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    Chegando perto da nave vejo soldados saindo dela, provavelmente foram enviados atrás de nós, sobraram somente 12 soldados, são poucos mais mesmo assim muitos, e sem contar os tripulantes que podem estar querendo me matar também, saíram 6 soldados andando aos pares á minha procura, então fui nos mais isolados, até porque não posso entrar lá sem alguma arma, estava escurecendo e eles estavam com lanternas ligadas, cheguei com uma pedra atrás deles, golpeio o de trás com a pedra, tiro a faca que está na sua bota e arremesso ela no outro, os dois caem em uma silenciosa morte, pego 1 fuzil dois pentes de munição e uma pistola, com a faca corto uma pequena arvore e em seu tronco faço um buraco do tamanho do cano, tamanho suficiente para passar uma munição, improviso um silenciador por assim dizer, fiz ele somente para a pistola, o fuzil deixei como arma secundaria. 

   Entro desta vez á noite, é até melhor assim porque do lado de fora é cheio de câmeras, evitei todas do lado de fora, dentro da nave é sempre iluminado, e já tem uma câmera apontando para a entrada, para driblar ela peguei terra e com um pouco de seiva de arvores faço um bolo grudento de terra, jogo ele na câmera e entro correndo.

  O primeiro comodo é o de trajes e capacetes, coloco só a cabeça para a fora e vejo dois soldados conversando, não dava para escutar o que falavam pois estavam um pouco distantes, tive que esperar até que eles se separassem, passou se alguns minutos e nada, não podia esperar muito porque corro o risco dos soldados retornarem, então atirei com a pistola na cabeça de um deles, o outro assim que viu o amigo sendo baleado se escondeu e ficou com o dedo no gatilho, aproveito a oportunidade e saio dali correndo, ele vê eu correndo e começa a atirar, os tiros chamam á atenção de todos na nave, haviam fora esse soldado outros 4 lá dentro, foi uma ideia estúpida matar ele mas agora era tarde, o capitão fala para todos na nave pelos auto-falantes:

– Atenção á todos na nave, quem encontrar Douglas á ordem é para matar, quem for pego ajudando ele será punido com a morte.  

  Ouvindo aquilo só podia pensar que estava na merda, a nave inteira sendo pressionada a me matar, não demora muito para ver a cabine de comando, vou para ela rapidamente, para a minha sorte a porta estava aberta, entro nela e lá estava a peça no mesmo lugar onde deixei, pego ela e me viro me deparando com 1 imenso ser, era uma pessoa porém muito grande, ainda não tinha reparado ele na nave, ele coloca a mão no meu ombro e diz:

– Não se preocupe, vou te ajudar a sair daqui.

   Olho para ele balanço a cabeça e lhe dou á peça.

– Vai na frente que te protejo– Eu disse para ele.

   Dei á ele a pistola, ele foi na frente e eu atrás segurando o fuzil com o dedo no gatilho, até que o capitão fala de novo:

– Achou que ia ser tão fácil assim ? Pobre coitado.

   Ouço sons parecidos com concretos batendo no chão, só que na nave não tem concreto, olho para trás e vejo paredes descendo, ele estava isolando corredores e queria me prender ali, vendo aquilo começamos á correr elas desciam muito rápido e uma delas parou na nossa frente nos deixando presos no corredor de acesso á cozinha da nave, faltava muito para sairmos dessa porcaria.

   Procuramos com cautela se tinha alguma saída que não foi fechada, olhamos por todos os cômodos e nada, á única esperança era a cozinha, paramos na porta e como estava com o fuzil entrei primeiro e ele logo em seguida, nela comecei á ouvir barulho de passos, falei para ele se esconder dentro de um dos armários, eu fiquei escorado em um também. Eram dois soldados ambos com fuzis, já entraram mirando e nos procurando, assim que eles passaram sobre o armário que estava escorado dei uma coronhada com o meu fuzil na cabeça do da direita e atirei no joelho do outro, ele caiu ajoelhado e quando foi mirar em mim eu lhe dou uma coronhada.

   Retiro o cara que ainda não sei o nome de dentro do armário e pergunto seu nome – Meu nome é Jonathan– disse ele.

– Por que me ajuda Jonathan ?

– Eu fui resgatado por você naquela caverna, e acho muito errado eles quererem te matar, só porque salvou minha vida lá eu te ajudo com a sua cá.

– "Tá, haviam muitas pessoas naquela caverna, e só ajudei os soldados, mas isso não vem ao acaso, se ele quer me ajudar que ajude, toda a ajuda será muito bem vinda"– Eu pensei.

   Saímos dali com as armas e roupas dos soldados apagados, tínhamos que nos camuflar diante as câmeras, fora esses dois haviam ainda três na nave, bom... Os que sabemos são esses, logo na saída nos deparamos com mais esses três, eles nos viram com as roupas e por um instante pensaram que estávamos do seu lado, até que o Soldado no qual troquei tiros mais cedo me reconheceu, ele mirou e atirou, errando o primeiro tiro, mas o segundo me atingiu no braço, virei reagindo, o meu primeiro tiro acertei bem na barriga dele, os outros dois soldados reagiram e o Jonathan atirou na cabeça de um deles e em seguida foi atingido no pescoço pelo soldado em que eu estava trocando tiro, levo ele para um beco de uma parede que é a entrada de um cômodo e pego a peça. Restaram só dois deles que também ficaram escondidos, na hora que comecei a ir até eles Jonathan me pega pela gola da farda que roubei do soldado e diz:

– Mata esses filhos da puta por mim– Ele disse com a boca cheia de sangue e á beira da morte.

– Estava aqui porque quiz, não pedi sua ajuda, vou matar eles por necessidade.

   Ele olha no fundo dos meus olhos e me solta, encosta na parede e fecha os olhos, não me arrependo do que diz, tive que ser sincero com alguém quase morto, peguei sua pistola e a coloquei na cintura, saí do esconderijo mirando com o fuzil para onde eu achava que estavam escondidos que é dentro da cozinha, encosto na porta e fico pelos vidros quebrados no chão, não vi movimentação então entrei de novo lá, não achei eles, e nem os soldados desmaiados, saio devagar e de costas mirando para dentro da cozinha.

   Desta vez sozinho me deparei com uma das paredes que desceram bloqueando a passagem, quando ouço um disparo, a bala acertou minha orelha voando sangue em toda a parede, eu caio de susto, eles chegaram perto e me olharam, colocaram o fuzil na minha cabeça e quando foram puxar o gatilho fui mais rápido, mesmo deitado de barriga no chão estava com a pistola em mãos, e atirei entre as minhas pernas acertando os testículos do soldado que estava com a arma na minha cabeça, viro antes dele cair no chão e atiro no pescoço do outro, ambos caiem no chão, eles estavam com os outros dois soldados, mais eles estavam sem armas, levanto mirando neles e digo:

– Deixei vocês viverem, agora sejam espertos e saiam daqui– Disse mirando a pistola para eles, fui até o que tinha levado um tiro no saco e dei outro na sua cabeça, olho para o que foi baleado no pescoço e o deixo ali morrendo, revisto o corpo deles e pego os seus pentes de munição, cada um tinha 2 pentes de fuzil, duas granadas de fragmentação e três de luz.

   Até que enfim consegui achar a saída desse lugar, essas paredes me deixaram em um labirinto, e dificultaram as câmeras de me pegarem, vou direto para o lugar onde achei a nave da criatura e entro dentro dela, lá dentro eu já coloco a peça no seu devido lugar, já saindo de lá me encontro com ela, ela me olha e vai andando até onde deixei a peça como se nada tivesse acontecido, volto para a aldeia onde Aline estava, estou todo ensangüentado com meu e sangue de outros, abraço ela olho no fundo dos seus olhos e digo:

– Não prometi que ia votar ?

– É, e cumpriu. E todo esse sangue ? E esse buraco na sua orelha ?– Disse ela me olhando nos olhos.

– Não se preocupe, aqui estou, bem e do seu lado, e nada ou ninguém vai me tirar de perto de ti.

– Rum, eu espero.

   Ela então me beija e subimos em uma árvore que foi onde passamos a noite.

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