07

167 18 5
                                    

  Seguimos o rastro que nos levou até uma montanha, tínhamos que andar rápido, pois estava ameaçando chover e não se sabe como é a chuva aqui, o rastro nos levou até a uma caverna quase no meio da montanha, ela é muito escura, úmida, e silenciosa, nenhum animal, inseto ou plantas dentro dela, mais para dentro dela começamos a ouvir um som de respiração muito ofegante, olhamos ao redor com as lanternas e nada foi avistado, só rochas negras.
 
  Mais para dentro dela, chegamos em um lugar pouco iluminado com algumas plantas, lá avistamos uma movimentação que era limitada e lenta, apontamos as lanternas e vimos alguns sobreviventes da primeira equipe lançada nesse planeta, fomos  depressa até eles, chegamos perto deles e eles estavam ilhados em um pedaço de terra no meio de um pequeno lago, o capitão americano perguntou:

– Quem trouxe vocês para cá ?

– Não foi quem mais sim o quê ! – Respondeu a cientista com a voz falha e baixa.

– O quê ? Como assim ? Explica melhor essa história. – Disse o capitão.

– Nós não sabemos, só que ele é rápido, inteligente, e não matou a todos– Disse outro cientista cientista também com a voz fraca.

– Estão presos aqui á quanto tempo ?– Disse o capitão americano.

– Não fazemos ideia, já olhou onde estamos ?– Disse uma das mulheres ali presentes sendo sarcásticas com uma voz um pouco mais forte.

– Eu diria que foram cerca de uns três dias e umas quatro noites, vocês são o resgate ? Foi até rápido– Disse um biólogo.

– Sim, somos o resgate, e não fomos rápidos, demoramos mais de 10 anos– Disse o capitão.

– Não to acreditando nisso ! O tempo aqui é completamente diferente do que conhecemos– Disse a cientista.

– Por que não saem desse pedaço de terra ? – Eu disse.

– Têm animais que te comem antes de atravessar o lago, e mesmo se conseguisse ele te mataria antes de sair desse inferno escuro– Disse um soldado ilhado.

– Não é muito grande esse lago, vamos procurar algo que possa ser usado para atravessar ele – Disse o capitão.

  Procuramos por todo aquele buraco escuro, e encontramos algumas pequenas árvores, cortamos elas, e fizemos uma ponte improvisada, e eles começaram a atravessar, um por um, tinha alguns inconscientes então os soldados entraram lá para carregar eles. Tinham 15 sobreviventes dos 39 que acreditávamos estarem vivos, demos comida e água para eles, e levamos os até a saída da caverna, chegamos até onde estava aquele corpo despedaçado.

– Foram vocês que fizeram isso ?– Disse o capitão americano.

– Como você acha que podemos fazer isso ? Viemos com poucos, nem se desse motivo para morte faríamos tal atrocidade– Disse uma cientista.

– Então você está dizendo que um animal fez isso ? Que tipo de animal faz isso com sua comida ?– Disse o capitão brasileiro.

– Não sabemos como, ou porque, só que ele matou muitos de nós, alguns ele comeu, outros ele torturou, e nós ele fez assistir a tudo– Disse o soldado.

– Torturou ? Para quer ele quis machucar ? Só por diversão ?– Disse Kleber.

– Ele fazia eles gritarem, gritar muito, e entre os que estavam presos, ele pegava o que mais estava com medo, e comia ele ainda vivo– Disse o biólogo.

– E... E ... E como é essa criatura ?– Disse um soldado americano gaguejando de medo.

– Não deu para ver direito, mais ele fazia um som muito parecido com respiração ofegante, é silencioso, e não é muito grande, quando ele atacou o acampamento deu para ver ele melhor, foi o único momento que deu para ver, ele tem uma cor muito escura, é quase um preto, as pernas dele são maiores que os braços, ele é quadrúpede, é muito rápido, não tem nenhum animal na terra que se pareça com ele, diria que seria um mistura de sapo com alguns mamíferos– Disse o biólogo.

– Ok! Vamos ao acampamento, pegar mais recursos, munições, kits de socorros, ferramentas, e tudo que acharem, depois voltamos para a nave– disse o capitão americano.

  No acampamento pegaram tudo o que puderam, assim que saímos dele e chegamos no campo começou a chover, chuva grossa, pelo menos algo igual a terra, só que ela começou a engrossar demais, e os pingos mais pareciam pedras sendo arremessadas do céu, a floresta não estava muito longe, e é muito arriscado subir o morro para voltar ao acampamento, não podíamos correr, pois estavam sendo carregadas pessoas inconscientes, chegamos a floresta que é fechada e a chuva ainda machucava, a nave não estava muito longe.
  
Depois de 2 horas e meia de caminhada dentro da floresta chegamos na nave, ainda era dia, e a comunicação com a terra já tinha sido efetuada, fizemos novamente anunciando os sobreviventes restantes, agora só o que faltava era recolher recursos para a partida de volta para a terra, só tinha um problema, essa criatura não ia perder 15 presas assim tão fácil assim.

201k O Planeta [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora