Só damos o devido valor quando perdemos.
Essa frase nunca fez tanto sentido quanto agora. E, eu sei, eu que quis assim. E não foi por não dá valor, mas por medo. O medo te cega, e eu posso dizer que no momento em que fiz e disse tudo aquilo, estava cego pelo medo de tentar.
— Você é um grande babaca. — Concordo com o barbudo enquanto tomo mais um gole da bebida, havia entrado naquele bar quase aos pedaços e despejado todos os meus problemas em cima do garçom.— Mas, se você for lá e pedi desculpas, quem sabe?
— Eu não sei senhor, Takada. — Falo olhando meu copo vazio. Ele o enche dizendo, novamente, que aquela seria a última vez.
— Você o ama muito? — Concordo balançando a cabeça freneticamente. — Então não o perca, meu jovem.
Tomo a bebida em meu copo em um só gole na esperança de que ela me desse a coragem necessária naquele momento.
— Quer uma carona? — Solto um suspiro e encaro o senhor a minha frente, seu semblante amigo embora o mesmo ainda não passasse de um completo desconhecido.
— Quero.
[...]
Já fazia um tempo desde que o senhor — que descobri se chamar Erwin — havia indo embora. No entanto, eu não consigo entrar.
O que vou dizer? "Oi, então, esquece tudo que eu disse há 4 horas e 56 minutos atrás" Vou levar uma frigideira na cara, certamente.
Suspiro e bato na porta. Uma, duas, três vezes.
— Amor? — Falo abrindo aos poucos a porta.
Passo pela sala e encontro a mesma vazia, olho a cozinha e só vejo uma panela com algo queimado. Ele tentou cozinhar? Dou uma risada ao pensar no mesmo em uma batalha com a frigideira.
Escuto um barulho no quarto e corro para o mesmo.
— Tae? — Falo chamando sua atenção. Ele está no mesmo lugar em que o deixei. A única diferença era que seu olhar agora não mostrava mais ódio, seu olhar estava perdido em algum canto do quarto.
Eu mereço tanto uma frigideira na cara.
— O que você quer? JungKook, por favor, eu não quero brigar mais. Me deixa — Ele tenta ser firme mas sua voz saí tremula. — Eu não vou te perturbar mais.
— Do que você está falando? — Desço o meu olhar para sua mão que segurava um frasco de remédio. — Tae, me passa esse frasco
— Por que você se importar tanto? Por que você está aqui? Eu não.... — Não espero que ele termine e o abraço.
— Eu não posso te perder, eu não suportaria passar um dia sem seu sorriso, sem seus gritos. Eu sei que sou um idiota que desiste na primeira pedra no caminho, mas eu vou mudar. Só não me deixa. Não me deixa, por favor.— Suplico. — Eu te amo tanto.
— Eu não sei como te aguento. — Sua voz sai séria mas um sorriso nasce em seu rosto. — Não faz mais isso, por favor. Você não sabe como eu fiquei só de imaginar te perder.
— Você nunca vai me perder, eu prometo. — Falo colando nossas testas.
— Eu fiquei com tanto medo, achei que ia te perder. — Limpo uma lágrima solitária e o beijo.
Como amo esse beijo.
Levanto e vou em direção a uma das gavetas onde havia uma pequena caixa esquecida no fundo da última gaveta, lembro de quando tive um pequeno surto e acabei comprando aquele colar.
— Sabe, o primeiro dia em que te vi, achei que anjos estavam caindo do céu. — Um sorriso divertido nasce em seu rosto. — Não posso mentir e dizer que somos o tipo de casal que quase nunca briga, vivemos brigando. E, pode parecer estranho, mas eu amo brigar com você. Mas, principalmente, do que fazemos depois de cada briga. Taehyung, não tem nada em você que eu não ame. É clichê eu sei mas...
— Amor, aonde você quer chegar?— Me corta confuso.
— Quer casar comigo? — Ele me encara sério. — Eu sei que você não estava esperando por isso, eu também não estava. Mas eu te amo e sei que você me ama e....
— Sim! — Seu grito me interrompe. — Eu aceito me casar com você.
— Que bom, porque eu não estou disposto a aceitar um não. — brinco.
— Ok, mas o senhor estaria disposto a me devolver minhas vitaminas? — Fala, encaro o frasco onde havia um pequeno rótulo com "Vítima" escrito. Dou uma gargalhada aliviada.
Esse é o nosso começo.
=====================
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor, café e Canadá | YoonJin
FanfictionCapa feita pelo projeto @Teamwings " - Eu vou te ajudar " " - Com o que?" " - A achar o seu grande amor" Dois amigos e uma cidade desconhecida, nada de certo poderia dá errado. Ou seria nada de errado poderia dá certo? Depois de um trágico término...