Capítulo 18: Valkiria

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***Aquele momento que, no último dia de postar os capítulos, você percebe que pulou um deles, por isso, será um dia de capítulo duplo.... Desculpem-me todos os leitores***cap não revisado***


Valkiria não esperava que fosse receber uma missão tão importante quanto aquela – sabia que tinha sido escolhida para a missão de resgate apenas por ser uma McPherson. Ela era a segunda no comando do navio que levava Jötun para a América do Sul. O comando do navio estava nas mãos de Baltasar Slytherin, um dos melhores Aurores Internacionais do mundo. Ela olhava-se no espelho logo após um banho quente; vestiu-se e, quando estava prestes a sair do quarto, a outra Valkiria surgiu.

A outra usava um vestido com margaridas e o cabelo solto e franja; Valkiria estava cansada dessas aparições que haviam se tornado regulares desde que conhecera Ted. Sabia que era por que tinha sentimentos por ele, mas enquanto ela não admitisse para si e para Ted, a outra continuaria aparecendo. Com um sinal irritado de mão, ela fez a outra desaparecer.

No entanto, a outra estava diante de si, com o rosto colado ao seu. Valkiria forçou-se entrar no quarto; não poderia ser vista conversando consigo mesma, ou seria considerada louca – mesmo para os padrões bruxos.

– O que você quer? – Sussurrou, com raiva.

– O que acha? Quero ele. Quero brincar com ele. – Ela tinha um sorriso malicioso nos lábios enquanto falava em seu tom sarcástico. – Faz tanto tempo que não brincamos com ninguém.

– Ele não é seu! – Vociferou o mais baixo que sua voz permitia.

– Nosso. – A outra passou a andar pelo quarto, como se realmente estivesse ali. – Eu o quero; e nós podemos tê-lo. – A outra estava ao lado da cama; pegou o controle remoto de uma televisão que havia no quarto e sentou na cama.

– NÃO! – Valkiria gritou e, quando deu por si, estava sentada na cama, com o controle remoto em mãos.

Por alguns segundos, a outra havia controlado seu corpo e isso não era um bom sinal. Em breve, teria que fazer uma visita ao seu psiquiatra.

Valkiria deixou o quarto e encontrou Baltasar na sala de controle do navio, onde ele recebia informações e relatórios sobre o status do navio e do prisioneiro. Tudo estava correndo bem, exatamente conforme tinham planejado. Seria cerca de duas semanas de viagem da Inglaterra para o Brasil, mesmo eles estando em um dos navios mais rápidos fabricados.

A primeira semana passou calma, enquanto eles navegavam para o sul. Quando estavam passando pela metade do mundo, em uma região tão perto da Linha do Equador, a temperatura subiu para mais de quarenta graus; Valkiria praticamente não deixou seu quarto, que tinha ar-condicionado. Passou muito tempo da viagem lendo, aprendendo sobre feitiços complexos.

Ela estava lendo um desses livros quando uma batida na porta a interrompeu. Baltasar entrou, dizendo que o jantar estava sendo servido. Ao notar o que ela lia, disse:

– Mesmo que você aprenda os feitiços das páginas do livro, não adianta se não os tentar pelo menos uma vez. Vamos jantar e, depois, vamos praticar um pouco.

– Praticar? Não precisa... – Ela foi logo dizendo enquanto eles subiam dois andares para o refeitório, mas ele a interrompeu.

– Se Harry Potter pode ter um pupilo, eu tão posso. Não discuta.

Depois de jantarem, Baltasar levou-a até o penúltimo nível da embarcação, apenas um acima da cela de Jötun; ela não achou muito sensato que eles praticassem magia tão perto de um prisioneiro como ele, já que poderiam destruir sua cela acidentalmente. Baltasar não parecia muito preocupado, seu olhar era de alguém que poderia enfrentar qualquer coisa; e talvez, isso era certo, afinal, ele era um Slytherin.

Auror Potter e a Terra dos GigantesOnde histórias criam vida. Descubra agora