Alfa- A Condenação.

°Prólogo°

Como mudar as tradições de uma Vila, que a séculos vem sendo feita?

Há história que nunca devem ser ditas em voz alta, Catarina Wintter cresceu ouvindo história de criaturas cuja fome era capaz de matar uma cidade inteira. Mas em nenhum momento levou tal história a sério, pensava que era só um conto de terror, que os mais velhos contavam para crianças mal criadas.

Mas de uma coisa ela não discordava, andar depois de certa hora da noite, era a mesma coisa que estar pedindo para ser atacada.

A Vila dos Peregrinos era pacata, com no mínimo 5.000 pessoas. Suas casas eram típicas da região, fortes para aguentar o mais intenso inverno, mas fresca para o calor escaldante do verão.

Era dividida em quatro partes, Leste, Oeste, Norte e Sul. Sendo Oeste onde ficavam os que tinham uma situação financeira invejável, Leste situava os comércios, Norte família que estão bem de vida, e Sul para os menos favorecidos.

Catarina não estava incluída em nenhuma dessas partes, sua casa era a mais distante de todas. Nem poderia ser considerada parte da Vila, pois onde ela está situada, se considerava solo profano. Muitos temiam ir lá pelo simples fato de ter sido o local onde se queimavam as mulheres acusadas de bruxaria em outro século.

A família Wintter é formada por quatro pessoas. Esmeralda Wintter, de 79 anos, a mulher mais velha da casa. Suzana Wintter, de 41 anos, mãe de Catarina que tem 26 anos, e Amélia de apenas 6 anos. Nesta família os homens não são tão presente, pois todos morrem logo após descobrir que suas esposas estão grávidas.

Amélia é filha do segundo marido de Suzana, sua saúde não é das melhores, seus glóbulos são frágeis e por isso depende de vários remédios.

Susana trabalha na casa dos James, uma das familias que fundou a Vila dos Peregrinos, o pouco que ganha é gasto todo com a filha mais nova.

Esmeralda por ter certa idade não trabalha mais, sua vocação está na terra, é a melhor curandera da região. Ama as plantas, e sabe todas as formas de cura que cada uma tem.

Catarina conseguiu com muito esforço se formar, e hoje é veterinaria. Uma profissão que não é reconhecida naquela Vila.

Sendo uma família formada só por mulheres, muita vezes são taxadas de nomes horríveis. Mesmo estando no século XXI, as atitudes dos moradores são tão absurdas quanto dos seus antepassados.

Mas isso não afetará as decisões da tão altruísta Catarina, ela irá fazer esta Vila entender que os costumes as vezes, tem de ser deixados de lado para que novas ideias surjam.

Ela não irá abaixar a cabeça, pois se tem uma coisa que aprendeu com sua família, foi ter orgulho e isso ela tem para dar e vender.

Se tivesse que enfrentar um exército para que sua família ficasse bem, ela enfrentaria.

Seja quem que for, que ousa-se ameaçar a calmaria de sua amada família pagaria, e Catarina será a pessoa que irá cobrar.

Há muitos mistérios envolvendo a Vila dos Peregrinos e o mais contados entre os moradores é sobre a jovem bruxa Isobel. Ela foi queimada por amar um renegado, mas jurou morte à aqueles que foram a favor de tal ato hediondo.

Amaldiçoou aquele que jurava amor, a viver uma vida sem paixão. Poderia amar, mas não seria correspondido pois o que fez destruiu não só o coração de Isobel, mas também sua alma.

Até aquele que ela amava sofreu, pois não a defendeu. Em feras monstruosas se tornariam.

Há ira desta mulher causou o sofrimento de muitos. Não se importando com seus sofrimentos, voltaria para assombrar aquele que a magoou, de 100 em 100 anos.