É difícil imaginar como minha mãe ainda suporta as baixarias que Rômulo James à faz sofrer todos os dias, gostaria de dar uma vida melhor para minha família.Sei que Amélia vem piorando, e fico mais brava ainda por minha mãe tentar esconder isto de mim. Ela acha que pode bancar sozinha todos os remédios, e ainda por cima as contas da casa.
Já tentei de várias formas colocar o que eu recebo aqui em casa, mas nunca vi uma família tão orgulhosa quanto a minha.
Trabalho na Clínica Veterinárica Angelis, ela fica na cidade mais próxima da Vila. O que ganho não é muito, mas sei que qualquer ajuda é bem vinda. Enquanto a dona Suzana não aceita meu dinheiro, o mantenho guardado, pois sei que um dia ele vira a calhar.
Neste momento estou acabando de me arrumar, hoje é meu dia de folga e prometi para Amélia que iria à levar em um parquinho na parte Leste.
__Tata, já estou pronta. - Amélia entra em meu quarto saltitando, hoje ela acordou disposta, uma coisa que é rara de se ver. - A vovózinha falou para levar agasalho.
__E a senhorita já pegou o seu? - digo a pegando no colo. - Não quero que fique resfriada de novo.
__A mamãe falou que me dá na hora que sairmos. - fala agarrada em mim. - Quero muito brincar no balanço.
__E você vai amor. - desço as escadas com cuidado. - Cadê a mãe Amélia?
__A vovózinha estava com ela na cozinha. - aponta para a cozinha.
Essa parte da casa é a mais movimentada, tirando eu da família, todas as mulheres cozinham bem. Vovó fala que isso vem de muito longe, desde quando os fundadores chegaram.
O ruim é que, toda vez que entro naquela cozinha algo sai errado. Um arroz queimado, um pano de prato cozinhado, ou a mais recente, a tampa da panela de pressão estourada.
Mamãe fala que eu sou pé fria, que todo o azar dá família me acompanha, já a vovó diz que é um sinal.
Entro na cozinha e o bule de água começa a apitar, Amélia pula em meu colo, mas se acalma logo em seguida.
__Parece que a água está pronta. - vovó vai até o fogão, antes de chegar olha para mim. - Está explicado porque está pronto.
__Filha vocês já vão? - minha mãe pergunta indo até o armário. - O agasalho está em cima da poltrona da sala. - coloca as xícaras na mesa.
__Obrigada mãe. - Vou até ela e beijo sua testa, logo em seguida vou até vovó e beijo sua bochecha. Antes de sair da cozinha minha vó me chama.
__Catarina, não vá pelo caminho mais próximo a floresta. - diz apanhando um sachê de chá do armário da pia. - Ultimamente tem acontecido vários ataques lá.
__Claro dona Esmeralda. - bato continência, o que faz Amélia rir. - Vou pegar a Picape, assim não demoro muito.
__Só tenha cuidado, porque o rolamento dela não está tão bom. - avisa antes de me ver sair da cozinha.
Chego na sala, pego o agasalho e vou em direção a porta da frente. Amo está casa, o tempo que fiquei fora só serviu para trazer mais saudade.
Morar perto da floresta tem suas vantagens, mas também tem suas desvantagens. Ficamos mais expostas aos ataques de animais, já pedi ao representante da Vila para fazer uma cerca não muito grande, só para manter alguns animais fora da nossa propriedade, mas ele recusou a gastar dinheiro em uma coisa sem fundamento.
Quando ele falou isso me segurei para não lhe dar uma bofetada, como ele teve a coragem de falar que a cerca era sem fundamento, ela iria proteger não só a minha família, mas também a Vila.
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Alfa- A Condenação.
WerewolfCatarina se vê em meio à vários conflitos, tenta de diversas maneiras supera-los mais o que o destino planejou não pode ser alterado. Seu orgulho fará com que ela, busque ajuda na onde menos espera. Ficará nas garas de uma fera, cuja irá se compara...