Capítulo 8 - Vamos tentar

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- Pronto. - Falo voltando para o lugar de antes no sofá enquanto Jin se ajeita no colchão que havíamos colocado do chão.

Ele demora um certo tempo para dá play e imagino que esteja travando uma guerra interna consigo mesmo naqueles poucos segundos, talvez tivesse desistido tantas vezes quanto eu tinha piscado em toda a minha vida. E é humanamente impossível não piscar 11.520 vezes por dia, havia lido sobre isso em uma matéria de uma revista qualquer. O fato é, eu sabia o motivo de todo o seu nervosismo assim como sabia o real motivo daquela viagem.

O filme começa a rodar e cenas de nós dois juntos com mais duas crianças surge na tela, penso como estou sendo infinitamente babaca não apenas por permitir que ele assista ao CD como, também, por esta de certa forma o usando para ficar melhor. Mesmo que a ideia tenha sido sua, fui eu que acabei a aceitando.

- Eu não me lembro desse dia. - Encaro a tela onde duas fotos nossas de terno aparecia, ao fundo dava para notar os cabelos negros da minha mãe.

- Acho que foi no dia do casamento. - Informo, o celular em meu bolso começa a vibrar. Encaro o garoto a minha frente que tinha seus olhos curiosos direcionados a mim.

- Quem é?

Encaro a tela do telefone, a foto de uma garoto com um cachorro é acompanhado pelo nome "Meu pequeno". Havia esquecido de mudar o contato.

- Ninguém importante. - Falo desbloqueando o celular para conseguir ler a mensagem que o mesmo tinha enviado

Bloqueio o celular e encaro a cara de interrogação do Jin, antes que eu pudesse lhe explicar algo o celular volta a vibrar

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Bloqueio o celular e encaro a cara de interrogação do Jin, antes que eu pudesse lhe explicar algo o celular volta a vibrar.

Assim que bloqueio o celular novamente noto que ele me estendeu um copo d'água, aceito sem protestar e o mesmo me dá um sorriso pequeno como resposta

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Assim que bloqueio o celular novamente noto que ele me estendeu um copo d'água, aceito sem protestar e o mesmo me dá um sorriso pequeno como resposta.

- Era o Jimin, não é?! - Pergunta embora já soubesse a resposta. - Você está bem?

- Ele disse que me amava. - Confesso, mas me arrependo em seguida ao ver seu semblante mudar.

- E você? Ainda ama ele?

- Eu não sei, que dizer, estamos juntos a tanto tempo que é inevitável que eu sinta algo. Não sou uma pedra, mesmo que pareça. Mas eu não sei se é amor ou simplesmente um carinho. - Não sei se estou mentindo para ele ou para mim mesmo, mas gostaria de acreditar em minhas palavras.

- E se eu gostasse de você? - Pergunta fazendo o meu coração saltitar, não sei de medo ou por outro motivo. Malditos sentimentos que me confundem.

- E se eu gostasse de você? - Brinco tentando mudar o rumo da conversa.

- Quando éramos crianças, antes do acidente, costumávamos dizer que íamos morar juntos. Mas depois dele você começou a me evitar e eu nem sei o porquê. O que mudou Yoongi? O que eu fiz? - Pergunta voltado a me encarar, seus olhos transbordavam em lágrimas e um sentimento de culpa crescia em meu peito.

Eu queria dizer que nada mudou, que tudo estava como antes. Que ainda vamos ter nossa casa e adotar uma lhama rosa, como sonhavamos quando pequenos. Mas eu não posso, eu sei que algo mudou. Eu mudei, o mundo mudou e, infelizmente, uma paixão infantil não tinha mais tanta importância assim.

- Nada, nada mudou Jin. - Minto descaradamente.

É melhor assim, mesmo que seja uma mentira é melhor que ele pensa assim. Não é como se algo de anos atrás interferisse no agora, o hoje é que importa afinal.

- Vamos para a praia! - Grita se levantando.

- O que? Mas já está tarde.

- Idai? Não lembro de ter hora para se ir á praia.

[...]

- Tem certeza que você consegue? - Pergunto olhando receoso para a moto.

- Moto é tudo igual, e tudo é igual a uma bicicleta. - Fala tentando subir na mesma mas acaba cambaleando para trás. - É culpa da bebida.

- Eu não vou com você. - Ele me olha sério e começa a chorar, o encaro sem saber o que fazer.- O que foi que eu fiz agora?

- Nada, você não fez nada. Você nunca faz nada, Yoongi. - Seu tom era acusador embora sua voz ainda estivesse embargada por conta choro.- Será que você não nota? É tão impossível para você imaginar que eu posso gostar de você?

Fico calado esperando ele continuar mas ele apenas se senta no acostamento, o silêncio toma conta e não consigo formular uma frase completa para lhe dizer.

- Por que você não pode gostar de mim?

- Eu gosto de você, Jin. - O que não é mentira, apenas uma verdade pela metade. - Mas não podemos, isso vai foder tudo. Não seria justo com você, nem eu não sei direito o que sinto e não quero é te machucar.

- Eu não me importo, você pode quebrar o meu coração se quiser. Não me importo nem um pouco, eu quero tentar.

Eu odeio tanto isso, por que amar tem que ser tão complicado? Por que não posso simplesmente esquecer ele e aprender a gostar de quem jamais iria me machucar?

- Eu vou na frente. - Aviso me levantando e o ajudando a se levantar.

- Eu já tentei te esquecer uma vez, sabe? Eu até cheguei a gostar de um cara, mas nada como eu gosto de você. - Confessa, sua voz era baixa. - Yoongi, eu não desisti de nós, eu não sei desistir.

Estávamos tão próximos que naquele momento me perguntei se é errado tentar, e talvez não seja. Ou talvez eu seja muito mais babaca do que pensei.

Mas, diante de tantos talvez, fiz o que julgo ter sido a escolha mais sensata no momento. Eu o beijei. E naquele momento eu pude jurar que parecia tão menos complicado fazer aquilo dá certo.

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Ok antes de qualquer coisa, eu sei que está menos romântico do que antes. E antes nem estava tão romântico assim. Mas, infelizmente, o Yoongi é um babaca. (Sem ofensas, é apenas uma personalidade fictícia). Mas ele está tentando.

E, como havia dito no aviso, vou está atualizando com mais frequência para poder ficar livre e terminar a outra fic.

Amor, café e Canadá | YoonJinOnde histórias criam vida. Descubra agora