Carta

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"Sou uma pessoa boa, mas um escritor de merda. Então, não ria de algumas coisas que iriei citar nesta carta.

Primeiramente queria te explicar porque resolvi perder meu tempo escrevendo. Bom estou cursando Jornalismo tenho que me preparar em relação a escrever, mas o principal, precisava arranjar uma maneira que pudesse lhe dizer tudo, absolutamente tudo que passa pela minha cabeça e pelo meu coração.

Te explicar coisas que provavelmente te fez criar dúvidas, dúvidas até sobre a minha personalidade. Mas vamos lá. Conheci você em um momento complicado. Complicado para a minha família, complicado para mim. Mas aconteceu o que eu realmente me negava a acreditar. Aconteceu que você me trouxe paz. Garota, você me mudou. Antes de simplesmente olhar para você eu estava confuso, indeciso comigo mesmo.

Mas desde a vez que te vi, eu senti que algo mudou. Eu ficava horas me perguntando o que havia acontecido. Me perguntando o que via em você pra simplesmente não parar de pensar em seu rosto, seus olhos, sua boca. Então, notei que precisava te conhecer. Usei de uma tática antiga "Ser engraçado" e funcionou. Eu agora me via seu amigo.

Pude conhecer um pouco mais da Nina, quem ela era e o quanto estranha ela era. Não me leve a mal, estranheza é uma coisa que poucos tem, e ao contrário do que pensam o estranho é mais marcante é mais intenso do que o mero normal que você esbarra todos os dias. Enfim, vivemos momentos conturbados. Realmente conturbados. Em muitos deles eu queria sumir, queria me distanciar, mas tinha alguma coisa que me puxava de volta.

Eu não sabia o que era, tinha certeza que era algo com você, algo como o seu sorriso. Alex, o grande bêbado Alex. Ele me causou raiva, muita raiva. O porque? Bom porque ele te tinha. Ele tinha você pra ele, ele te tocava e eu apenas te admirava de longe. Discutia com ele apenas para aliviar minha especie de "inveja". Deixava isso de lado, pois percebi que isso te fazia muito mal. Nosso beijo? Nosso conturbado beijo? Te garanto que lembrei dele todos os dias, antes de dormir, quando estava dirigindo. Todo o momento me lembrava de você totalmente bêbada me agarrando e da vez que eu simplesmente não aguentei e te agarrei. Depois disso veio a nossa pior fase. A fase de brigas, a fase de sumiço. Essa fase foi complicada.

Em momentos me via sozinho, me via atordoado, me via sem rumo. Então, notei o quando eu precisava de você, era orgulhoso demais para te dizer que precisava de você. Em uma dessas fases tentei me entregar a um novo amor. Não posso classificar o que tive como amor, não sentíamos nada um pelo outro. Não conseguia sentir nada. Quando terminamos me senti libertado, pela primeira vez me senti livre. Como de costume faltava algo, faltava você.

Depois disso te ver se tornou uma coisa rara, isso machucou demais. Quando precisava olhar para você, você não aparecia. Então, ocupei todo o meu tempo pensando em uma maneira de dizer tudo isso pra você. Em uma maneira, talvez, antiga, ainda assim uma maneira nobre. Escrever uma carta.

Pensei nas palavras certas para colocar aqui, até que cheguei a isto. Deve soar estranho quando está lendo, pois parece uma carta dramática, já lhe digo que não é. É apenas um desabafo para a mulher que eu amo. Apenas um pouco do que eu senti sem você, um pouco do que eu sinto sem você. Bom Nina, não irei finalizar está carta com um "Adeus" porque nunca será um adeus.

Sempre vou está aqui, sempre serei "O Garoto da Casa ao Lado". Sempre serei o palhaço que descobriu o que é amor e o que é amar. Nosso futuro? Você poderá trilhar, irei estar aqui esperando qualquer decisão sua. Se quiser ficar e ser finalmente minha, serei o cara mais feliz do mundo.

Mas, se não quiser, sempre irei aceitar sua decisão. Deixo o final desse "livro" para você escrever. Só quero que saiba de uma forma diferente que te Amo, que sempre te amei, e que esse palhaço, esse cara que um dia quase de matou, está te esperando pra quando você quiser recomeçar.

Com carinho e Muito Amor Fred"

O garoto da casa ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora