• Vinte e Quatro •

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SEBASTIAN

E ela é a minha irmã. 

Tem como tá mais fodido que isso? Meu cérebro no momento está uma bagunça tentando resolver.
 
  – Espera... O quê? – é a única coisa que sai da minha boca.

  – Alegra Feltz é minha irmã. Axel Salvatore é meu pai - Rebecca diz devagar olhando pra mim.

– Você é Rebecca Sullivan/ Collins. Irmã de Jhoniel Collins, ambos são filhos de Axel Salvatore líder da Nação e ele tem uma filha chamada Alegra Feltz que também é sua irmã – digo tudo de uma vez e ela confirma com a cabeça, ironicamente Axel faz a mesma coisa. – Que porra vocês tem com sobrenome? Não pode escolher um só?

Pergunto com a voz alterada. Realmente e desconexão dos sobrenomes é a única coisa na minha cabeça e o fato de que nada disso faz sentido!

  – Usamos os nomes das nossas mães. É bem mais abrangente já que também pode ser um sobrenome do pai – Ela explica.

  – Sua mãe é Sullivan? – pergunto.

  – Blair Sullivan Collins – Axel diz sorrindo. Rebecca o olha como se pudesse matá-lo com flechas atiras de suas íris azuis.

– NÃO DIGA O NOME DELA! NEM ISSO MERECE SAIR DA SUA BOCA! – Rebecca grita se descontrolando e parte pra cima de Axel, só pra dois segundos depois três homens segurarem seu corpo forte longe do chefe.

  – O que você pensa Rebecca? Que eu não amei a sua mãe? – ele pergunta e eu me sinto muito desconfortável nessa briga de família que devia ser a missão mais perigosa já criada pela CSNI.

  – NÃO! – Rebecca grita em sua cara ainda se debatendo contra os homens de vermelho. – Você não a amou! Que tipo de amor é esse seu então?

  – Eu fiz de tudo por vocês não ouse dizer...

– EU OUSO DIZER A PORRA QUE EU QUISER! – É, Rebecca está mesmo descontrolada. Tento ajudá-la a sair dos braços dos homens de vermelho, mas acaba que eu também sou preso. – Você forjou sua própria morte! Ignorou a família que disse amar tanto!

  – Não seja hipócrita você fez a mesma coisa – Axel diz alto e sei que ele está se controlando para não gritar também.

  – Eu fiz isso depois que eu tinha perdido todos! Eu estava sozinha! Mamãe morreu de tristeza por ter perdido o marido e logo depois o filho – Rebecca para por um instante, eu sei que seus pensamentos ficaram lá em sua mãe, ou sua antiga família, e isso só piorou a situação porque agora sim eu vi um ódio, uma raiva e vingança que eu nunca tinha visto com tanta força dentro de uma pessoa. – VOCÊ MATOU O JONNY! Seu filho, seu próprio FILHO!

  Axel da um passo quase imperceptível para trás como se tivesse levado um tapa.

– Eu dei a chance a vocês! Ofereci todos os tronos disponíveis para você e Jonny, até para aquele seu noivo...

– Não ouse falar de Kaiden ou eu juro que nem todos os seus homens vão me impedir de quebrar o seu pescoço e sorrir enquanto faço isso - a voz de Rebecca é de uma calma fria e cheia de ódio. Não duvido que ela faria isso.

Mas eu noto porque de todo esse ódio. Amor. O amor mais puro e fiel que alguém poderia ter. O amor absoluto que ela perdeu.

  – Isso tudo foi um jogo de família? – de repente me ouço perguntar e Rebecca olha alarmada pra mim.

– Não! Não, eu entre na CSNI da mesma forma que meu irmão. Devan nos recrutou, eu tinha 15 pra 16 na época. Jonny foi recrutado três anos antes com a mesma idade. Ele nunca descobriu nada disso.

  – Porque você não o deu chance, se tivesse aceitado minha proposta seu irmão estaria vivo ao seu lado – Axel diz nervoso e Rebecca volta ao seu estado de se debater e xingar o homem ruivo.  Seu pai. Surreal.

  – Jonny faria a mesma coisa que eu – ela diz sorrindo. – Mandaria você pro inferno. Te xingaria naquela porcaria de missão em Londres quando descobrisse que seu herói morto, na verdade era o vilão vivo de toda história – sinto que ela não está se referindo ao irmão e sim a ela mesma. – E mataria você quando três anos depois descobrisse que você traia nossa mãe e teve a porcaria de uma filha!

  Nesse momento Charlo- Alegra faz menção de ir pra frente e mais uma vez é parada pelo pai.

  – Você não pode deixar ela falar assim comigo! – Alegra grita baixo com o rosto vermelho.

– Cale a boca Alegra! – Axel grita e a menina fecha a cara com a gargalhada de Rebecca.

– Você nunca aceita não é mesmo? Que ele sempre tenha preferido a minha família do que você? – Rebecca provoca e sei que agora foi.

  Alegra puxa um revólver atirando na direção de Rebecca que puxa o homem a sua esquerda fazendo-o levar o tiro no seu lugar. Os outros dois soltam ela e de repente dois revólveres nas mãos atirando para tudo que é lado. Um a um vários homens caem. Não vejo Axel em nenhum lugar.

Alegra tendo passe livre se aproxima de Rebecca colocando o revólver próximo a seu rosto, mas a morena nem vacila quando em um segundo puxa o braço dela pra baixo e gruda o arma na sua testa.

  – Eu já avisei que não gosto de você? – Rebecca pergunta com um sorriso malicioso em seu rosto. No meio da confusão tentei me soltar, mas o aperto desses homens só fez piorar. – Você não sabe a satisfação que eu tenho fazendo isso.

Eu vi ela puxando o gatilho, vi ela fazendo um buraco na cabeça de Alegra e a ruiva cair morta no chão. Mas não foi isso que aconteceu. O que eu vi foi Rebecca vacilando e um olhar de pânico nos olhos dela.

  – Fique longe dele - ela diz e só então noto Axel do meu lado com uma arma apontada pra minha cabeça.

– Largue a arma Rebecca – ela nega com a cabeça. – Se renda ou ele morre.

Eu vou morrer. Rebecca nunca se rende. Ele morre, mas leva junto o máximo de pessoas que conseguir.

  – Ela também vai morrer – Rebecca diz sorrindo. 

Axel Salvatore pressiona mais a arma na minha têmpora e destrava o revólver. Rebecca faz o mesmo em Alegra. Sempre soube que morreria pela CSNI, mas nunca imaginei que seria no meio dessa confusão.
  Axel coloca o dedo no gatilho e fecho os olhos no mesmo instante em que Rebecca grita.

– Tudo Bem! – Arregalo meus olhos mais em surpresa, choque, do que alívio. O que ela está fazendo? – Solte-o.

Então eu vi uma coisa que nunca imaginei Rebecca Sullivan fazendo. Ela deixa o inimigo ir e joga suas armas aos seus pés, enquanto lentamente ergue as mãos para o alto com um sorriso dirigido a mim.

   Mas é claro que não dura muito. Axel se aproxima dela e esfaqueia seu corpo sem nenhum aviso. Eu vejo a dor em seus olhos apesar do silêncio que ela faz. Meus joelhos caem no chão.

  – Você vem comigo Rebecca, mas eu não sou idiotia o suficiente de deixar você entrar no meu ninho em perfeitas condições – Axel sussurra para a filha que deixa o corpo cair nos braços do pai, o mesmo olha para mim então para Alegra. – Deixe-o inconsciente.

  A última coisa que vejo é a menina de cabelos tingidos de vermelho, um fracasso em tentar imitar a família de Rebecca, vindo até mim e me dando uma coronhada.

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UUUUOOUUUU!
O que foi isso? 
Revelações, explicações, confusões <— eu sou ótima nisso.

Mais uma vez eu aqui na noite pre vocês! Espero que tenham gostado do capítulo.

Curtam e COMENTEM também por favor kkkkk
Bjs
— K
 

Consequências de um ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora