-Toma pelo menos um copo Eloah! - Junior fala já com o bafo de álcool forte me atingindo, e me recuso, já fazia dias que eu estava sóbria e me sentia bem por isso.
-Não! Eu vou dirigir, não posso beber... - ele me fuzila com os olhos e sorri de lado me deixando tensa, pois sabia que iria aprontar.
-Para de frescura... - ele segura meu rosto abrindo minha boca e vira o copo de tequila na minha boca, senti minha garganta gritar pelo líquido que descia rasgando.
-Sai! - bato em sua mão ouvindo sua gargalhada pois me viu fazendo careta após engolir a bebida.
Depois de muitas horas no bar coloquei meu amigo no carro e sai com o automóvel para a rodovia, ele falava muita besteira me fazendo somente ficar em silêncio até que apagou e ficou babando no banco do carro, me dando um descanso mental, por finalmente não ouvir as asneiras que ele colocava para fora.
Enquanto dirigia me lembrei de Arthur, já se faziam algumas semanas desde a noite que eu o conheci, após aquela noite somente passei na frente do local que eu sempre passava a noite e até os tabloides estavam comentando que eu não aparecia para dar nenhum barraco ou seninhas que eram típicos de minhas noitadas.
Pórem algo, melhor uma luz forte surge e um cachorro aparece do nada, distorço o volante e consigo desviar, mas um Porsche vinha em alta velocidade no cruzamento ocasionando uma batida na traseira de minha camionete, fazendo o carro acertar um poste enquanto a camionete acerta uma árvore e capota.
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-Mas eu não estava bêbada! - eu falava sentada em uma cadeira dentro da sala do delegado, ao qual era um policial que me interrogava.
Enquanto eu sentia que meu corpo ainda tremia pelo acidente que aconteceu e a adrenalina ainda corria pelas minhas veias. Sai com alguns ferimentos, mas meu amigo que estava sem cinto voou para fora do carro e está na UTI em estado crítico, me deixando mais agitada.
-O bafômetro apontou outra coisa, Senhorita! - ele anota algo na ficha e tenho vontade de socar a cara do policial que só estava fazendo o seu trabalho, mas minha paciência estava se esgotando.
-Me deixe sozinho com ela! - ouço uma voz grossa e calma provocar algo estranho em mim e um olhar de confusão no homem atrás da mesa que me interrogava.
Então me viro vendo que é Arthur, naquela hora bati os olhos em sua roupa social e liguei o modo como o policial agiu, ele era o delegado. Seus olhos se encontraram com os meus por segundos rápidos e senti que um sorriso se forma em meus lábios sem permissão o que me faz voltar a posição de antes e fitar o policial que estava nervoso.
-Mas senhor... - o cara ainda tenta retrucar.
-É uma ordem! - o policial me fuzila e acabo sorrindo quando saiu da sala.
Arthur fecha a porta e se senta na mesa sem me olhar, fico em silêncio somente observando-o, me lembrei da primeira vez que o vi, acabei imaginando-o de farda me deixando de pernas bambas, admitindo que o cara ficaria mais gato do que já era. Acabo balançando a cabeça pois já estava imaginando coisas além da conta, sinto ele me olhar pelo meu movimento e junta as mãos em cima da mesa.
-Tequila? - ele pergunta com as sobrancelhas levantadas, e me lembro da noite que nos conhecemos.
-Eu não bebi, Arthur! - ele franze o cenho com minha atitude.
-Você ainda lembra meu nome? - ele queria eu eu não lembrasse, mostrando sua surpresa ao inclinar a cabeça de uma maneira engraçada.
-Sim! E não me esqueci do favor que me fez, me levando para casa! - ele sorri de lado e quase perco as pernas, aquele sorriso era lindo demais e eu havia me esquecido.
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Minha Bênção
RomanceEloah, uma empresária conhecida em todo o país, com uma vida regada a bebidas, muitos homens a cama, mas infeliz, conhecendo um homem que faz suas origens a acerta-la de tal maneira que somente uma decisão pode ser tomada... Arthur, um delegado fiel...