Até O Fim (Livro 2)

Parte II : Alex

" Como eu me sinto, Bella? Eu me sinto... Eu não sei, sei que eu tenho vontade de te jogar no meu quarto e não deixar mais sair. Não porque eu sou um psicopata mas sim porque tá sendo difícil tentar ficar longe de você".

Era difícil dizer em voz alta o que eu sentia por alguém. Se eu amava ou não, eu nunca dizia. Então quando aquelas palavras escaparam da minha boca eu fiquei mais surpreso do que ela que parou de andar para me encarar.

Bella estava somente de lingerie do Mickey, que era a sua cara.

- Você o que?- Ela pergunta assutada e surpresa.

- Você ouviu.-Digo murmurando.

- Mas eu quero ouvir de novo.

Ela estava com um sorriso malicioso no rosto e estava me provocando, eu tinha certeza.

Mas como dizer o que eu sinto se eu não sabia o que disse? Eu não sei se eu disse aquilo só da boca pra fora ou se foi porque eu fiquei com medo dela ir embora. Mas se eu estava com medo dela ir significa que eu gosto dela, certo?

- Vamos embora?

Bella me encara e não diz nada. Ela passa na minha frente e vai indo em direção a moto sem dizer uma palavra.

Mas porque era tão difícil dizer em voz alta o que eu sentia? Porque era tão difícil entender tudo isso?

Vou atrás dela e paro de frente a moto.

- Acho melhor você ir na frente.- Digo apontando para a parte superior da moto, um pouco a frente de onde eu ficava.

- Porque?

- Porque tá frio e você vai...- De repente percebi o que ia falar. Eu estava me predomínio com ela. Isso era normal para outras pessoas, mas eu nunca me importei com niguém. - Você vai ficar com frio.- Murmuro.

- Isso importa pra você?- Ela murmura também e vi que ela ja estava um pouco irritada.

- Sobe logo.

Puxo sua cintura e a coloco de pernas abertas para mim e me encaixo no banco a sua frente. Pego suas mãos e coloco em volta do meu corpo para que ela não sentisse tanto frio. Bella coloca a cabeça no meu peito e eu arranco com a moto dali.

A distância era um pouco grande e eu não sabia nem porque tinha vindo aqui. Deu vontade e pronto. Achei que Bella fosse dormir no caminho, mas suas mãos estavam acariciando meu peito com leveza.

Sorri e mesmo correndo, coloquei meu queixo no alto de sua cabeça e fomos indo assim , até chegar no flutuante da praia, perto de casa.

Paro a moto ali e ela sobe o olhar para me encarar.

- Porque parou?

Pulo da moto e em um movimento rápido a pego atrás do seu joelho e nas suas costas e a pego no colo. Passamos por uma espécie de ponte de madeira e fui atravessando , quando ela finalmente me olhou .

- O que você tá fazendo?

Não a respondo e continuo andando. Em baixo da pequena" ponte" tinha o rio, a água deveria está um gelo nesse horário. Sorri e parei bem na ponta.

- Ahhhhh....- Ela grita e começa a ficar estérica.- Alex, por favor não me joga. Eu não sei nadar, vou morrer afogada e ...

- Não vou te jogar.- Digo calmo para ela.

Eu não estava calmo, por mais estranho que pareça. Hoje, especialmente hoje eu estava sentindo várias coisas estranhas. Eu não sabia o que era mas parecia que eu estava mais leve e que com ela ali tudo estava melhor.