Surpresa

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Picada e ralada, foi assim que eu me senti nas duas semanas depois do acampamento. Minha mãe obviamente reclamou muito por eu não ter passado repelente, toda vez que eu reclamava sobre o fato de estar coçando meu corpo inteiro ela soltava um "eu te avisei", então eu tentava evitar falar sobre. Meus amigos tinham sofrido com isso também, mas não tanto quanto eu, tinham me picado até no rosto. Eu tinha cumprido com o combinado de Dylan e nossa relação amistosa estava de volta.
- Filha, seu pai ligou avisando que vai se atrasar pra vir te buscar - ela me lançou o olhar de "novidade" - me desculpa, você sabe que eu preciso viajar, é pela empresa, e não dá pra mudar agora.
- Mãe, eu sei me virar até o papai chegar, vai de boa.
Ela estava com todas suas malas em volta, estava pronta pra ir.
- Eu vou então, te amo minha moranguinho, cuide - se.
- Também te amo mãe - dei um abraço nela - Juízo viu?
- Ei, eu que falo isso - ela riu.
Então depois que colocamos suas malas no carro e ela foi, entrei em casa e troquei de roupa para fazer uma surpresa a Chris, afinal ele não sabia que eu iria mais tarde.
Fui de bicicleta até sua casa, já que ele morava mais longe. O caminho passava pela casa de Hanna, que estava em frente à sua casa.
- Olha só, novata e sua bicicleta, engraçado nos encontrarmos assim de novo não? Vai me dar o desprazer de ouvir sua voz de taquara rachada mais uma vez?
- Garota qual o seu problema comigo?
- Eu não tenho problema nenhum, quem tem é você.
- Realmente, detesto pessoas que não sabem a hora de parar de falar, pessoas desagradáveis, que não se fazem queridas, pessoas que só sabem reclamar.
- Garota você não sabe com quem tá falando - ela veio para mais perto de mim. Antes que eu pudesse assimilar, eu estava no chão. E Hanna com uma cara de culpada.
- Lala! - Non chegou e me ajudou a levantar, tirando a bicicleta de cima da minha perna - Hanna! Você tá louca??
- Foi...foi - ela olhou horrorizada para o meu joelho.
Segui seu olhar e vi sangue, muito sangue.
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- Olha só quem decidiu acordar - Noah estava do meu lado parado.
- Parece que temos uma mania de se encontrar em hospitais né? - falei rindo.
Ele concordou rindo.
- Olha eu nunca tinha conhecido alguém que tem medo de ver sangue - fiz uma careta - liguei para a sua mãe.
- Me diz que ela não desistiu da viagem por isso.
- Só porque já estava dentro do avião - ele deu um sorrisinho - Mas agora vamos falar sério, medo de sangue?Sangue?
- Me deixa em paz Noah - revirei os olhos - Eu tenho isso desde que me entendo por gente ok? Entro em pânico, ou desmaio.
Ele riu mais um pouco. Mas logo o sorriso sumiu do seu rosto.
- Humm, liguei para Chris também, mas ele não atendeu a ligação.
Estranhei um pouco mas não falei nada.
- Tudo bem.
- Claire, o que aconteceu? Hanna me disse mas não sei se acredito mais nela, ela me disse que não tinha nada contra você.
- Hum, digamos que o que ela fez foi horrível e eu detesto ela mais do que eu já detestava - falei com firmeza - Mas eu provoquei ela também, falei umas coisas, que...não é legal de se ouvir - aquela garota tinha transpassado o limite de raiva que eu sentia por ela.

- Eu...eu briguei com ela - ele falou meio sem graça - Ninguém pode fazer isso com minha melhor amiga - ele sorriu de lado.
Quem acabou ficando sem graça foi eu. Por falta do que falar fiquei em silêncio.
- Mas você se sente melhor? - assenti -Então me sinto melhor também.
Então o celular dele começou a tocar
- É a sua mãe, acho que ela quer notícias suas - ele me estendeu o celular.
- Noah, tudo bem querido? Minha filhinha está bem? Se ela precisar de mim volto no mesmo instante.
- Mãe eu estou bem - falei sorrindo - Eu cai da bicicleta não fui atropelada.
- Vira essa boca pra lá menina - ela falou brava mas eu sentia que estava sorrindo também - Mas meu Deus né, você e seu trauma com sangue.
- O que eu posso fazer né? Claire e sua clairezisses - ela riu do outro lado da linha - Mãe, eu to bem ok? Nada que alguns pontos não resolvam.
- Então tá minha moranguinho, se cuida viu?
- Você também mamãe, beijos.
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Depois de um tanto de burocracia já que nem eu nem Non era maior de 18,  minha mãe precisou passar vários documentos por telefone e confirmar minha entrada no hospital, dizer que ia assinar a autorização mais tarde, finalmente consegui sair do hospital, com uma receita pra comprar alguns remédios contra infecção. Antes de sairmos de lá encontrei os pais de Chris parados de carro no sinaleiro perto de onde o carro de Noah estava, e então lembrei que eu estava indo ver ele quando tudo aconteceu.
- Olá querida, o que aconteceu com você? - a mãe dele me perguntou assim que me viu.
- Oii - sorri pra ela - humm eu acabei caindo de bicicleta acredita?
- Mas você se machucou muito? - foi a vez do pai dele me perguntar.
- Só alguns pontos mesmo - sorri fraco - acho que vou passar lá no Chris dar um beijo nele, por que depois vou pra casa do meu pai.
- Claro, vá sim. Ele vai adorar a surpresa. Só não te levamos porque saímos cedo pra resolver algumas coisas e temos muitas coisas pra fazer ainda.
- Tudo bem o meu amigo Noah me leva - apontei pra Non que acenou pra eles.
- Ah claro, acho que lembro que ele estava no grupo do acampamento não é? - Sra. Brider perguntou pra Noah.
- Foi sim, prazer - apertou a mão dela.
Barulho de buzina.
- Oh sim, temos que ir, tchau garotos, se comportem.
- Você pode me levar no Chris? Logo tenho que estar em casa pro meu pai me levar pra casa.
- Claro que sim, entra aí.

Logo chegamos na casa dele e eu agradecendo a Non pela carona fui até a porta, que estava estranhamente entreaberta. Vi ali uma oportunidade para dar um susto nele. Fui subindo - sem fazer barulho - as escadas e abri a porta dele rápido.
- SUR... - comecei a gritar mas quando vi aquela cena na minha frente não fui capaz de continuar gritando - ...presa.
Chris. Kath. Juntos - e pelados - na cama.
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Olá pessoazinhas, tudo bem?? O que fizeram de bom nesse feriado? Desculpem pela demora pra postar mas a criatividade me abandonou por um tempão. Bom, aí está esse bapho.
💟💟💟
O que vocês acharam do capítulo? Gostaram? Comentem e votem...
Beijinhos

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