Simple Melody // Dahmo•SaiDa (REVISÃO)

Bm, F#°, A6 (Si menor, ré sustenido de minuto, lá com sexta)

Momo afastou seus lábios dos meus minha sensação era de dúvida/surpresa/quero fugir, mas eu sabia que não podia, sabia que não conseguia, eu não sabia o que fazer.
Momo fitava o chão enquanto balançava os pés.
Parecia que eu tinha ficado sem voz, abria a boca e não conseguia proferir nenhuma palavra. Por que Momo fez aquilo?

Parecia que uma tsunami estava acontecendo dentro de mim. Uma onde enorme e violenta de sentimentos levando tudo com si e destruindo tudo.

Momo levantou sua cabeça e pude ver seu rosto, o vento que soprava e fazia seus cabelos acastanhados balançarem parecia estar esperando uma resposta de mim, mas eu não tinha.

- Momo... -Antes que eu pudesse terminar o sinal tocou. Salva pelo gongo! Senti Momo segurar meu braço. O gongo não me salvou.

-Dahyun, me desculpa. -Olhei para ela confusa. - É que...eu... -Respirou fundo. -Eu não consigo explicar...

-Momo...

-Por favor quando saímos daqui, vamos esquecer tudo o que aconteceu aqui e agir normalmente ok? Por favor.

Apenas concordei com a cabeça e saímos de lá em direção a nossas salas.

Ela me disse para esquecer o que aconteceu lá... difícil, muito difícil.

Primeiro o beija da Sana

Agora Momo

Será que eu tenho tara por japonesas?
O beijo de Sana não parecia nem um pouco com o beijo de Momo. Momo parecia ter...como se fosse mais experientes como se já tivesse feito isso antes e ela fez.

Sana era como eu...nunca teve seus lábios nos lábios de alguém parecia que naquela tarde, foi a primeira vez para ambas.

Eu não poderia contar isso a Sana.

Eu não iria conseguir esquecer tão fácil o beijo que Momo me deu, acho que eu também não iria conseguir olhar para ela sem lembrar daquele momento.

Eu não conseguia me concentrar direito nas aulas pois era tanta coisa rodando na minha cabeça eu estava perdida... não sabia que realizar um sonho daria nisso também.

Balancei minha cabeça de um lado para o outro para afastar pensamentos desnecessários. -Professor não entendi. -Na verdade eu nem sabia o que ele tinha falado.

O sinal bateu. Fim das aulas. Eu me esforcei ao máximo para conseguir absorver alguma coisa e para melhorar o professor pediu para compor uma pequena melodia para a próxima aula.

Arrumei meu material dentro de minha bolsa e me levantei, quando sai da sala lá estava Sana encostada na parede me esperando. O que eu iria responder a ela...

-Tofu! -Abriu um enorme sorriso. - Onde estava durante o intervalo?

-Eu... é que... Momo queria falar uma coisa comigo.

-Entendi. -Olhou para o chão. -Vamos então?

-Sim, claro.

Andávamos pelos corredores até a saída a escola não estava tão cheia como estivera nos períodos da manhã. Contava para Sana sobre as coisas que teria que fazer hoje é que lembrei dela e da Momo durante as aulas (não citei a parte de lembrar da Momo) pois o professor tinha entrado em uma parte de ritmo e dança. Sana sorriu.

Do lado de fora vi Momo sentada mechendo em seu celular e Sana parece que também notou a japonesa. Passou seu braço entre o meu como me estivesse se abraçando, mas como ela dizia "braços dados". Sana e suas coisas viu.

-Oi Momo. -Disse Sana.

Eu tinha receio de chamar Momo pelo apelido eu não sabia se, iria gostar. Não queria arriscar agora.

-Oi Momo.

Momo levantou a cabeça e sorriu nos comprimentando. Momo parecia agir normalmente ao contrário de mim, que estava quase morrendo.

Sana conversava com Momo e novamente entrava o japonês em algumas partes.

-Vocês me xingaram?

-Desculpa Tofu. -Disse Sana rindo e me abraçou. -Quer ir com a gente Momo?

-Estou esperando minha amiga. -Falou sorrindo.

-Tudo bem então. -Sana sorriu. - Até amanhã. -Acenou para a mais velha

-Até Momo. -Sorri.

-Até gente.

Nos despedimos de Momo e andamos para fora da escola.

-Tofu está tudo bem? -Começou Sana. -Aconteceu algo entre você e Momo?

Congelei e olhei para Sana.

-Não. Não aconteceu nada. -Tentei parecer o menos nervosa possível.
Sana se aproximou de mim ficando muito perto seu corpo colou com o meu é consegui sentir seus seios pressionados contra mim e seu braço ao redor de minha cintura. O seu rosto estava próximo ao meu.

Eu não sabia o que fazer eu estava parada e olhava para os lábios de Sana.

-Ta com você. -Pressiona o seu indicador contra o meu peito e se afasta correndo um pouco.

-Eu vou pegar você! -Corri atrás de Sana. Parecíamos duas crianças.

-Você é rápida Sana. -Falei entrando em casa e me sentando no sofá.

- Costume. Danço sempre então meu corpo é mais adaptado. -Sorriu e se sentou ao meu lado.

-Eu não sei como começar a melodia... -Fitei o teto.

-Se quiser posso ajudar.

-Obrigada Sana . -Abracei a mais velha que retribuiu o abraço.

-Está com fome?

- Sim. -Falei como se fosse uma criança fazendo manha.

-Tudo bem. -Beijou minha testa e se levantou indo em direção a cozinha.

Me levantei e fui para o cômodo onde está meu piano, me sentei no banco fiz algum arpejo.

Aqueles pensamentos invadiram minha cabeça novamente e eu não conseguia pensar. Fiz algumas notas, algumas melodias rápidas para ver se expulsava aquelas coisa da minha cabeça.
-Argh! -Abaixei meu rosto até minha testa encostar nas teclas do piano.

-Tofu tudo bem? -Sana se sentou ao meu lado. Muito perto.

-Eu não sei... -Me levantei encarando as teclas brancas e pretas. Sana começo a tocar uma nota com o seu indicador repetindo algumas vezes e outras apertava outra tecla. Acompanhei seus dedos e prestei atenção no som.

Com minha mão comecei a tocar acompanho a pequena melodia que Sana fazia.

O sorriso no rosto de Sana era gratificante meus dedos acompanhavam os seus até que paramos e olhamos uma para outra no mesmo momento. Estatísticas, sem mecher um músculo, nos olhamos por um momento. Olhava para seus lábios e seus olhos e Sana parecia fazer o mesmo até que saímos do "transe"

-É isso! -sorri e comecei a escrever a partitura. -Obrigada Sana. - Falei sorrindo e abraçei a mais velha e lhe dei um beijo na bochecha.

- De nada.- Respondeu feliz