Capítulo 19: Quadro de Respostas

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Rose, sozinha na Sala Precisa com vários livros tirados da Seção Restrita da biblioteca, gritou de frustração ao, mais uma vez naquelas últimas três semanas, falhar. A resposta para o mistério do ingrediente faltante não estava nem um pouco mais perto de ser resolvido. Ela odiava esse tipo de frustração; odiava a sensação de falhar; odiava perceber que ela, mesmo tendo o intelecto de Hermione Granger, ela era incapaz de descobrir a última peça daquele estúpido quebra-cabeça.

O sol entrando por uma janela indicou que o dia estava nascendo e, portanto, ela tinha de correr para aula. Era a terceira noite seguida que não dormia, apesar de estar longe de alcançar seu recorde de uma semana e dois dias – que foi o tempo que ela ficou na semana anterior, até o pessoal da Ordem obrigá-la a dormir; Rick estava até mesmo com uma poção de sono preparada para caso dela se negar.

Arrastou os pés até a sala de poções, onde teria a aula naquele dia. Sua Miniatura, a quimera Bocó, pulou em seu braço e escalou bem a tempo de acompanhar a dona pela saída da Sala. Bocó fora a única as Miniaturas que sobreviveu aos alunos; depois de um tempo, ninguém pareceu se importar mais com os bichinhos – nem mesmo os de seus amigos tinham conseguido sobreviver durante o inverno longe da escola.

Andou devagar pelo corredor; por alguma razão, se ela não estava com um livro ou um professor diante de si, ela sentia um sono profundo. Não gostava disso; gostava de ficar acordada para estudar mais e mais, aprender tudo que podia. Ela pegou um chocolate do bolso do uniforme e comeu, para ter um pouco mais de energia para conseguir chegar a sala.

Fez uma parada em um dos banheiros para lavar o rosto. Um grupo de meninas presente começaram a rir de Rose, como se ela tivesse contado uma piada muito boa ou algo assim; então percebeu o quanto sua roupa estava desgrenhada, a gravata torta e a túnica um pouco suja. Seus olhos no espelho estavam fundos e roxos, tamanhas eram suas olheiras. Respirou fundo e saiu depois de arrumar o melhor que pôde sua roupa; naquele dia, decidiu que iria dormir. Não perderia mais o sono por algo como aquilo.

Ao chegar à sala, sentou-se ao lado de Scorpius, como de costume. O Malfoy não era do tipo que falava muito; gostava de ficar na dele, sem apontar muito os defeitos das pessoas. No entanto, assim que ela sentou a seu lado, Scorpius comentou:

– Quem te socou? Nos dois olhos? – Ele tinha um sorriso malicioso; por um momento, ela deve ter pensado que Draco Malfoy devia manter aquele sorrisinho o tempo inteiro.

– Cala a boca, Malfoy. – Ela retrucou. – Ou seu vou socar você.

O menino não falou mais nada. Slughorn entrou alguns minutos depois; ele tinha duas olheiras tão grandes quanto às de Rose, se não pior. Ele devia passar todas as noites em claro, sem exceção, tentando desvendar o mesmo mistério que ela.

Enquanto ele começava a falar sobre as poções e os efeitos que os bruxos têm buscado através de séculos de História, mas que até mesmo a feitiçaria tinha seus limites, mesmo que esses limites sejam bem menores do que os dos trouxas.

Eles pegaram caldeirões para executarem exercícios práticos. Trabalhariam em duplas, mas não com quem estavam sentados, e sim com alguém aleatório. O professor, desanimadamente, pegou um saco de pano que estava sob sua mesa e passou a sortear entre as crianças; metade da sala sortearia, a metade que Rose estava sentada. Rose torceu para que tirasse alguém de quem gostasse. Todavia, o papel estranhamente longo indicou, antes mesmo que ela lesse, quem seria sua parceira: Nina Evans Dobrev Lewis Jackson Webb. Rose bufou e, um pouco contrafeita, sentou-se ao lado a garota.

Durante o experimento, as duas mal conversaram sobre qualquer outra coisa que não fosse o projeto em si; contudo, Rose pegou a garota olhando várias vezes para Alvo, que trabalhava com uma menina companheira de casa de Nina.

Auror Potter e a Terra dos GigantesOnde histórias criam vida. Descubra agora