Capítulo 25: Tudo Normal

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Rose abriu os olhos sentindo um vazio dentro de si. Estava em seu quarto; olhou em volta e percebeu que estava sozinha. Estranhou, até que sua ficha caiu. Naquele dia aconteceria o jogo de Quadribol mais esperado do ano, Slytherin versos Gryffindor. A partida aconteceria logo pela manhã, após o café; portanto, estava totalmente atrasada. Arrumou-se como um raio; chegou ao salão comunal a tempo de encontrar seus amigos. Sentou ao lado de Scorpius, como de costume; trocaram olhares e sorriram.

Assim que terminou o café da manhã, todos os alunos foram para o campo de Quadribol, em cujo vestiários os times se arrumavam para a partida. Alvo andava de um lado para o outro, muito preocupado com a partida diante de si; claro que competira com seu irmão durante o ano em várias outras partidas. Todavia, aquela era a mais importante, pois desempataria o placar entre os dois.

Foram quatro jogos no total, dos quais, Alvo vencera dois e Tiago, dois também. Aquela era a última partida do ano e, portanto, aquele que ganhasse seria considerado o melhor dos filhos de Harry Potter. No quesito geral, não importava muito, já que a Hufflepuff estava ganhando de lavada a Copa das Casas.

Yanka, que também vestia o uniforme do time, mas o número em suas costas indicava que ela era reserva, aproximou-se de Alvo; o vestiário masculino e o feminino ficavam um do lado do outro, por isso, Yanka o encontrou logo que saiu; ela abraçou-o apertado, do nada. Por um momento, ele ficou confuso, sem entender o que estava acontecendo; sentia até que ela tinha uma notícia horrível para lhe contar, mas quando ela falou para ele ter sorte no jogo, ele sorriu e agradeceu.

O capitão chamou a todos para saírem. Havia um corredor longo que separava os vestiários e o campo. Alvo encontrou Nina neste corredor; ela tinha um sorriso largo, de orelha a orelha. Naquele ano, ele nunca tinha visto ela tão feliz; ele soube, então, que ela tinha boas notícias para ele.

– Eu recebi uma coruja da minha mãe hoje. – Ela falou. – Jefferson está em casa! Ele está bem!

– Isso é ótimo! – Alvo respondeu, tentando sorrir tanto quanto ela, mas não conseguindo; no fundo, ele se importava com Nina e não com Jefferson.

Antes que ele pudesse ter qualquer reação, ela o abraçou e, durante esse momento, beijou-o no rosto. Ela já tinha feito isso antes, mas dessa vez havia uma força maior; uma alegria maior, o que deixou esse gesto muito mais carinhoso e gostoso. Ela desejou boa sorte para ele e correu para as arquibancadas do campo.

Ao chegar no campo, todos estavam preparados, prontos para jogar. Madame Hooch estava com um dos pés sobre a caixa com as bolas do jogo. Assim que viu Alvo, ela apontou direto para o lado do campo em que estava o resto do seu time; ela parecia irritada com a demora dele – não que a conversa com Nina tenha durado mais do que um minuto.

Quando as bolas foram libertas, Alvo automaticamente acompanhou com os olhos o pequeno Pomo de Ouro, que facilmente poderia esconder-se no céu azul. Tiago, obviamente, fazia o mesmo. Quando o apito de Hooch deu início a partida, Alvo decolou sua Firebolt a toda velocidade.

Ele tinha melhorado bastante com o voo; podia-se até dizer que ele estava ficando quase tão bom quanto seu pai, apesar de seu irmão achar que Alvo nunca chegaria aos pés de Harry Potter – nem mesmo ele, Tiago, conseguira; e olha que sua vassoura era mais moderna que aquela velha Firebolt.

Alvo viu o Pomo batendo suas asinhas rapidamente acima da cabeça do professor Crewe, que estava sentado junto com o pessoal da Slytherin. Quando Slughorn fora encontrado morto em seu quarto cerca de três semanas antes, Crewe havia sido escolhido como novo Diretor de Casa da Slytherin. Ao longo daquele período, o professor vinha desenvolvendo uma conexão com os alunos, para que eles não se sentissem desamparados.

Auror Potter e a Terra dos GigantesOnde histórias criam vida. Descubra agora