Capítulo 14: Fim da Missão

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Dolores encarava Harry com desdém e um sorrisinho satisfatório, como se ela tivesse acabado de colocar uma nova regra em Hogwarts, como ela tinha feito no tempo que trabalhou por lá como professora e diretora. O Auror sentiu uma coceira na mão esquerda, no exato lugar em que ela o tinha feito escrever repetidamente "eu não devo contar mentiras" como punição por dizer ao mundo que Voldemort havia voltado. Obviamente, ele estava correto, mas isso não mudou o fato de que Dolores Umbrigde o punira de maneira horrenda.

– Harry Potter. Já faz muitos anos, não é?

– Saía do caminho, Dolores. Não tenho tempo para perder com você. – O Auror retrucou, bufando.

– Por sua causa eu acabei indo...

– HÁ! – O Auror soltou uma risada sarcástica. – Você foi presa por crimes contra bruxos nascidos trouxas, eu não tive nada a ver com isso. Bem, claro que alguém teve que te perseguir e te dar voz de prisão, mas minha função acabou aí. Você se colocou na cadeia.

– Não aprendeu nada, senhor Potter. – Seu tom mudou de repente, indo da Dolores convencional para uma muito mais sombria e irada, uma que sofrera as consequências dos beijos dos Dementadores. – Não se deve contar mentiras!

Gritando isso, ela lançou de sua varinha uma Maldição de Morte direto em Harry, que teve tempo apenas de sacar a varinha de seu dispositivo no braço esquerdo – já que o direito estava ocupado segurando uma Valkiria desmaiada – e defender-se a si e seus companheiros com um protego. Imediatamente, os gigantes que a acompanhavam vieram para cima deles.

Ted, que estava com a varinha o tempo todo em mãos, lançou feitiços estuporantes enquanto Hermione e Percy faziam o mesmo. Assim que os dois caíram, eles concentraram ataques na mulher de rosa, que se protegeu no último minuto. No entanto, eram quatro contra uma, e ela caiu desmaiada alguns minutos depois.

O Auror não queria deixá-la ali; queria mandá-la para Azkaban no primeiro voo de volta a Inglaterra, mas infelizmente, não tinham como – ainda mais por precisarem passar no templo. Eles jamais perdoariam se descobrissem que uma bruxa das trevas soubesse da existência dele. Passaram por ela e seguiram pelos corredores, estuporando qualquer gigante ou McPherson que aparecesse pelo caminho – estes últimos eram mais numerosos do que era de se esperar de uma família.

Ao atingirem o portão do castelo, notaram uma horda inteira de gigantes vinda à direção deles; eles tinham clavas, espadas, lanças e várias outras armas maximizadas em tamanho. Harry sabia que não tinha como sobrepujá-los a força. Tentaram aparatar, mas não conseguiram; ainda estavam presos dentro do feitiço de proteção de Esben.

Então, o colosso Jötun explodiu do castelo, lançando pedras para todas as direções, algumas passando perto do grupo. Os gigantes que vinham na direção deles olharam imediatamente para cima – algo que Harry não imaginou que veria; gigantes olhando para alguém maior do que eles mesmos. Percebendo a gravidade do problema, eles resolveram ignorar o grupo de bruxos que fugia e preferiam engajar no combate contra o colosso. Outra vez, aproveitaram essa distração para fugir – e o Auror secretamente torcia para que Dolores tivesse sido pisada por Jötun.

Finalmente saindo da cidade, eles conseguiram aparatar de volta ao templo, onde foram recebidos com elogios e por curandeiros, que imediatamente levaram todos os bruxos para uma avaliação, até mesmo os Aurores. Enquanto tinham curandeiros com suas varinhas escaneando-os, Rony entrou na sala. Ao rever o marido, Hermione desvencilhou-se do bruxo e correu para abraçá-lo. Eles trocaram um abraço apertado – ou pelo menos, o mais apertado que podiam sem sentir dor. Hermione foi puxada de volta para a mesa em que estava sendo examinada.

Auror Potter e a Terra dos GigantesOnde histórias criam vida. Descubra agora