XV

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Não sei quanto tempo se passou, só sei que a única coisa da qual me lembro é de levar 3 tiros na barriga do meu capitão depois de me contar o seu "plano para dominar a porra toda", muito comum vermos em filmes a pessoa contando todo o seu plano antes de executar o cara, só tem um porém, não fui executado.

   Depois de ser ferido fui resgatado por aquelas criaturas que me levaram ao iraniano da floresta todo queimado (o que cortei a língua), elas fizeram uma "cirurgia" comigo, as balas atravessaram meu corpo, então só fecharam os ferimentos de entrada e saída. Me lembro de quase nada do processo, só me lembro de flashes, me costuraram com fitas das folhas, sinceramente não entendo como essas criaturas tem tanta inteligência assim nesse planeta.

   Mais uma vez me levaram até algo, só que dessa vez era realmente muito importante, nada de sobreviventes ou coisa do tipo, me levaram á um buraco na terra em meio á floresta, estava sem a minha arma, e ela tem uma lanterna, mas não foi um problema o escuro, até porquê o pouco que pude ver foi o suficiente.

   Dentro do buraco era a casa de algo, tinha muitas marcas nas paredes, como arranhões marcando números, e andando um pouco mais pude me deparar com uma superfície metálica, ela é imensa, andando mais passando minha mão nela percebi que havia uma porta, não perdi tempo e entrei.

  Era á porcaria de uma nave, bem iluminada por dentro, tinha outra coisa de outro planeta aqui nesse mundo, então explorando mais a fundo ela comecei a ver uniformes dos primeiros tripulantes, ossos humanos, e nossa tecnologia, então foi ae que percebi que essa outra coisa era aquela criatura que tanto dá trabalho para nós, havia armas de fogo que provavelmente eram dos primeiros tripulantes. Não conseguia acreditar no que via, enquanto pensávamos que ela era desse planeta, ela sabia que não somos dele, e usava de proveito disso. Não sei até agora o porquê de que não foi embora, só sei que ela mata um por um aqui, e por enquanto isso ela é a  rainha de tudo aqui.

   Minha exploração foi interrompida com um barulho de respiração ofegante muito alto, e o meu único pensamento era pegar uma daquelas armas e me proteger, só que não sei nada dessa nave, se eu correr e pegar ela vou ameaçar, e não conheço ela e nem sua casa. Fico quieto até a minha respiração controlo, ela então desce do teto bem na minha frente, nunca tinha visto ela com tanta nitidez e calma, por um instante pensei que iria falar comigo, mas não, ela ficou só me olhando, me analisando, podia ver em seus olhos que sentia raiva de mim, mas não tinha um ferimento nela, já se curou do alvejamento sofrido por mim e outro soldado. Continuo imóvel, ela começou a me rodear, penso que procurava algo, me rodeou cinco vezes, olhou no fundo dos meus olhos e andou devagar até uma sala, fui logo atrás dela, se ela não me atacou agora por que atacaria depois ?

   A sala tinha muitos equipamentos eletrônicos, cujos quais não sei mexer em nada, ela olhou para mim e tocou com sua garra em um equipamento específico, ele estava danificado e não precisava ser nenhum técnico para saber isso, estava saindo faísca, logo que ela tocou nele apontou para mim, eu disse.

– Quer que eu concerte ?

   Disse atoa. Até porque não fui correspondido, mas logo percebi que ela só procurava esse equipamento para dar o fora daqui, por isso os ataques a nave. Não sabia quanto tempo tinha ficado desacordado, mas eu queria me ver livre dela, então resolvi voltar a nave para ajuda-la a pegar esse equipamento e dar o fora daqui, fui até com ela devagar até a sala onde guardava os itens humanos, peguei umas armas, para minha surpresa ela não se sentiu ameaçada, ela saiu por cima da nave, e como eu não escalo nada, tive que sair da mesma forma que entrei.

   Já do lado de fora tinha aquelas criaturas ainda lá, todas reunidas como se estivessem me esperando, elas me levaram até a aldeia delas, de lá segui sozinho para a nave.

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