Capítulo 31

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— Vem , baby. — eu gritava para a Sophia.

— Não, eu vou me sujar. — ela respondeu com um biquinho. Que vontade de morder aquela boca.

— Chata.

Eu estava pintando o quarto da nossa pequena, e a folgada não queria me ajudar. Três paredes estavam na cor branca e uma de um rosa bem vibrante. Faltava apenas uma parede para ficar tudo pronto.

— E além do mais, eu não posso ficar nesse ambiente. É muito forte.

Ela sorria travessa e eu a olhei feio.

— Covarde.

Sorrimos juntos e ela continuava na porta me olhando. Peguei um pincel e me aproximei dela.

Sophia logo sacou o que era e tentou correr, mas eu a puxei e a sujei totalmente de tinta rosa.

— Pronto, já pode virar uma Barbie.

— Há há há, engraçadinho. — ela diz tirando o excesso de tinta do cabelo. — Você me paga.

— Cobra em beijos que eu pago com juros.

Sophia me olhou e revirou os olhos .

— Meu cabelo vai ficar uma merda agora, seu idiota. — ela fala toda irritada.

— Ele já é uma merda, querida.

— Argh, te odeio! — Ela diz gritando e empurrando os punhos contra meu peito.

— Você fica linda quando tá brava. — digo rindo dela.

— E você é ótimo quando não é idiota.

— Vem cá...— digo a puxando para um abraço . — Deixa que depois eu mesmo lavo seu cabelo.

Ela faz novamente aquele biquinho e eu mordo sua boca.

— Agora me deixa terminar meu serviço. Você está me desconcentrando.

Ela estava saindo mas eu a grito.

— Onde você vai?

— Tomar banho?

— Eu disse que vou te dá banho. Senta aí.

— Você me mandou sair.

— Não disse isso. Senta, não vou ficar sozinho.

Ela se senta no chão e logo começa a tagarelar ,como sempre.

— Amanhã vou sair com a Bella.

— Pra quê?

— Ela tem que transferir a matrícula da faculdade dela e eu vou mandar currículos para empresas.

— Pra quê? — pergunto novamente.

— Para trabalhar, oras.

— Você quer trabalhar?

— Quero. Porque?

— Sei lá, achei que você não quisesse.

— Quando a Victoria tiver um pouco maior , aí sim. Consegue me sustentar por mais esse tempo?

— Assim, é um pouco complicado... Vou começar a vender meu corpo para conseguir te bancar.

Tinha um pincel no chão, ao lado dela. Sophia sorriu e o jogou em mim.

— Idiota.

Subi na escada e dei o acabamento la em cima, onde faltava.

— Prontinho! — digo descendo e olhando as paredes ao redor.

Até O Fim (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora