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    Como sempre acordo e ainda está de noite, mas dessa vez estava fora da nave, com um ferimento ainda com o projétil de uma munição dentro do meu braço e vários furos no outro, estava em cima de uma árvore de tamanho pequeno mais com galhos grossos, dormi e acordei abraçado com Aline, ver ela ali do meu lado realmente me animava e confortava,  não queria acordar ela, estava em um sono tão gostoso que estava até babando.

  Toda a floresta estava em silêncio só dava para ouvir o balançar das folhas, aquelas três luas deixavam a noite bem mais bonita e as luzes que a floresta emitia também, pera ai... Luzes que ela emitia ? Quatro feixes de luzes se aproximam em nossa direção, fico imóvel e acordo Aline com a mão em sua boca, ela me olha assustada e eu coloco o dedo na minha boca e falo – Shiii, quietinha– aponto para baixo na direção das luzes, foram se aproximando e dando para ouvir o barulho dos coturnos pisando em folhas secas, ("CRAK CRAK CRAK") até que deu para ver, eram 4 soldados que estavam patrulhando, eles acharam a aldeia daquelas criaturinhas que fica bem embaixo da árvore onde estávamos, e começaram a conversar:

– Tem mesmo uma aldeia aqui, é pequena mais não deixa de ser uma– Disse um soldado americano.

– O filho da mãe não estava drogado– Disse Carlos.

– Ele era gente boa até conhecer a bala que vai sair do meu cano– Disse o americano.

– Como assim ?– Disse Carlos confuso.

– Tu é lerdo mesmo em! O cano da minha arma é piedoso, ele lança a morte tão rápido que as vezes a pessoa nem reage ou sente dor. Entendeu seu burro ?

– Entendi, mas então, era pra ele tá aqui, é que tipo, ele não deve estar muito longe porquê a aldeia tá aqui.

– É... Então vamos procurar.

   E saíram, tiro a mão da boca de Aline e ela fala sussurrando:

– Temos que sair daqui antes de amanhecer.

– Temos... Já usou uma arma ?– Eu disse.

– Sim, meu pai era policial civil e tinha uma .40, ele me ensinou a me defender e atirar.

– E era boa com ela ?

– As vezes eu acertava o alvo.

– Ok, já é o suficiente, vou te dar a pistola porque já está familiarizada com ela.

– Tá bom, só vamos rápido.

  Descemos da árvore e procuramos pelas lanternas, elas estavam distantes o suficiente para termos uma fuga bem sucedida, Aline deu um pique de corrida e na mesma hora puxei ela pelo braço sussurrando:

– Está louca ? Correr faz barulho, e barulho chama a atenção. Vamos com calma e pisando devagar para evitar galhos.

   Ela balança a cabeça fazendo sinal de positivo, e vamos devagar pisando com calma no sentido contrário dos soldados, quando as lanternas sumiram senti que tinha algo estava nos observando, paro e seguro Aline, ela diz:

– Que foi ?

– Shiii, tem algo nos observando.

– Tá doido é ? Não tem ninguém aqui.

– É... Eu sei. E é isso que me incomoda.

   Saiu dentre as árvores uma criatura do tamanho de uma moto 300 cilindradas, parou na nossa frente e rugiu bem alto, seu rugido parece muito com o de um leão, o meu fuzil tem uma alça que fica presa ao meu corpo então ele fica pendurado, com uma mão eu segurei firme na mão de Aline e a outra usei para mirar com o fuzil. O clima já não estava muito agradável e esse rugido foi um chamado para que mais duas dessas criaturas viessem, elas ficaram do lado dele.

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