Mundos Opostos

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Felipe

Gostei da forma como Anna falou com aquele idiota, ele só teve o que mereceu. Ela não pode ficar de conversa com esses lixos da escola como se fossem amigos dela, nós não podemos nos misturar com essa gente. Espero que ele finalmente tenha aprendido onde é o lugar dele. Posso ser um galinha que pega todas as garotas mas com a Anna é diferente, eu gosto dela e não quero magoá-la, só quero ver ela feliz. E se for para ela ficar com alguém, que esse alguém seja melhor do que eu.

Anna

Eu peguei pesado com o Dylan ontem, mas foi para o bem dele, imagina se o Felipe batesse nele de novo? Mas eu tenho que pedir desculpa para Dylan, quero explicar tudo para ele, eu de alguma forma confio nele. Afinal, ele salvou a minha vida e nunca fez nada de errado comigo. Hoje não tem aulas, os professores tiveram uma reunião importante, então aproveito e passo na casa de Dylan para pedir desculpa. Levantei era 10:40 , tomei um banho demorado, botei uma calça jeans rasgada azul clara e um top branco. Fiz um coque e fui tomar café.

Cheguei na cozinha o meu pai estava sentado na mesa e a Priscila estava fazendo o café da manhã. Sentei na mesa com o meu pai.

Anna: Bom dia.  - dei um beijo na bochecha do meu pai, o mesmo sorri.

Priscila: Bom dia querida! Vou colocar a sua comida no prato! - ela fala com uma animação exagerada e eu só olho pra ela com cara de "seja menos falsa por favor."

Pai: Oi filha, vai sair?

Anna: Vou na casa de uma amiga pai -minto - Porque?

Pai: Nada não, só toma cuidado que tem muita gente perigosa por aí.

Anna: Pai, eu sou o perigo que anda por aí - digo brincando e ele ri.

Priscila: Aqui está - coloca um prato com ovos, torrada, bolo e bacon na minha frente. - Pode comer tudinho.

Anna: Tem certeza que não colocou veneno aqui? - falo apontando para o prato.

Pai: Anna, não seja mal educada. -  meu pai briga comigo e eu reviro os olhos.

Anna: Desculpa Priscila, é só que podia ter caído um pouco do seu veneno no meu prato acidentalmente.

Pai: Anna!! - ele grita.

Anna: Quer saber, fiquei sem fome, estranho né? Pode comer você pai, se morrer não fala que eu não avisei. - falo e saio de casa em direção a casa de Dylan. Eu ja sabia onde era porque já vi ele entrando lá um dia. Quando chego, bato na porta e Dylan abre, ele estava com o cabelo bagunçado e sem blusa, acho que estava dormindo, que menino LINDO.

Anna: Dylan, eu... - começo a falar mas ele me interrompe.

Dylan: O que você quer Anna? Me xingar? Me humilhar? Falar que sou um lixo e que ninguém me quer? Foi mal, mas eu ja sei disso tudo. - ele fala, dava para notar a raiva na sua voz. - Pode ir agora - ele ia fechar a porta mas eu empurro com a mão.

Anna: Dylan, nada do que eu falei era verdade, eu só te falei aquilo porque estava com medo de Felipe e os meninos te batessem de novo, eu tinha que falar aquelas coisas para que você saísse de perto da gente para não se machucar, por favor me desculpa! - eu falo com lágrimas nos olhos. - Nada do que eu disse era verdade!

Dylan: Ei, não precisa chorar, que isso? Anna Peter chorar? Não estou te reconhecendo.

Anna: Não tô chorando, entrou um bagui no meu olho.

Dylan: Aham, sei. - ele solta uma risada - Mas tudo bem, quer entrar?

Anna: Eu queria te convidar pra ir tomar um sorvete ou coisa assim, só para me desculpar por ontem, você quer?