Capítulo 22: Mergulho na Memória

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Toda a Ordem da Fênix, incluindo Alvo, seguiam pelos corredores até a sala de Minerva. Tirando Rose e Rick, que estavam sob a Capa da Invisibilidade, o resto seguia ainda mais cautelosamente, evitando os inspetores usando o Mapa do Maroto – infelizmente, não cabiam todos sob a Capa. Ainda assim, Rose e Rick tiveram de esperar os outros, para que não acionassem a escada mais de uma vez. Uma vez que todos estavam reunidos, ela disse a senha da porta e todos subiram.

Ao contrário do que imaginavam, a sala não estava vazia. O professor Slughorn estava caído no chão, inconsciente. Próximo a ele, flutuava a Penseira; Rose aproximou-se do objeto mágico, enquanto Scorpius foi conferir se o professor estava vivo. Rose percebeu que havia um líquido na Penseira, apesar de pouco; contudo, o que mais chamava a atenção era um caldeirão ao lado do corpo de Slughorn em um suporte.

Dentro, uma poção azul muito clara, quase transparente; parecia realmente que se tratava de uma memória. Pegou um frasco que estava na mão de Slughorn e serviu-se com o resto da poção; dava apenas para uma pessoa; antes que qualquer um pudesse protestar, ela sentou ao lado de Slughorn, segurou em sua mão e bebeu a poção. Se desse sorte, estaria com Slughorn na mesma memória.

Ela sentiu muita dor de cabeça enquanto a realidade em volta dela tornava-se um borrão de cores inteligíveis e que durou um tempo imenso; quase um tempo infinito. Quando os arredores tornaram-se nítido, ela estava em uma floresta fechada; com certeza, era a Floresta Proibida. Slughorn estava logo ao lado dela. Ele praticamente deu um pulo de surpresa.

– Rose? Granger? O que você? Como chegou aqui? – Ele estava tão confuso, que tinha centenas de perguntas para fazer.

– Eu bebi a poção. – Ela falou simplesmente.

– Você bebeu a poção... É claro. E como você está na mesma memória que eu?

– Segurei sua mão. – Ela falou.

Slughorn levantou a mão e olhou para ela, como se tentasse sentir que, no mundo lá fora, alguém segurava sua mão. Apenas então Rose olhou para os outros lados; notou seu padrinho andando devagar para mais fundo na Floresta. Ele tinha um pomo de ouro na mão e sua varinha na outra. Slughorn informou que ele estava seguindo aquele Potter desde o castelo, que naquele dia estava completamente destruído.

Rose sabia que estavam no dia da Batalha de Hogwarts – seu pai e seu tio tinham contado muitas coisas desse dia. A primeira onda de ataque de Voldemort tinha acabado de passar e o bruxo das trevas tinha ordenado que Harry se entregasse, ou todas as pessoas que estavam na escola pagariam o preço. A menina não conseguia imaginar seu tio com dezessete anos, como tinha na época, encarando um bruxo quase centenário e com tamanho poder – qualquer um que dívida sua própria alma em sete Horcrux é tremendamente poderoso.

Os dois acompanharam Harry ainda mais fundo na floresta, até que ele estava cercado por árvores altas, as quais Rose nunca vira antes. Ele colocou o pomo de ouro na boca – o que deixou uma careta em Rose; sabe-se lá por onde passou aquela bolinha – quase como se o beijasse. Levou alguns segundos, mas ela notou a reação; o objeto estava se abrindo e, então, uma pedrinha em forma de losango saiu dali de dentro. Graças a sua inteligência, ela soube que se tratava nada menos do que a Pedra da Ressurreição; ou seja, uma das Relíquias da Morte.

– É disso que você está atrás. – Ela falou, mais para si do que para o professor. – A Pedra.

– Sim. – Slughorn respondeu; algo em sua voz não estava correto; ele parecia triste, como se estivesse arrependido de estar fazendo aquilo.

– Por quê? – Ele olhou para os lados, como se procurasse por alguém.

– Por que eles o têm. – O professor parou de repente, observando o que acontecia diante de si.

Auror Potter e a Terra dos GigantesOnde histórias criam vida. Descubra agora