Capítulo 13- Isso responde?

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-Eu não sou sua querida.-eu disse, irritada.- Olha eu não me importo com nenhuma merda de coisa que esteja acontecendo aqui, muito menos com esse projeto de diabo e seu servo de merda, então é melhor deixarem a gente sair daqui antes que eu seja obrigada a matar os dois com as minhas unhas.
-Nossa, que medo.- disse Lúcifer,com cara de deboche.
Vou até ele devagar, sorrindo. E cravo minhas unhas no pescoço dele. Ele se assusta, e sai da porta, e eu puxo Jhin pra fora. Saímos correndo pra lugar algum, por motivos de 1) eu não fazia a menor ideia de onde estávamos e 2) não tenho muita capacidade física pra correr por muito mais que dois quarteirões.
-Tá, o diabo não é tão assustador como dizem nas histórias. Na verdade ele é bem idiota.- Jhin fala quando paramos em uma esquina, rindo mas ainda com os olhos levemente arregalados. Ele pega minha mão e vê sangue nos meus dedos.- É seu? Tá machucada?
-Não. É dele.-digo. Ele beija minha mão onde não tem sangue e me puxa pra um abraço. 
Ainda não lembro muito bem dele mas sei que ele é tão importante pra mim quanto sou pra ele.

Jhin.

Queria ficar com ela nos meus braços pra sempre. Queria proteger ela. Queria que ela estivesse sempre comigo. Que droga de sentimento era esse? E o que foi que aconteceu naquele quartinho do terror? Sério, eu ainda não sei se era um sonho, se usei umas drogas muito loucas, se eles usaram drogas muito loucas ou se era verdade. Também tem a opção de eu estar louco, mas... Quem liga, né? Pessoas doidas são legais as vezes.
Depois de um longo tempo (pra ela, porque por mim eu ficaria abraçando ela pra sempre) soltei ela e fomos andando com muito cuidado, olhando pra todos os lados como se estivéssemos sendo seguidos. Não falamos nada o caminho inteiro, até chegarmos em um mercadinho.
-Oi, licença. O senhor pode me dizer onde a gente tá?- Lua perguntou para o senhor atrás do balcão.
-Porto Alegre. Porque? Estão perdidos?
Olhei assustado pra Lua, que arregalou os olhos. Puta que pariu.
-OK... Onde fica a rodoviária mais próxima?- ela perguntou. Ele explicou tudo, e fomos pra rodoviária. Surpreendentemente minha carteira e a dela estavam com a gente, junto com nossos celulares que estavam nos nossos bolsos. Compramos as passagens pra Gramado e esperamos o horário, sem falar nada um pro outro.
-Você ainda não lembra de mim?- perguntei, quebrando o silêncio. Ela me olhou e sorriu, sentou mais próximo de mim e me beijou devagar, com carinho. Se afastou devagar e disse num sussurro:
-Isso responde?- e voltou a me beijar.

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⏰ Última atualização: Jun 19, 2017 ⏰

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