Mundos Opostos

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Se alguma coisa acontecer a Gabi Eu não vou me perdoar. Eu me odeio por ter colocado ela nessa situação. Tenho que pedir ajuda a Felipe, ele com certeza vai me ajudar. Não dormi a noite toda pensando, vou ligar para o Fe.

Felipe: Oi Anna, como você tá?

Anna: Felipe... Ele... ela tá com ele... pode ma- tar... - comecei a gaguejar e a soluçar, nao consegui nem falar direito.

Felipe: Anna, se acalma! Eu tô indo aí agora.

Não demorou nem 5 minutos e Felipe já tava aqui. Respire fundo e contei tudo para ele. Claro que ele queria que eu falasse com Dylan, mas eu não queria, mas me obrigou a falar com Matt. Eu iria entrar sozinha, mas Matt e Felipe estariam a vigiar de longe. Se algo acontecesse eles estariam logo ali. Ficamos o dia todo na minha casa, quando deu a hora. Eu tava tremendo, mas fui forte o suficiente para não chorar. Fui no local marcado, apenas tinha lá uma velha cabana. Quando abri a porta para entrar vi Gabriella amarrada em uma cadeira, ela estava desmaiada e tinha muitos ferimentos em seu corpo e em seu rosto. Fui correndo para ela, mas Carlos aparece na minha frente impedindo o meu contacto com ela.

Carlos: Devagar Anna... - ele sorri.

Anna: O que você fez com ela Carlos... eu vou te matar seu filho da puta! - grito, mas aí ele tira uma arma e aponta para a minha cabeça. Me assusto e dou dois passos para trás.

Carlos: Eu não queria que fosse assim mas você não me dá outra escolha... ou você fica quieta ou você e sua amiguinha morrem. Agora senta aí.

Sentei numa cadeira que ficava em frente a Gabriella mas do lado oposto do quarto. Carlos estava fazendo uns telefonemas, mas estava virado de costas para mim. Olhei para a arma que ele tinha deixado em cima da mesa. Num movimento rápido e ágil peguei a arma e apontei para ele.

Anna: MATT, FELIPE! - gritei e eles apareceram. Eles soltaram Gabi e levaram ela para o carro, Felipe voltou logo em seguida.

Carlos: Anna... nós dois sabemos que você não vai atirar... - ele diz levantando as mãos.

Anna: Quer apostar? - perguntei destravando a arma. Vi a sua expressão séria mudando e o sorriso sarcástico que estava em seu rosto desapareceu, nos seus olhos se encontravam o medo.

Felipe: Anna... tem certeza disso? - ele me pergunta do meu lado.

Carlos: Ela não tem certeza de nada, é uma pu...

Antes que ele pudesse acabar de falar dei um tiro em sua perna esquerda, ele caiu no chão gritando de dor.

Anna: Repete. - falo olhando nos olhos dele.

Carlos: OLHA O QUE VOCÊ FEZ SUA LOUCA! CARALHO, CHAMA UMA AMBULÂNCIA!

Dei outro tiro, dessa vez em seu ombro.

Anna: Sempre quis fazer isto Carlos. Sabe, quando a gente começou a namorar eu realmente achei que você era o cara certo para mim, porque você fez isso comigo? Porque fez isso com a gente? Podíamos ter sido um casal feliz, mas não. Você resolveu dar uma de protetor obsessivo não é? Você é doente. - cuspi as palavras como se elas estivessem entaladas na minha garganta à espera de sair.

Carlos: P...por fa..vor.. - ele fala estendendo a mão para mim.

Anna: Quais são as suas últimas palavras?

Ele apenas fecha os olhos. Miro a arma em seu peito e dou um tiro. Por mais incrível que pareça eu não me senti mal depois de ter atirado, eu me senti bem, aliviada e livre. Já não tinha que viver com medo. Finalmente poderia ter uma vida feliz e calma.

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Passou uma semana desde o ocorrido e nessa semana eu fiquei sempre em casa, trancada no meu quarto sem ninguém. Já tinha centenas de ligações e mensagens da Gabi e dos outros, nas não falei com ninguém, nem com Matt. Não comi quase nada. E isso fez com que eu fosse parar no hospital umas três vezes. Tudo isso devido ao acontecido da semana passada. Nunca imaginaria que seria capaz de matar uma pessoa, mesmo sendo o Carlos. Isso faz de mim uma assassina? Não, claro que não. Minha mãe é meu pai estão de viagem então Matt fica comigo nessa minha depre.

Matt: Anna, a Gabriella tá aqui.

Gabi entra com um prato cheio de comida e um suco de maracujá.

Gabi: Tá aqui a sua comida, pode comer. - ela diz colocando o prato no meu colo.

Anna: Não tenho fome...

Gabi: Amiga, ou você come ou eu te obrigo a comer. Você vai engolir essa comida toda antes que eu...

Anna: Tá, eu como. - falei bufando.

Depois de comer aquela montanha de comida eu coloquei um filme de romance, e Matt e Gabi ficaram assistindo comigo, até eu adormecer.

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