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   Todas as vez em que saímos á procura de sobreviventes a nave ficava com poucos soldados para a defesa dos tripulantes, sempre ficavam 4 soldados, e todos os dias os tripulantes recolhiam plantas, água, seres vivos e estudavam o ar e espécies, os cientistas e biólogos chegaram a mesma conclusão da primeira equipe enviada, de que o ar não é maléfico para nós, obtiveram respostas sobre a água, ela pode ser consumida pelo ser humano, algumas plantas e animais são comestíveis, e muitos deles são ricos em proteínas e outras ricas em vitamina c, elas têm tanta vitamina que se comer mais de uma folha dessas plantas pode ter um efeito crítico no organismo.

  Tantas pesquisas sempre focadas mais nas plantas, pois se acredita que várias delas podem e vão curar muitas doenças terminais. E os animais foram intensamente investigados os seus hábitos, forma de alimentação, defesa e claro se são comestíveis. Muitas autópsias foram feitas, e cerca de 90% dos dissecados pequenos porte ou "insetos" apresentavam órgãos iguais aos insetos louva-deus, besouros, e formigas, alguns desses pequenos também pareciam com aracnídeos como as aranhas, outros com peçonhentos como as cobras. E os animais dissecados de médio porte pareciam muito com mamíferos, aves, e até alguns peixes.

  Depois do ataque sofrido nessa noite teve muitos corpos para ser estudados de diferentes formas, e enquanto eles estudavam os corpos, tivemos que soltar á todos os que estavam em observação, muletas foram feitas para os que quebraram ou faturaram a perna, toda a ajuda necessária foi feita, tivemos também que limpar toda a sujeira de sangue humano da nave e fizemos o primeiro enterro nesse planeta, o dos dois soldados mortos um em uma explosão e outro estraçalhado, um era europeu e o outro brasileiro.

  Alguns soldados queriam atacar, ir até aquela caverna escura e úmida e matar essa criatura, outros queriam também sua morte só que aguardando da nave, então passamos o dia inteiro perto da nave, vigiando o local, eu fiquei do lado de fora da nave observando a natureza daqui, que é muito bela por sinal.

  Depois de 2 horas em pé andando ao redor dessa enorme nave, sentei um pouco em uma pedra e comecei a desmontar e montar minha arma, fiquei fazendo isso como passatempo, fiz uma, duas, três e várias outras vezes, a apareceu um pequeno animal, não consegui encontrar nada em mente parecido com ele, digamos que ele tinha um par de pernas e outro de braços, ele veio de quatro até minha direção, minha arma estava desmontada, mais a faca estava no coldre na cintura, quando ele chegou perto não queria me atacar mas sim me conhecer, estiquei o dedo indicador até ele na tentativa de encostar nele, então ele levantou e ficou em pé e ereto como um humanoide, sua boca é alongada com dentes finos e olhos todos verdes era muito estranha, ele pegou meu dedo, e começou a me puxar.

  Levantei e fui ver onde ele queria me levar, não sei o porque ele foi até mim, ou o porque quer eu tô seguindo ele, simplesmente só levantei e fui.

  Ele me levou até uma aldeia, uma pequena aldeia, parecia até de brinquedo com todas as casas feitas de barro e folhagens, essa criatura era até o momento o ser mais racional que eu vi nesse planeta, a aldeia estava vazia, então ele apontou para a maior das casinhas, e entrou nela, como eu tenho 1,80cm e a casinha deve ter seus 1,20 de altura por 2,00 de largura não dava para entrar lá, deitei no chão e comecei a olhar pela porta.

  Tinha muitas criaturas dessa, de cores e tamanhos diferentes, todos num canto dessa mini casa, pareciam estar com medo de mim, eu disse na esperança deles responderem:

– Não sou perigoso, não vou machucar vocês.

  Como era de se esperar não ouvi uma palavra, então a primeira criatura saiu lá de dentro e começou a apontar para as árvores, olhei para cima e só via flores e folhas entre os galhos, olhei para baixo e ele continuou apontando para cima, entendi que era para pegar algo, só não sabia se eram folhas, flores ou galhos.

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