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  Pego os poucos pentes de munição que aqueles soldados destroçados tinham, não tenho mais amigos aqui, o meu único levou um tiro na cabeça, a mulher que amo foi alvejada, e um dos poucos que conversei matei com um galho, agora é eu contra o resto, não posso confiar em ninguém daquela nave, sendo soldado ou não, só tem um em que posso depositar minha confiança, meu fuzil, enquanto ele tiver munições não me deixará na faca.

  Passei o resto da noite ao lado do túmulo de Aline, Assim que amanheceu peguei meu fuzil e a pistola que dei para ela e segui viagem para a nave, era um pouco distante, cerca de umas 5 horas de caminhada, passando por floresta fechada e campos, correndo esse tempo se corta pela metade, mais já que eu não como nada já faz umas 28 horas correr duas horas e meia seria quase impossível para mim, preciso de comida, qualquer animal serve, o primeiro que me aparecer lhe meto a faca e mando para a barriga.

  Depois de 50 minutos caminhando minha barriga roncava tão alto que ficava difícil pensar, achei um animal pequeno comendo grama, ele parece miito com um coelho, só que com orelhas menores e dentes e pernas maiores, agacho e vou seguindo até ele, pego minha faca e arremesso ela o acertando na cabeça, vou até ele, retiro minha faca que ficou atravessada, improviso uma fogueira, abro ele, tiro seus órgãos e queimo seu pelo, corto sua coxa e a asso, estava com tanta fome, que aquele pedaço de carne sem tempero ou devido cuidado, parecia com a comida de um restaurante que costuma comer quando criança, que tinha a melhor comida que já comi em toda a minha vida.

  Assim que me encho limpo seus restos e enterro o bicho, sigo viagem por essa longa caminhada, com 4 horas andando ouço disparos, me escondo atrás de uma árvore, foi muito perto os tiros, ouço risadas e vozes, olho meio que de lado e vejo duas pessoas com um animal bem grande sendo arrastado, essa era a janta deles, sigo eles até chegaram no rio, eles param e ficam conversando, era um homem e uma mulher, eles pararam de conversar, se olharam, e começaram a se beijar, depois foi esquentando o clima, ele tirou a roupa dela e ficou nu também, ele então à deitou e eu aproveitei para chegar por trás dele e cortei seu pescoço jogando sangue em todo aquele lindo corpo nu dela, ela que é branca ficou toda vermelha, correu e pegou sua arma, mirou e quando foi atirar eu arremesso minha faca acertando-a bem no meio do seu peito, ela cai no chão, olho para ela com um olhar de rejeição, agacho do lado dela, e ela cospe sangue na minha cara, limpo o sangue, retiro minha faca do seu peito, como uma forma caridosa eu corto seu pescoço dando a ela uma morte mais rápida.

   Eles antes de pararem estavam indo para a nave, não fiz diferente, faltava muito pouco para chegar lá só mais alguns minutos. Avisto ela, não tem como não ver algo tão imenso, na sua porta haviam mais duas pessoas, dessa vez eram homens, falavam sério, um deles provavelmente era soldado, pois enquanto conversavam ele desmontava e montava a arma com uma grande velocidade, para chamar a atenção deles arremesso uma pedra bem perto dos seus pés, um deles fala:

– O que ? Merda! Ele tá aqui, pegue sua arma agora – Disse o soldado.

– Que nada, deve ser mais alguém fazendo graça com a nossa cara, lembra da última vez ?– Disse o cientista.

– É... Mais daquela vez foram tiros, e dava para ver todos, agora é uma pedra e não tô vendo ninguém. Pegue logo sua arma.

– Ok.

   Assim que o cientista pegou sua arma foram ambos para a direção que achavam ter sido arremessada a pedra, eu já tinha saído de lá, estava atrás de uma árvore, porém do lado de onde joguei a pedra, eles foram lá e o cientista disse:

– Viu, não tem nada aqui.

– É... Estava certo.

    Jogo outra pedra, dessa foi em uma árvore, o barulho foi bem alto. Eles estavam quase encostados na árvore onde estava "escondido". Disse o cientista.

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