Destiny (part 2)

um...

Era o fim, eu já sabia, quando vê o sangue jorando por todo o tubo que ficava preso em josh, Michelle estava em prantos, os médicos ainda estavam lá dentro.

Eu não estava bem, não sentia o chão, tudo que sentia era o vazio, o único que restou foi esse imenso vazio.

Minha mãe levou meu filho pra casa, eu não tinha para onde ir, não adiantava correr, muito menos fugir, diria adeus a ele, com o coração partido...

Deixei aquele clamor que estava a sala de espera e procurei a capelinha de oração do hospital, estava vazia, ao que parecia as pessoas já haviam perdido a fé assim como eu.

Me sentei no banco de madeira e encarei a grande estátua de mamore de Jesus. Nunca fui muito religiosa, apesar de ter sido batizada e feito todo processo.

Nesse momento eu só queria uma saída, uma maneira de ajeitar tudo. Não queria aceitar essa perda. Não podia aceitar assim..

_não o tire de mim, ele é minha vida, sem ele eu fico sem rumo, sem direção...josh merece mais uma chance, ele não pode ir assim, não pode...

Pedi cruzando as mãos, fechei os olhos e as lembranças dos momentos bons vieram, comecei a pedi a desejar que aquilo fosse um pesadelo. Daqueles do qual eu queria com urgência acordar.

Fiquei pedindo e implorando em meio as lágrimas para que deus não levasse josh de mim, ele precisava de uma nova chance, nos dois precisávamos recomeçar.

Nem notei que em meio a pedidos e ao cansaço o sono me tomou, acabei dormindo e sonhando com o paraiso, um jardim florido que balançava por causa do vento fresco e suave.

....

Senti mu ombro ser sacudido e acordei atordoada, o sonho estava tão bom, limpei um pouco de baba que saiu de minha boca e esfreguei os olhos num bocejo longo.

Estava mesmo cansada, mais não tinha tempo para dormir. Connor estava na minha frente, o rosto estava vermelho, ele era igual ao irmão que com um sentimento preso mostrava a vermelhidão no rosto.

Ficamos naquele silêncio esperando um de nos dois dizer algo, mais eu tinha medo de ouvir da boca dele que josh havia partido, não iria suportar isso.

Ele olhou pra mim e de seus lábios brotou o sorriso, aquele sorriso enorme de felicidade de quando se ganha uma coisa muito legal.

_é um milagre...

Disse ele voltando a chorar junto com a risada meio louca.

_o que?

_josh é mesmo um puta sortudo..

Não estava entendendo nada do que ele estava dizendo, só que ele  Estava chingando o irmão.

_connor...

_ele esta vivo Jennifer, e esta bem, é mesmo um milagre...

Ele riu novamente olhando para o teto da capela, meu coração saltou assim como o alívio se tornou uma parte do meu ser novamente. Me levantei e corri de volta para a sala de espera, ainda podia ouvir a risada sacana de connor.

Assim que abre a porta michelle estava abraçada ao marido e o médico que estava perto deles sorria, feliz com a boa notícia.

_é verdade?

Perguntei ainda não acreditando, isso não podia ser possível, mais não custava nada acreditar.

_conseguimos parar a hemorragia e por um milagre o medicamento ta começando a fazer efeito.

Cruzei as mãos e sorri de olhos fechados, só tinha a agradecer, ele estava vivo, voltou pra mim.

_posso vê-lo por favor?

Pedi e o médico assentiu me indicando novamente ao quarto. Assim que entrei encontrei meu marido dormindo, dessa vez sem tubo de respiração e sem aqueles montes de aparelhos e fios ligados a seu corpo.

Apenas usava uma máscara com dois tubinhos em seu nariz, e um fio que monitorava seus batimentos cardiacos,que agora estavam regular.

Me sentei na poltrona e segurei a mão de meu marido, sua mão estava voltando a ficar quente, assim como o restante de seu corpo. Isso era um sinal bom.

Mal podia conter minha alegria, ver ele se recuperando, era uma felicidade sem limites para mim. Ele apertou minha mão junto com a sua entrelaçando nossos dedos.

Olhei para o rosto de josh, e ele estava com os olhos abertos, respirava devagar e mantinha a boca num sorriso sereno e calmo.

_oi dorminhoco, pensei que nunca mais iria acordar.

Disse mexendo em seus cabelos, um pouco de fio ficou em meus dedos, mais ignorei, era mais um sinal que o remédio estava agindo bem.

_não vai se livrar de mim...

Disse ele com um pouco de esforço. Afastei um pouco a máscara e beijei seus lábios. Foi como voltar a respirar depois de muito tempo de baixo d'água.

_ não me assusta mais, não quero passar por tudo isso de novo.

_prometo...será a ultima...vez...

Ele mexeu com minha mão e me fez rir fazendo uma gracinha, sua famosa forma de me galantiar.

_você me perdoor?

Perguntou ele com um olhar desconfiado, tinhamos coisas a acertar, mais não era esse o momento, eu só queria olhar pra ele e me perder novamente naquelas íris escuras, e naqueles lábios cálidos.

_temos bastante tempo para fazer as pazes. Você tem que ficar bem, tem uma pessoinha que precisa de você.

Ele assentiu e fechou os olhos, puxou o ar com força  e descansou ficando normal de novo. O médico veio vê-lo e disse que tudo estava ocorrendo bem.

Tirei um peso enorme de minhas costas, voltei a ter esperança de novo, esperança de algo novo.

Voltei pra casa, eu precisava descansar e comer alguma coisa, michelle ficaria com josh.

Connor parou o carro na frente da casa de meus pais e pude respirar aliviada novamente.

_agora que ele esta se recuperando, acha que é uma boa contar o que esta acontecendo na empresa?

_o que esta acontecendo? Pensei que já haviam resolvido, josh esta se recuperando e quando ele melhorar vai voltar e animar aquela bagaça de novo.

Connor desligou o carro e me olhou seriamente, coisas ruins estavam por vim, eu que me enganei pensando que tudo estava bem...