinha. Os garçons e cozinheiros olham pra gente.

  – Bebeu demais, sabem como é — Audrey diz aos funcionários e continuamos andando. — Droga! — Audrey grita em pânico e começa a me ajudar com Noah. — Temos 50 segundos.

  O QUÊ?!

Por que essa casa tem que ser tão grande? Passamos pela cozinha e nos deparamos com mais um corredor.

– Droga! Não estou conseguindo me lembrar da planta! — grito com frustração. — Para onde Noah?

Ele levanta a cabeça e indica direita.

– 30 segundos.

  – Porra Audrey!

Andamos mais rápido pelo corredor e finalmente achamos a porta que dá pro jardim lateral da casa. Consigo ver a Van estacionada do outro lado da rua.

  – Essas pessoas vão morrer — Audrey diz olhando pra trás quando estamos quase perto da van e longe o suficiente da casa.

  – Elas iam morrer de qualquer jeito — digo andando mais rápido. Foi quando eu vi uma figura andando pela lateral da casa e conheci de imediato. — Não.

  Soltei Noah e Audrey ali mesmo quando sai correndo de volta pra mansão. O desespero correndo por mim.

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– Sebastian!!
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– Sebastian sai dai!
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– O quê? - ele finalmente me ouve e vem correndo até mim.
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– A gente precisa voltar agora! - Grito alto quando ele chega até mim
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– O que está acontecendo?
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– Agora não Sebastian! Corre!
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– Mas que po...
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– Bomba! - eu grito fazendo ele finalmente começar a correr comigo.
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Meu corpo foi empurrado pra frente quando toda a parte dos fundos explodiu levando eu e Sebastian Juntos.


 

 

Consequências de um ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora