C.15 - A verdade

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Se isso é necessário para salvar a vida dos meus filhos, então eu falo á verdade... Quando eu resolvi dar uma bolsa de estudos para catorze jovens no Colégio Salles Star, eu já tinha um plano de sequestrar eles e depois fingir "salva-los"  assim teria mais publicidade e ganharia mais eleitores. Pois pretendia ser o próximo presidente do Brasil. Mas algo deu errado. No dia em que eu pretendia "achar" os jovens junto com a polícia do estado. Os jovens desapareceram e eu perdi total controle da vida deles. No outro dia que apareceu a gravação mandando eu falar a verdade ou eles matariam o jovem John Ash de Almeida. Lógico que eu achei que fosse mentira. Foi então que tudo se complicou e o corpo dele apareceu. Eu fui um covarde e confesso que só estou conseguindo confessar a verdade a todos por causa da vida dos meus filhos...

Todo os repórteres começam a murmurar e a tirarem fotos.

O maniaco 24 horas invade a rede de gravação e começa a falar:

Parabéns estimado governador Salles Star, você acaba de salvar a vida dos seus filhos.
Mas tem mais segredinhos que o senhor esconde, afinal, todo político é mentiroso. 
Conta para o povo sobre as suas aventuras extras conjugais para aumentar mais os números dos seus candidatos.

O governador olha para a sua esposa Samantha e vê ela chorando, e não tendo outra escolha diz:

Foram muitas, desde meninas novinhas até mesmo prostitutas. Também traí a confiança da minha mulher com a secretária dela a senhorita Yasmim Ribeiro Cândido. Algumas das amigas safadas da minha filha que me davam mole. Todas as nossas empregadas só ficavam trabalhando lá por que dormiam comigo na hora que eu quisesse.

Oh... Isso é um absurdo!
Estou envergonhado com essa informação.
 Me diga mais uma coisinha.
Foram só mulheres ou tem mais historinhas interessantes como essas dentro desse baú? 

Sim... Já transei com vários travestis.    

Parabéns novamente governador!
Agora você salvou a vida dos onze  jovens.
Eu vou te poupar dos roubos que o senhor cometeu, afinal isso é função do delegado de polícia Bartolomeu Vastonely o melhor delegado do Estado que não sabia que o sequestrador era o próprio governador,  Isso que é ser bom. 
Mas eu não te culpo por isso, afinal, deve ser alguma doença que dá nos delegados que eles só enxergam o bandido se for pobre ou trabalhador honesto.

 Solte os meus filhos seu maniaco psicopata! Eu já fiz tudo o que você queria.

 — Eles e os jovens já estão soltos em algum lugar e em breve vocês os encontraram.
Foi um prazer conversar com o estimado governador do Estado do Rio de Janeiro.

E some o sinal do assassino. Em todos os canais de Televisão se repetia essa transmissão e também pelos os rádios e na internet. Era o assunto do ano entre os blogueiros. Foi o acontecimento do século.

Em todos os países se comentava sobre a atitude egoísta de um governador que foi capaz de manipular a vida de outras pessoas visando conquistar a presidência.

O Governador saiu algemado de lá direto para a delegacia, junto com a esposa e a secretária Yasmim.

Yasmim estava desesperada pois sabia que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. E nesse caso, o lado mais fraco é o dela.

Na delegacia Bartolomeu Vastonely e  Vicente de Carvalho conversam sobre o caso.

Preciso da sua ajuda Vicente... É um caso bem complexo e quero ter uma ampla visão dele. Sei que é um bom delegado e agora vejo o porque do Governador ter tirado você e me colocado no seu lugar.

É Bartolomeu, ele foi um canalha deixando eu ser acusado no lugar dele, mas agora ele terá a justiça que merece.

Mas ainda tem muito caroço nesse angu. Se mexermos mais nessa merda, sei que ela vai feder.

 Ainda tenho uma pulga atrás da orelha.

 Aposto que é a mesma que a minha.— diz Bartolomeu.

Por que fazer um sequestro e depois confessar ser culpado?

 Eu estou trabalhando na hipótese de que ele realmente é culpado apenas do sequestro. Daí em diante saberemos conforme os interrogatórios das vítimas e dos demais envolvidos e conto contigo parceiro.

Será uma honra. Vamos embora trabalhar, temos muito trabalho.—diz Vicente.

Eu fico nos interrogatórios por aqui e não serei bonzinho dessa vez. Você vai para as ruas ver o que descobre.

 — Ok! Até mais parceiro.

***

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Até o próximo capítulo! 


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