Amor, café e Canadá | YoonJin

Capítulo 2 - O nosso lugar

— Vamos logo!— Grito o apressado, Jin bufa jogando as malas no chão.

— Por que você não me ajuda com as malas?— Fala apontando para duas malas no chão.— Estão pesadas, se quer rapidez então me ajude.

— Por que você trouxe tantas coisas? É apenas uma semana.— Protesto mas pego uma de suas malas, brigar agora apenas nos atrasaria mais.

— Eu não sabia o clima e quando fui ver já havia feito duas malas.— Fala fazendo bico. O encaro por um tempo já não mais com raiva, ele conseguia ficar incrivelmente fofo quando fazia isto.

— Podia ter pesquisado na Internet, é para isso que serve a tecnologia.— Falo quando finalmente entramos na casa que alugamos. Na verdade, que o Jin alugou. O mesmo fez questão de fazer tudo sozinho para que eu evitasse passar pelas, como ele diz, partes chatas da viagem.

— Não é certo acreditar em tudo que a Internet mostra, até a garota do tempo erra às vezes.— Fala como se estivesse ensinando uma lição para uma criança, ele caminha até a cozinha como se estivesse a inspecionando e então volta para a sala.— Café?

— Café.— Concordo dando um meio sorriso, ainda jogado no sofá da sala.— Então, qual é a da cidade?

O apartamento não era muito grande, não chegava perto da sala do antigo apartamento do Jin – o de quando morávamos juntos, antes do meu ex. namorado me fazer alugar uma quitinete por conta do ciúmes. O fato é, era minúsculo. Mas não de uma forma desconfortável, não é como se a minha claustrofobia fosse dá um 'Oi' a qualquer momento. Apenas um pequeno apartamento, acolhedor e com um cheiro fixo de canela.

— Eu não sei muita coisa.— Jin me responde da cozinha, caminho até a meia parede que dividia a sala da cozinha.— Só procurei no Google uma cidade pequena e deserta, é esta foi a que mais me agradou.

A calma com que ele fala é surpreendente. Que dizer, não é anormal escolher um destino desconhecido para uma viagem, mas não ter o mínimo de conhecimento sobre o lugar é loucura.

— Você mesmo disse que não devíamos acreditar em tudo que a Internet nos mostra.— Jogo suas próprias palavras contra si e ele solta uma pequena risada que me faz abrir um sorriso involuntário.

— Neste caso, eu fiz pesquisas. E para toda regra a uma exceção.— Seu olhar pousa sobre mim como se tivesse acabado de o acusar de um assassinato.— Não iria trazer a gente para um lugar sem saber ao menos um pouco sobre ele, Yoongi. Não estou tentando te matar, ou algo do tipo.

— Ok! — Levanto as mãos em forma de redenção.— O café já está pronto, Sr.?

— Está, aqui.— Fala colocando no balcão a minha frente uma xícara com I Need U escrito, penso em perguntar onde o mesmo havia a comprado mas lembro de como Kim odeia falar sobre seu vício por xícaras.

— Vou jogar minhas coisas em um dos quartos.— Falo pegando a xícara e indo em direção ao último dos quartos.

O quarto – tão pequeno quanto a sala – era composto por uma cama de solteiro que ficava ao canto da parede; uma cabeceira com um abajur e alguns folhetos; e uma cômoda já velha que parecia ranger sempre que uma de suas gavetas eram abertas. Jogo as malas em um canto do quarto enquanto repito para mim mesmo que iria arrumar tudo depois.

— Yoongi? — Jin fala encostado no batente da porta, encaro o mesmo esperando que continue. — Você realmente gostou daquela cafeteria? Aa que vimos no caminho para cá.

— Gostei, me lembra bastante onde arrumei o meu primeiro emprego.— Falo ainda não entendendo o porquê da pergunta repentina.— Por que?

— O que você acha de ir lá?— O brilho em seus olhos pôde ser visível a quilômetros de distância.

— Acho legal.— Jin dá um grito agudo mas logo sua expressão muda e ele fica sério.— O que foi?

— Como é o nome de lá mesmo?— Pergunta se sentando na ponta da cama, não entendo o porquê daquilo ser tão importante mas me esforço para lembrar.

— Acho que era BTS, mas deve ser apenas uma sigla para o nome original.— Falo sem da muita importância, a preguiça parecia está consumindo cada parte do meu corpo. Será que o Jin surtaria se eu passar o resto da viagem deitado na cama?

— Qual será o nome original?.— Murmura curioso.— Bar dos trabalhadores sem salário?

— Aí eles estariam fechados, quem trabalha sem receber?— Indago rindo da sua alternativa.

— Vai que eles amam muito o lugar para o deixar jogado às traças.— O tom de sua voz é sério mas o sorriso brincalhão em seu rosto mostra exatamente o contrário.

— Claro, até porque eles iriam conseguir manter um lugar sem receber. O dinheiro precisa circular para dá certo.

— Eu não tinha pensado nisso mas, como eu disse, nunca se sabe.— Fala indo em direção a porta.— Você tem uma hora.

Espero a porta do quarto fechar e, de forma completamente desajeitada, começo a me arrumar.

============================

Olá! Aqueles que já leram a fic antes das mudanças, devem ter notado que o capítulo ficou menor. O motivo é que, com as mudanças e acréscimos, o capítulo que já era bem grande ficou gigante. Ninguém merece morrer em uma página, então dividi em dois capítulo.