Bar

252 44 195
                                    

A rua estava escura e apenas poucos pontos de iluminação se ressaltavam. Eu estava usando o meu vestido mais colado que tinha um decote chamativo. Esse seria meu uniforme para a guerra. Por algum motivo, eu estava gostando de ser um Sherlock Holmes da vida. Eu gosto de investigar as coisas (mas ser investigada não é uma das coisas que me agradam).

O bar do senhor Mosley seria o meu destino. Ontem eu havia ficado atormentada com a visita dos agentes, mas eu não estou classificada como suspeita, de qualquer maneira. Eu nunca havia voltado naquele bar desde que eu tinha uns dezessete anos. Aquela havia sido a minha primeira noite em algum bar. E tinha dado merda. Um cara tentou se aproveitar da minha condição de semi bêbada, só que aconteceu algo que me deu um surto de adrenalida, e eu quase mato o cara. Eu fui proibida de entrar nesse bar até que eu fosse maior de idade (para o senhor Mosley, acima de vinte e um anos) e agora que eu tenho vinte e quatro anos não tem argumento que me impeça de entrar naquela porcaria.

Antes de entrar, pego um espelho na minha bolsa e me analiso mais uma vez. A maquiagem que eu estava usando era carregada com eu nunca tinha visto. Eu estava praticamente vestida para matar essa noite.

Respiro fundo e entro naquele bar. A maioria das pessoas que eu vejo ali parecem ser um bando de gente desempregada que fica bebendo vinte e quatro horas por dia, todo dia. Também tem um grupinho mais afastado, em que todos são jovens. Aposto que são virgens e que é a primeira vez deles em um bar com bebidas de verdade.

Eu iria sentar, mas ao fundo vejo aquela dupla de agentes. Agente Young e agente Wayne, se eu não me engano. Eles estão sem o terno, e também tem a companhia de uma mulher loira que parece ser bem próxima dos dois. Ela não parece ser uma agente, pelo menos.

Tento sentar próximo à eles, sem ser muito notada, então escolho uma mesa que está mais ou menos perto da mesa em que eles estão. O agente Young parece pesquisar alguma coisa no notebook dele (e eu vou ser sincera, fiquei curiosa para saber sobre o que eles estavam pesquisando) enquanto o agente Wayne parece estar lendo um caderno antigo e bebendo sua cerveja. A mulher loira que está com eles também lê algumas coisas, e dentre essas coisas eu noto a minha matéria ainda não publicada.

— Não é nenhum espírito vingador, demônio ou coisa do tipo. Talvez seja um daqueles deuses que sugam a alma dos mortais, lembra do que o legista falou sobre os hormônios da adrenalina? — disse o agente Wayne. O parceiro dele bebeu um gole da sua cerveja e mostrou alguma coisa no notebook, coisa que eu não pude ver o que é.

Peço uma bebida qualquer para mim, para não ficar entediada só escutando a conversa alheia de dois agentes do FBI. O plano certamente não era esse, mas acho que esses caras nem são agentes pelo o que eles falam. Devem ser dois loucos que fugiram do hospício, isso sim.

— Tentou falar com Castiel à respeito?

— Ele não quer aparecer para mim. Estou tentando manter contado, mas aquele anjo às vezes é impossível — disse o agente Wayne, com uma expressão que variava entre a raiva e a preocupação.

Espírito vingador? Demônio? Anjo?

Seja lá quem eles forem, ambos são totalmente desequilibrados psicologicamente. Eu achava que eu era retardada, até escutar a conversa daqueles dois (ou três, se contar a mulher loira que não havia dito muita coisa)...

— Olá, belezinha — um homem se senta na minha mesa, olhando sem nenhuma discrição para o meu decote e analisando as curvas do meu corpo. Ele está com um cigarro na boca, tem uma barba mal feita e ele não parece ser nem um pouco original para abordar uma dama.

— Com licença — digo, levantando. Como eu disse, isso não era o que eu havia planejado. Eu supostamente devia conseguir resposta de alguns caras que estariam alterados demais para ter noção que me contavam tantas coisas. A única coisa que eu encontro são dois agentes retardados e um bêbado que acha que tem qualquer chance comigo. Ao levantar, eu acabo esbarrando naquela loira que estava com os falsos agentes.

— Kate? — fala ela, olhando para mim surpresa. Os cabelos loiros dela parecem muito perfeito e sua pele semi bonzeada combina com ela. Ela tem olhos em um tom azul esverdeado, eu não sei explicar. É muito precioso. Seria ótimo se ela não estivesse me confundido com alguém chamada 'Kate'.

Eu estava prestes a fugir, quando essa mulher loira me dá um soco e eu caio no chão. No chão, ela continua me batendo e não me deixa com nenhuma maneira de me defender. Com a loira me dando uma surra, eu vou ficando cada vez mais fraca (e sem entender como essa mulher é muito forte).

Resultado? Obviamente, a escuridão me puxou para o seu lado e eu desmaiei.

—:—:—:—

Hello meus amores do Upside Down!

Como vocês estão? Hein? Estão gostando da fic? Estão odiando? Estão querendo comer o útero da Lucy por ela ser tão tapada?

Esse capítulo foi bem básico porque sim, mas no próximo eu creio que tudo vai começar a sair dos trilhos. Algumas coisas vão fazer sentido (não agora), eu juro.

Afinal, a atriz que interpreta a 'mulher loira' que estava com os Winchester é a Claire Holt, porque eu simplesmente amo ela.

Um beijo, um queijo, bye bye seus Deanlícias (eu sei, nome genial. Eu sou demais pra criar um treco desses).

Black Sea ❖ SupernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora