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   Acordo como sempre antes de quase todo mundo, olho para o lado e não vejo Aline, levanto e com muita dor começo a andar até o laboratório, depois de me arrastar pelas paredes vejo que não tem ninguém lá. Então começo á procurar ela pela nave, minha costela lateja muito e meu peito arde como que se tivesse jogando limão com álcool dentro dele, não encontrei ela em lugar nenhum, até que vejo uma luz acessa vinda da dispensa, achei estranho mas fui verificar mesmo assim, chego lá e só tinha os soldados iranianos.

– Alguém aqui viu Aline ?– Eu disse.

– Aline ? Não vimos ela– Disse o soldado iraniano.

– O que fazem aqui ?– Eu disse.

– Estávamos com fome, viemos comer algo.

– Mas tem comida na cozinha, não precisava vir na dispensa.

– Eu sei, mas o que queríamos comer não tinha na cozinha.

– Ok então, se ver Aline fala que estou procurando ela.

  Não acreditando muito neles fiquei parado perto da porta esperando dar um tempo para acreditarem que saí, entro de uma vez na dispensa e eles estavam mexendo no freezer. Chego bem devagar pelas costas deles e olho para o freezer, e lá estava Aline inconsciente quase congelada. Quando vi tal atrocidade entrei em choque, não sabia o que fazer até porque não podia nem se quer tentar brigar com eles, me viram paralisado atrás deles e logo me acertaram na cabeça com algo que não deu para ver, caio apagado no chão.

  Acordo algum tempo depois com muito frio e sem minhas roupas, estava no frigorífico da nave, tá, não é bem um frigorífico era onde deixavam algumas pesquisas congeladas, mas parecia muito com um, não havia meios de me esquentar. Estava tão frio que não sentia mais meus membros, tinha que sair logo dali se não á hipotermia vai me matar, para minha sorte não tinha vidros á prova de balas ou resistentes, mas eram plásticos, plásticos nas janelas, vitrines, e na porta, mas para meu azar não era qualquer plástico, eram plásticos PEAD que têm grande resistência á baixas temperaturas e são quase inquebráveis mas tem como rasgar ele, comecei á procurar algo para rasgar o transparente plástico, ainda bem que há um machado para emergências do lado de uma das vitrines, peguei o machado e comecei a golpear no plástico, estou fraco, com frio, e todo costurado, mas isso não me impediu, dei um, dois, cinco, vinte golpes, até conseguir rasgar o plástico, essa merda de sala só abre do lado de fora, quando consegui atravessar o machado não perdi tempo, comecei a rasgar de lado com o machado, até conseguir fazer um corte do tamanho suficiente para que eu passasse, quando passei caí em um corredor, estava perdido e encolhido, tudo o que queria era me esquentar só que se ficar encolhido não iria curar a hipotermia então comecei á andar procurando algum lugar para me esquentar, estava quase desmaiando, o que me movia era a vontade de ver Aline, andei cerca de 20 metros até que encontrei um cientista que estava indo para a mesma sala onde estava.

– Mais o que aconteceu com você ?– Disse o cientista assustado. 

– M... M... ME... ME... ME A... ME AJUDA– Eu digo tremendo de frio. 

– Nossa ! Você esta com hipotermia, vamos, vou te esquentar– Disse ele me pegando em seus braços.

  Ele me levou o mais rápido possível para o centro médico. Chegando lá ele me deu algumas peças de roupas, e antes de vesti-las eu disse. 

– S... SA... SALVE... SALVE ALINE – Eu disse tremendo de frio. 

– Salvar Aline ? Onde ela está ? O que está acontecendo ?–Disse o cientista confuso. 

– FRE... FRE... FREEZER. 

– Veste a roupa e depois me fala. Desse jeito não vou conseguir te ajudar ou á ela.

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