O baile

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Dia do baile
Aquela euforia, todos comentando como se fosse a coisa mais importante do mundo, e como se não tivéssemos uma prova de matemática "surpresa" - que todos sabiam - na terceira aula.
Khaterine me infernizou a aula toda - de química - falando no que ela iria fazer no cabelo, e que estava pensando em ir de salto mas que poderia se desequilibrar, e todas essas baboseiras não relevantes para uma aula de química. Eu gosto de falar disso, pedir opiniões para as amigas e tudo mais, só que ouvir 50 minutos seguidos, inúmeras palavras repetidas não era fácil, e a professora já estava olhando feio para nós.
Uma das únicas coisas que eu gravei da aula toda - inclusive da matéria - foi que ela achava que provavelmente Dylan a pediria em namoro "oficialmente" como ela disse.

Eu tinha marcado de encontrar Hanna no colégio e seus falantezinhos 14:00 no ginásio para arrumar a decoração. Noah passou 15 minutos antes na minha casa para irmos juntos até o colégio, ele teria que me ajudar a passar por isso, afinal, foi ele que me colocou nessa situação.
- Boa tarde flor da tarde - falou com um sorriso enorme, como se passar o tempo da manhã no colégio já não fosse tortura o suficiente.
- Boa.
- Credo quanta amargura no coração, não pode ser assim garota.
- Como você espera que eu fique feliz, passando um tarde com uma garota que me odeia, e os lacaios dela?
- Odiar, é uma palavra muito forte - ele disse enquanto andávamos pela rua - ela apenas desgosta de você. E além do mais seu super amigo querido e lindo, - e modesto - vai estar com você.
- Só em corpo né, porque a mente vai tá longe.
Então chegamos lá, minha tortura ia começar.
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16:00
Eu precisava me arrumar, Chris me buscaria as 18:00, mas como sou muito demorada (leia: fico me enrolando) tenho que começar cedo. Eu estava exausta, aquela garota desprezível me obrigou a fazer coisas inúteis, como trocar uma mesa do lugar umas mil vezes, ou a faixa de boas vindas, tudo isso só pra me irritar. Pelo menos, ela pareceu gostar de Noah, mas ele ainda ia me pagar por tudo isso. Depois de tomar um banho coloquei meu vestido, e decidi arrumar meu cabelo:

Fiz minha maquiagem, nada muito chamativo, mas o suficiente pra iluminar meu rosto

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Fiz minha maquiagem, nada muito chamativo, mas o suficiente pra iluminar meu rosto. E assim que peguei meu sapato, fui pegar o celular e vi que já eram 17:50. Coloquei o sapato - um salto não tão alto - e depois de pegar um casaco, desci as escadas e fiquei na sala esperando.
- Que linda que está minha menininha!!! - minha mãe me abraço quando me viu.
- Mãe - cruzei os braços e fiz cara de emburrada - eu já tenho 16 anos, e se você não percebeu eu não sou menininha - falei apontando pra nossa diferença de altura - a um tempo.

Ela ia me responder algo sobre eu sempre ser sua menininha mas a campainha tocou e ela foi atender enquanto me mandou sentar no sofá.

- Chris! Como você tá bonito! - ouvi beijinhos estralados de bochecha - entra, a Claire tá na sala.
- Moranguinho - eu ouvi ele dizendo pra me provocar - mas assim que me viu ele se calou e ficou com um olhar deslumbrado - Você tá...linda! Uau.
- Você não está nada mal senhor Brider - levantei e dei um beijo caloroso nele. Por 'sorte' não tinha passado batom ainda.
- Essa minha namorada é maravilhosa mesmo, né? - falou perguntando pra minha mãe.
- Claro que é - ela sorriu pra ele - fui eu que fiz. Mas agora sentem que eu tenho que fazer o papel de pai protetor.

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