+ ' . 37 . ' +

55 2 0
                                    

Dylan

Fui na casa de Anna depois do almoço, queria ver ela e a Lexi. Bati na porta e Matt abriu com a minha filha no colo.

Dylan: Eai Matt - abraço ele e pego a Lexi - Oi filha. Cadê sua mãe?

Matt: Dylan, precisamos conversar - ele fala sério e dá espaço para eu entrar. Sentei no sofá e ele fez o mesmo. Ele pegou a Lexi e colocou ela no carrinho.

Dylan: Fala aí cara. Mas cadê a Anna, saiu com a Gabi?

Matt: Dylan - ele coloca a mão na cara e começa a chorar - Eu não consegui proteger as duas, eu juro que tentei cara, me desculpa.

Dylan: Matt, cadê a Anna?

Matt: Uns homens entraram aqui com facas e armas e levaram ela Dylan, me perdoa cara, eu não consegui proteger a minha irmã...

Levantei e comecei a andar de um lado para o outro. Porque tudo corre mal na nossa vida? Caralho!! Tava com tanta raiva, comecei a deitar algumas lágrimas e dei um soco na porta que ficou um pouco amassada.
Vi que Matt tava desesperado e dei um abraço dele.

Matt: Nós vamos encontrá-la, a gente vai encontrar ela e trazer ela de volta para casa.

Dylan: Vamos sim. Obrigado por proteger a minha filha.

Eu vou te encontrar meu amor, me espera.

Matt: Vamos ter que contar para a Gabi e os outros. Vou ligar para o Felipe.

Dylan: Eu aviso o Leo e a Gabi.

Depois de uns telefonemas, eles já tavam vindo para cá. Gabi Foi a primeira a entrar em casa, e os garotos logo de seguida.

Gabi: Cadê a minha irmã porra? EU QUERO A ANNA! MIL VEZES MERDA! - ela grita e chora, eu sei que ela é a que tá sofrendo mais no meio disso tudo. Vou até ela e a abraço.

Dylan: Vamos encontrá-la Gabi, vai ficar tudo bem. Obrigado por virem.

Felipe: Vamos achar a minha irmã, eu vou matar quem pegou ela, vou acabar com esses filhos da puta com as minhas próprias mãos.

Matt: Ela sempre leva o celular no bolso, espero que ela o tenha. Vou tentar ligar para ela.

Dylan: Eu vou chamar a polícia. - digo pegando o celular.

Gabi: NADA DE POLÍCIA, você é doido? Vai ser pior, e esses filhos da puta não vão ajudar em nada.

Leo: Ela tem razão, os únicos que podem ajudar a Anna somos nós.

Anna

Droga, e agora?

2- Não vamos fazer nada com você, relaxa.

1- Somos ruins mas não ao ponto de estrupar uma mulher.

Anna: Ãn? Mas ainda a pouco... deixa pra lá. É.. eu preciso de ir no banheiro.

2- Mija aí, não vou te soltar meu amor.

Anna: Babaca.

1- Vou falar com a patroa, e Alex manda a cozinheira preparar alguma coisa para a garota comer, ela deve tar com fome.

2- Tá, vamos logo.

Eles saíram e me deixaram sozinha. O meu celular começa a vibrar, mas eu não consigo alcançar ele, QUE MERDA! Tento me mexer mas é inútil. Mil vezes merda!

Os dois aparecem de novo com uma bandeja com comida.

1- Tá ai, pode comer.

Anna: Ô babaca, eu tô presa sabia?

2- Pode soltar os braços dela Tom, não tem perigo. - ele fala e o outro capanga que se chama Tom me soltou.

Comecei a comer, aquilo tava horrível mas matava a fome. Depois de comer eles saíram. O único número que eu lembrava era o de Gabi.

Gabi: Alô?

Anna: Gabi sou eu! Me ajuda!!

Gabi: ANNA! ONDE VOCE TÁ, TODO MUNDO TA PREOCUPADO!

Anna: Foi a vadia da Priscila que mandou me pegarem, eu não sei onde eu tou mas aqui é tudo muito sujo e velho.

Gabi: A gente vai rastrear o número e saber o local, tou aqui no banheiro os meninos estão na sala. Ate lá me escuta: faz tudo o que eu te disser: essa retardada nunca teve odio de você por você ser ruim pra ela mas sim por você ser linda, conquistar a atenção de todos e inclusive a do seu pai que sempre se importou mais com você do que com ela. Ela so queria ser como você, então é o seguinte: finge que você ta arrependida, que quer começar de novo.. você sabe bem como fingir.

Anna: Gabi... Cuidem da Alexia. Não deixem faltar nada. Caso isso não resulte..

Gabi: Não fala assim, você quem vai cuidar da sua pequena, você vai voltar e ver ela crescer. - consigo ouvir ela chorar, e choro também.

Anna: Amo vocês. - falo e desligo rápido.

Ouvi passos e era a Priscila que tava entrando no quarto. Ela sentou na cama ao meu lado e me deu um tapa.

Priscila: Eu odeio você.

Anna: Eu também te amo amiga - falo ironicamente, agora vou entrar no joguinho dela.

Priscila: Porque você nunca me deu uma chance?

Anna: É que eu gosto de homens, mas quem sabe um dia a gente marca pra se pegar - pisco para ela, ela tá com uma cara de raiva.

Priscila: Sabe que eu posso te matar agora não é? - ela fala e pega uma arma para mirar na minha cabeça.

Comecei a rir.

Anna: A arma tá travada amor. - eu falo e ela tenta atirar mas não consegue.

Priscila: Vagabunda!! - ela grita.

Anna: Bem burrinha você em - falo, ainda rindo.

Um garotinho pequeno aparece no quarto.

Menino: Mamãe?

Pera, como assim mamãe? Ele é filho da Priscila? Tenho pena do menino.

Priscila: Oi meu amor - ela fala indo até ele. - Ta fazendo o que aqui?

Menino: Quem é você? - ele vem até mim e senta na cama.

Anna: Oi lindinho, sou amiga da sua mãe.

Menino: O meu nome é Jackson, e o seu?

Anna: Eu sou a Anna.

Jackson: Porque você tá amarrada?

Olho para Priscila que balança a cabeça, pedindo para eu não contar.

Anna: É que eu sofro de hiperatividade, eu não consigo ficar quieta.

Jackson: Até mais Anna, mamãe vou brincar.

Priscila: Eu vou com você, vamos. - ele corre e sai do quarto, Priscila vai atrás.

Coitado do menino, ter uma cobra como mãe deve ser ruim. Só espero que os garotos não demorem, quero ver a minha filha.

***

Mundos Opostos Onde histórias criam vida. Descubra agora