Capítulo 9- Meu psicopata favorito.

298 18 17
                                    

Jhin.

Ok. Ela estava indo pra minha casa, e isso era bem estranho. Nunca levei uma garota pra casa, eu sempre fui mais quieto na minha e então num belo dia eu encontro ela e, cara... Em que confusão eu fui me meter? Tudo bem que eu não tenho nenhum problema com confusões, mas ela realmente por algum motivo parece um belo problema ambulante. E isso nem é tão ruim como parece, pelo menos não pra mim.

Saímos da casa dela e fomos andando devagar até a minha. Acho que o pai dela não gostou muito de mim, mas tudo bem, eu supero. Ela parecia perdida em pensamentos o caminho todo, até que estalei os dedos na frente do seu rosto, fazendo com que ela se assustasse um pouco. Depois ela riu, e eu também. Caramba, o que tá acontecendo comigo?

-É aqui.- eu disse, apontando pra casa. Ela concordou com a cabeça e eu abri a porta.

-Cadê todo mundo?- ela perguntou, olhando em volta.- Sua casa é bonita.

-Valeu. Minha mãe não fica muito tempo em casa...- eu respondi.

-Ah... Ok.- ela disse, parecendo pensar um pouco.

-Eu não conheço meu pai. Por isso ele também não tá aqui.- eu disse.

-Que estranho...

-O que?

-Você sonha com um homem te chamando de filho e não conhece seu pai...

-É, pensando por esse lado é realmente estranho.

Subimos as escadas e entrei no quarto, enquanto ela olhava as imagens na parede do corredor. Eram fotos minhas e da minha mãe, algumas dos meus avós e de lugares onde minha mãe esteve. Ela pareceu notar minha falta e entrou no quarto...

-O que são essas imagens na parede? De onde é isso?- Ela me falou assim que entrou no meu quarto, pra minha adorável vergonha. Como eu iria falar a uma garota que eu estava supostamente afim, que eu passava uma parte do meu tempo livre jogando na internet? Ela iria me achar um idiota, cara. Mas vamos levar em consideração aqueles conselhos que as pessoas sempre dão umas as outras: 'Devem gostar de você pelo que você é...'  e blá blá blá.

Lua.

Ele coçou a cabeça enquanto ligava o computador, Jhin parecia mais envergonhado que o normal dessa vez, e eu o observava com cuidado. Suas covinhas nas bochechas enquanto sorria timidamente eram um charme.

-Já vou te mostrar.- ele cortou no meio dos meus pensamentos.

-Anda logo, responde. Tá com vergonha do quê?- eu falei tentando zuar ele um pouco, mas ele parecia meio tenso com toda aquela situação.- Então, esse segredo todo está guardado nesse seu computador é? 

O computador ligou, e o que eu vi foi uma pasta repleta de artes gráficas parecidas com as que havia

em sua parede, me deixando curiosa e confusa ao mesmo tempo. Ele estava atrás de mim, também olhando pra tela do computador com uma certa apreensão, talvez sobre o que eu iria pensar daquilo.

-Que massa, foi você quem fez isso?- falei apontando pra uma das artes, de uma garota com caudas e orelhas de raposa.- Ei, ela parece que tá vestida com aquelas roupas chinesas, né?- dei um sorriso tímido. Ele ficou me olhando.

-Sim, foi eu sim. Aliás, se quiser, eu posso fazer uma pintura de você nua. Sem compromisso, só pela arte, ta ligado? Ficaria legal.- ele falou ironicamente, com aquele sorriso... Que droga. Acabei mordendo a minha boca inconscientemente enquanto o olhava, e então ele continuou, cortando meus pensamentos perversos novamente que nem eu sabia que tinha até agora.- Brincadeira, não foi eu não, são de um jogo. Quer que eu te mostre?

A Filha de Lúcifer.Onde histórias criam vida. Descubra agora