Agentes

344 48 155
                                    

O barulho do meu salto entrando em contato com o chão chega a ser um incômodo para mim. Eu sou uma pessoa horrível por ter feito o que fiz ontem, mas acho que todos erram em prol de um bem maior. Esse bem maior no caso era descobrir algumas respostas para as minhas perguntas. Eu sou jornalista, o meu dever é esse, certo?

Ok, talvez isso tenha sido algo muito mais pessoal do que profissional, mas é do interesse da grande maioria ter respostas. Eu poderia simplesmente ter perguntado algo ao legista ou questionado um policial (e acredite, eu fiz ambas as coisas e não resultaram em nada), mas embebeda-los para conseguir arrancar alguma informação foi o caminho mais fácil de encontrar algo.

O legista com quem eu tinha falado me contou sobre várias coisas que ele descobriu. A pessoa que morreu parecia estar em um estado normal, com tudo em dia. A única coisa que se difere são os níveis de adrenalina, que haviam sido elevados em quase um segundo. O doutor também disse à mim que devido ao índice alto presente nas pessoas mortas, algo deve ter causado muito estresse para que ativasse esses hormônios.

O policial com quem eu não tive tanto prazer de conversar, no entanto, não tinha muitas informações. Ele acreditava que o que estava causando tudo isso era uma nova droga que os jovens usavam para sentir a adrenalina. Mas eu não posso acreditar nisso. Afinal, Jane não era do tipo que se drogava ou fazia algo desse gênero.

Escuto batidas na porta, o que faz com que eu pare de pensar nas informações que os dois homens me falaram sem estar em plena consciência. Deve ser a Teresa novamente, mais uma vez verificando se eu estou bem.

Saio do meu quarto e vou atender a porta, ver quem está me atormentando nesse iluminado dia em que eu havia por um momento tido a ideia de sair para trabalhar. Ao ver a silhueta em um tipo de vidro, noto que não se trata de Teresa.

— Boa tarde, senhora. Eu sou o agente Young e este é o agente Wayne, do FBI — disse um homem alto que vestia uma terno formal e tinha uma expressão mais tranquila no rosto. O homem ao lado dele, que era um pouco mais baixo, estava olhando para os lados desconfiado. Como se suspeitasse de algo. Ou de alguém, e devido às circunstâncias eu deveria acreditar que a pessoa suspeita seria eu — Se não for incômodo, gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas a respeito de sua namorada que morreu e das mortes ocorridas na região. Fomos informados que você cuidou de uma matéria ainda não publicada que traria esse tema.

Engulo em seco, buscando tentar me acalmar e não demonstrar que eu estou nervosa o suficiente para ser condenada como uma suspeita. A única coisa ruim que eu fiz foi embebedar uns caras para conseguir informações, apenas isso. Assim como eles, procuro desvendar esse caso que está literalmente acabando com vidas.

— Ah, claro. Podem entrar.

Eu estava tentando ser mais transparente possível. Expliquei tudo o que deveria, que Jane não tinha nenhum envolvimento com drogas ou nada que pudesse lhe acarretar esse tipo de morte. Além disso, mostrei para eles a minha matéria e os agentes pediram para levar uma cópia e analisar em outro lugar (coisa que obviamente eu consedi, pois eles são o pessoal do FBI).

— Você notou algo estranho em Jane antes dela falecer? Digo, falta de disposição, falha de memória, alguma coisa que possa ajudar na nossa investigação — disse o agente Wayne.

Penso bem, resgatando algumas memórias mais recentes que eu tive com ela. Jane não tinha nenhum problema. Bom, ela tinha alguns lapsos de memória algumas vezes mas nada preocupante. Era só o estresse que causava isso.

— Não, Jane era completamente normal. Parecia estar em seu ápice da saúde — disse, tentando fazer com que soasse algo engraçado. A única coisa que consegui foi um sorriso forçado do agente Wayne e um mini sorriso do agente Young.

— Muito obrigado pelas informações, foram muito úteis para o nosso caso. Se algo de estranho lhe ocorrer, pode ligar para gente. A qualquer hora — disse o homem mais alto, que tinha um sorriso simpático que ficava mais adorável com suas covinhas. Jane também tinha covinhas, e era o que mais deixava o sorriso dela em evidência.

Quando os agentes me deixaram novamente na minha casa sozinha, eu repensei em tudo que havia falado para eles. Não falei toda a história mais também não menti. Ok, esconder algumas verdades não é mentir.

Mesmo estando tarde e eu já pensar em desistir da ideia de ir ao meu trabalho hoje, pego uma jaqueta e saio para as ruas. Talvez a resposta que eu procure esteja em alguns outros homens que precisam ser embebedados.

—:—:—:—

Hello meus amores do Upside Down!

Esse capítulo, não sei o que dizer. Acho que ainda é a introdução, porque o que eu queria ainda não foi colocado na história. Mas vocês vão ver, eu prometo.

Ah, não sei se eu falei mas a Lucy é interpretada pela Nina Dobrev, então eu imagino ela dessa forma e não sei vocês.

Não sei se alguém reparou um easter egg sutil que eu coloquei. Dean é o agente Wayne. E o Batman. Enfim, eu sou retardada não liguem.

Espero que tenham gostado do capítulo, e embora eu não tenha colocado nada muito 'pah', lembrem-se: a fic está apenas começando, preparando o terreno para o que vai acontecer no futuro.

Já me desculpo por qualquer erro que possa ser encontrado. Eu sempre reviso o capítulo, mas as vezes alguns me escapam e né...

Um beijo, um queijo, bye bye suas Deanlícias *-*

Black Sea ❖ SupernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora