Cap 5

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Antes de começar eu gostaria de dizer que tenho um encontro marcado com vocês na Bienal de São Paulo. Quero saber quem vai estar lá. Estarei nos dias 2,3 e 4 de setembro, no estande da editora novo século. Espero você lá. Vai te lançamento do livro, abraços, brindes e muito amor!

Leon

Já era um inferno ter que mudar minha vida para acolher uma estranha dentro da minha casa. Agora a verdadeira droga, era ter que aturar a minha família. Eu muito provavelmente não estaria sentado aguentando eles, porém se quisesse convence1los de que estou apaixonando, precisaria estar perto e mostrar que é real.
Percebo que tenho longos meses pela frente. Meu primeiro desafio é não levar a garota para a cama e estragar tudo. Ficaria muito difícil olhar para a cara dela todos os dias e ver as expectativas nos seus olhos. Elas sempre criam expectativas.
- o que você faz da vida Meg?- ouvi o Will perguntar.
- eu sou dançarina. Trabalho em um academia dando aulas de dança.
A conversa estava quebrando o clima ruim que ficou na mesa depois dos comentários indevidos do meu pai.
- e que tipo de dança?- Will apoiou os braços na mesa e colou as mãos no rosto, muito interessado pelo assunto. Um interesse até exagerado eu diria.
- eu danço de tudo. A academia tem turmas formadas de hora em hora, todos os dias da semana. Acabo ensinando de tudo.
Como esperado, ele monopolizava a conversa e a atenção de todos na mesa.
- quer dançar?- pedi para ela, interrompendo o assunto.
Não era um convite claro. Ela aceitaria ou estava muito encrencada.
- claro.-ela respondeu abrindo um sorriso.
Peguei sua mão e fiquei olhando por alguns instantes, mais do que o necessário, o quanto eram pequenas e cheia de cicatrizes. Um sentimento de piedade inundou meu coração. O que a vida vinha fazendo com aquela garota que tinha metade da minha altura e parecia tão pequena em mundo que a engolia viva? Procurei não tentar responde a minha pergunta e abandonei o sentimento, jogando-o junto com todos os outros, em um lugar bem no fundo do meu coração.
Já na pista de dança, me dei conta de que tocava uma música lenta e melosa. Um tipo de música que eu odiava dançar pela proximidade sentimental que exigia com a parceira. Porém no momento não dava para mudar de ideia.
Abracei a Meg e ela se encostou no meu peito. Senti meu corpo responder ao toque e me lembrei que eu precisava levar alguma mulher para casa essa noite.
Ela como uma dançarina perfeita, deixava ser conduzida como uma pluma. Decidi que iria embora assim que acabasse a música. Estava ficando irritado de ficar preocupando qualidades nela.
Dei uma olhada pelo salão analisando quem poderia levar para a cama hoje. Observei que o Will conversava com a Alice, uma advogada linda que era amiga da família. Eu ligaria para ela mais tarde. Meu irmão sairia desacompanhado da festa. Como sempre!
Assim que a banda parou de tocar. Peguei na mão da Meg e a guiei para fora da festa. Nenhuma palavra foi dita.
Assim que entramos no carro, peguei o celular e mandei uma mensagem para a Alice. Eu queria ela na minha casa dentro de uma hora.
Depois de olhar mais algumas mensagens, achei conveniente explicar algumas coisas para a Meg.
- já mandei alguém entrar na sua casa e pegar suas coisas. Hoje você já vai morar comigo.- anunciei sem rodeios.
Ele me olhou assustada.
-não lembro de termos combinado que você tinha direito de entrar na minha casa e mexer nas minhas coisas.
Ele poderia ser pequena e parecer doce. Mas estava bem irritada no momento.
- eu não lembro de termos combinada nada sobre isso. Me lembro apenas que você entraria no meu jogo e seguiria as minhas regras. Eu dito as regras aqui.- falei calmante. Acrescentei um sorriso a fala.
- não acho que a regra de invasão de domicílio está sequer em questão de ser discutida. Isso é CRIME!-sua voz já estava alterada.
Arranquei com o carro bruscamente. Ela estava começando a me irritar.
- eu não acho que alguém que devia 200 mil reais para criminosos, esteja em condições de falar sobre crime.- debati, ainda tentado manter a calma.
Ergui o volume do som do carro, deixando claro que a discussão se encerrava ali.
Ela não entendeu o recado, me encarando com um olhar mortal.
- você não sabe de nada. Seu....seu...
Ela engoliu para dentro e não completou a frase; e por incrível que pareça, eu sei que era filho da puta. Ela só não deve imaginar que xingar minha mãe nunca foi uma ofensa.
Dirigi até em casa sem falar mais nada. Eu odeio conversar dentro de um carro. Eu gosto de olhar para os olhos das pessoas quando faço isso. Enxergar as emoções refletidas ali.
Ela pareceu desistir e encostou a cabeça no vidro do carro e fechou os olhos. Não consegui deixar de admirar sua beleza. Um misto de ternura, sensualidade e fragilidade.
Senti vontade de abraçá-la. Algo nela pedia proteção. Eu não ia fazer nenhuma das suas coisas. Minha especialidade não era cuidar, era magoar. Esse era eu.
Quando chegamos em casa, eu não me importei de esperar, para que ela entrasse primeiro. Abri a porta da casa e me joguei no sofá, esperando ela entrar. Os saltos deviam estar matando ela, que caminhava a passos lentos.
Seus olhos percorreram admirados o meu loft. Era uma construção incrível de paredes de vidro rodeada por jardins e piscina. A noite ficava esplêndido.
- você terá um quarto para você. Suas coisas já estão lá.
- obrigada por tamanha gentileza.- ela disse ironicamente.
Meus olhos se fixaram no seu busto, que subia e descia em ritmo acelerado. Ela estava com raiva.
- eu não te obriguei a aceitar isso Megan. Então por favor, vamos tentar ser civilizados e ter uma boa convivência dentro dessa casa. Já é ruim o suficiente ter alguém me encontrando todos os dias. Se ficarmos discutindo isso se tornará insuportável.
Sua cara continuava fechada e sua postura rígida.
- então respeite meu espaço. Eu não fui obrigada, mas não gosto que fiquem entrando na minha casa e mexendo nas minhas coisas sem permissão.
Então era isso. Ela ainda estava brava com o ocorrido.
- a qual é? O que você você tinha lá não encheu nenhuma mala, pelo que me disseram.- eu tinha recebido uma mensagem durante a festa.- não banque a garota milionária que tem joias escondidas.
Me arrependi no mesmo instante por meu comentário idiota, quando seus olhos se encheram de mágoa.
- é pouco, mas é tudo que eu tenho. Você disse que me avisaria com antecedência. Agora estou aqui, nem o meu trabalho eu posso manter mais. Você mora muito longe de lá. Como vou me sustentar sem trabalhar?
A porta se abriu e Regina entrou com uma bandeja nas mãos. A empregada deixou a bandeja com meu uísque em cima da mesa, lançou sorriso para Megan e saiu. Ela tinha ordens para trazer minha bebida assim que eu entrasse em casa. Se estivesse acompanhado, a garrafa e outro copo deveriam vir juntos. Ela não disse uma palavra. Era assim que eu sempre pedia.
Mas normalmente nessa hora minha acompanhante já estaria no meu colo e minhas mãos estaria ocupadas.
- eu vou providenciar um trabalho para você em uma academia aqui do condomínio. Me de uma semana. Aproveite e tire umas férias.- sugeri enquanto enchia os dois copos de uísque.
- eu não posso ficar uma semana sem trabalhar.- ela falou categoricamente.
- eu mudei algumas coisas do nosso acordo. A comida nessa casa vai ser por minha conta, se é isso que te preocupa.
Ela sacudiu a cabeça.
- eu não quero nada de você, além do que foi combinado. Mas tudo bem, me viro em uma semana. Tenho algumas reservas, se os seus capangas não me roubaram.
- eu não tenho capangas. Tenho funcionários.- dei um gole na bebida e ofereci a outra pra ela.
- não, muito abrigada. Quando eu quiser beber, eu mesmo compro minha bebida.
A estudei por um momento e franzi a testa. Ela era o orgulho em pessoa.
- como você quiser então. Desde que você não encha meu saco, pode viver como quiser.
Virei o outro copo de uísque em uma única golada e me levantei, subindo em direção ao meu quarto, deixando minha nova hóspede plantada em pé na sala, provavelmente me fuzilando com o olhar.
Assim que entrei no quarto, liguei no celular da  Regina e pedi que ela acompanhasse minha hóspede até o quarto.
Peguei meu celular e mandei mensagem para a garota do Will. Depois de uma troca simples de SMS, ela estava a caminho de casa.
O Will não tinha muita pegada e sempre perdia no páreo.
Nessa noite fiz questão de fazer mais barulho que o normal enquanto transava. O quarto dela era ao lado do meu e não sei porque eu queria incomoda-la. Na verdade eu sabia bem o porquê. Eu estava com uma mulher na minha cama, mas imaginado o rosto de outra, idealizando outro corpo e outra boca. Sonhando com a mulher do quarto ao lado.

É isso aí, esse cara é muito idiota é marrento. Mas por favor deem um crédito a ele. Prometo que vai mudar!!!!
Nao esqueçam de comentar, eu quase choro quando vocês não fazem isso.

Nao esqueçam também que está em pré-venda o primeiro exemplar da série doce sabor!

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Sai por 40,00 com o frete já incluído para todo o Brasil. O livro vai ser enviado provavelmente até o meio de agosto.
Bjs e milhões de abraços!

O doce sabor do desejo (degustação )Onde histórias criam vida. Descubra agora