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Anna

Acordo com uma ressaca enorme, sinto minha cabeça latejar e mal consigo abrir os olhos como consequência da festa de ontem. Olho para o relógio e vejo que são 7:45, o que significa que estou atrasada novamente! Corro para o banheiro mas tropeço na porta, digo uns palavrões e tomo um banho rápido. Coloco um short jeans azul marinho com um top rosinha, calço minha havaiana, ativo o atleta olímpico que existe dentro de mim e vou correndo para a escola, nem tomei café da manhã. Chego e não vejo ninguém, com certeza já devem ter entrado. Vou voando pelo corredor até que esbarro em alguém, mesmo sem olhar já sabia quem seria.

Anna: Vê se olha para onde anda, idiota! - Não basta estar com uma dor de cabeça insuportável e ainda tenho que aguentar esses idiotas que brotam de Narnia para me infernizar. Que mal eu fiz para merecer isto Senhor?

Dylan: Desculpa. - ele fala tão baixo que custou a ouvir. Sabe, não sei como pessoas assim são permitidas na escola. Ter que dividir a mesma atmosfera que algumas pessoas é tão difícil. - disse para mim mesma.

Anna: Vai à merda! - digo e volto a correr.

Você foi rude. - diz o meu subconsciente mas ignoro e sigo o meu caminho.

Anna: Posso entrar? Já entrei. - digo fechando a porta e entrando, sendo barrada pela voz da professora.

Professora: Sempre atrasada senhorita Grace, não tem jeito, não é? - Ela fala com o nariz empinado.

Anna: Deus me deu o dom da beleza, não da pontualidade. - falo e todos riem, menos a professora que fica com cara de tacho. Sentei no meu lugar, coloquei os fones e me desliguei, não só da aula, mas do mundo. Quando deu o toque, saí da sala e fui para perto da minha melhor amiga na cantina.

Gabi: Baixinha! - Gabriella grita e me abraça.

Anna: Não grita capivara, estou com uma dor de cabeça insuportável. - digo baixo, com as mãos na cabeça. - Vai buscar comida pra mim? - pergunto fazendo biquinho.

Gabi: Como eu sou uma boa amiga eu vou, senta aí que eu já volto. - ela fala e vai buscar, até que aparece o grupo do Felipe, eles estavam em volta do garoto que esbarrou em mim hoje cedo.

Felipe: Eai parceiro, beleza? - Felipe fala derrubando os livros que o garoto tinha nas mãos fazendo eles caírem- Ops, foi mal aí, depois a gente conversa melhor. - Fico rindo da cara que o menino fez e Felipe sai com os amigos. Pouco depois o mesmo passa por mim e me encara.

Anna: Perdeu alguma coisa? Vê se dá uma de avião e descola!- eu falo e ele sai, depois a Gabriella FINALMENTE chega com a minha comida. - Foi fazer a comida é? Que demora.

Gabriella: Sabe esse seu mau humor? Guarda ele pra você. - ela diz e eu respondo com o meu dedo do meio.

O resto das aulas foi um tédio, mas finalmente cheguei em casa. Quando vou até a cozinha me deparo com um bilhete da Priscila, aghh que ódio dessa amante do Capeta!

" Anna florzinha, eu e seu pai resolvemos ter uma noite em casal, podemos chegar tarde por isso não espere acordada e não saia, beijos querida. XOXO ''

Sinceramente, eu odeio essa Priscila, ela só ta com o meu pai pelo dinheiro, e o ingénuo não vê isso. Ela acha que tem poder sobre mim por ser a mulher do meu pai, mas ela está muito enganada. É incrível como é só ela pedir qualquer coisa e o meu pai obedece. Hoje tem festa na casa do Felipe, com certeza que eu vou.
Mas o problema é sempre o mesmo: Saber que roupa usar. Estou precisando seriamente de ir no shopping, mas e o tempo? Depois de passar um bom bocado procurando o que usar, resolvo ir com um vestido preto simples e um salto da mesma cor. Pego meu celular e minha chave, pego um táxi e vou a caminho da festa.

A primeira coisa que vejo é Felipe do lado de fora da casa com uns amigos. Felipe sempre foi o meu crush, o problema é que com tantas garotas dando em cima dele era difícil ter a atenção do mesmo apenas para mim, mesmo sendo a garota mais popular da escola, então é melhor aproveitar enquanto ele ta sozinho para lançar o charme. Passei pelo meio deles e Felipe me agarra na mão e me puxa para perto dele.

Felipe: Está procurando boa companhia? - diz lançando aquele sorriso que faz qualquer uma cair de joelhos. Vou brincar um pouco.

Anna: Estou, mas com você por perto vai ficar muito mais difícil encontrar. - brinquei e as pessoas à volta gritaram.

Felipe: Nossa, magoou... - diz colocando a mão no peito - Ainda não entendi o porquê da sua boca estar longe da minha. - diz lançando novamente aquele sorriso irresistível.

Anna: Questão de higiene. - ele revira os olhos e fica emburrado, enquanto as outras pessoas voltam a gritar e assobiar - Vem cá idiota - disse rindo e o puxo para um beijo quente. Peguei uma bebida da mão de uma pessoa qualquer e bebi tudo, prevejo uma grande ressaca. Depois de tanto beber eu já nem sabia o meu nome, a última coisa que lembro é de estar no meio da rua, depois tudo ficou escuro...

***

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