Como você seria se o sexo fosse a sua religião?-
Foi a inesperada pergunta que Agatha ouviu quando estava prestes a dar os primeiros passos na misteriosa Irmandade. Em sua normal vida de gerente de loja de lingerie em um grande Shopping Center da ci...
(Os eventos desta história ocorrem antes do livro OBSESSIVOS - A Revelação Final)
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– Johnny! – Exclamou quando encontrou seu irmão sentado a mesa tomando café lendo a bíblia.
– Jonas! – Corrigiu-a sem tirar os olhos do livro.
– É, eu me esqueci. Mas você me assustou. Vai mesmo negar o nome que seus pais lhe deram?
– Não estou negando. É o mesmo nome...
– Só que mais bíblico, já me disse isso. Jonas, o profeta! – entoou de forma imponente.
– Sim!
– Onde você estava? Você sabe que tem que ficar aqui de noite cuidando da mamãe. E quando cheguei aqui encontrei a Dona Dila.
– Estava resolvendo minhas coisas, não pude vir.
– Tá, mas quando for assim me avise! – Disse bufando pelas respostas que recebia.
– Eu avisei, a Dona Dila.
– Dona Dila tem as coisas dela pra fazer! Ela já fica aqui de dia.
– Eu troquei com ela. Hoje vou ficar aqui o dia inteiro.
– Como assim? E o seu trabalho?
– Eu já resolvi, não se preocupe!
Johnny é seu irmão e, sendo mais novo, tem a rebeldia ainda impregnada em seus hábitos, mas ela sabe que ele tem um bom coração. Agatha ficou nervosa porque é muito zelosa com sua mãe. Reconhece as dificuldades que sua família vive, mas tenta não carregar mais ainda o peso da responsabilidade sobre os seus ombros. Dividem a tarefa de fazer companhia a sua mãe: Agatha a noite, em seu sono até a manhã quando vai ao trabalho, e seu irmão a noite quando chega do trabalho até sua irmã chegar da faculdade. No período enquanto estão no trabalho, sua vizinha de anos, Dona Dila toma os devidos cuidados.
– Vá trabalhar, eu cuido a partir de agora – disse seu irmão.
– Você está bem? Parece abatido.
– Estou bem.
– Você está diferente, aconteceu alguma coisa?
– Não.
– Alguma coisa com você e a Andréa?
– Não Agatha! Estamos bem. Eu estou bem. Vá trabalhar. Deve estar atrasada.
– Tudo bem – achou melhor não insistir. – Vou indo então. Pegue uma banana também, sei que você gosta.
Caminhou até o canto da cozinha onde sua bolsa já lhe aguardava para sair.
– Não. São da mamãe. Mais tarde faço pra mim.
– Tá bom. Qualquer coisa me ligue!
Antes de ir Agatha foi até o quarto se despedir de sua mãe que com olhares carinhosos desejou um bom dia em seu trabalho. Vestiu sua blusa para proteger dos ventos frios da manhã paulista, se despediu do seu irmão com mais algumas palavras de orientação e saiu.
Ela confia muito em seuirmão e também o reconhece muito bem quando está com problemas. No último ano,desde que se tornou evangélico, muitas coisas o fizeram mudar, mas seu bomcaráter nunca foi perdido. Pensou que ele poderia estar passando por algumproblema em sua casa esta noite com sua esposa, que não se converteu. Ele setornou um cristão muito fervoroso e algumas rotinas em sua casa mudaramcompletamente levando a algumas discussões entre os dois ultimamente. Masrespeitou seu momento de silêncio e quando estiver a vontade de conversar sobreo assunto ela estará ao seu lado para ajudá-lo.
