Minha Bênção

11 - O inimigo está a espreita!

Me troco colocando um vestido solto que tenho e saio do quarto vendo Arthur também sair de seu aposento e sinto cheiro de banho tomado. 

-Vai sair novamente? - caminhamos juntos até descermos as escadas. 

-Sim! - ele para antes de ir para cozinha e me olha. -Não quer vir comigo para a delegacia? - fiz bico. -Tem algumas coisas que precisamos saber sobre o seu tio.

-Mais? - pergunto e me viro indo a cozinha.

Caminho até as janelas e as abro, ouço a geladeira ser aberta e logo vejo que a mesa já está pronta, só faltando o leite que o vejo colocar e se senta me esperando. Me junto a ele e rapidamente faz a oração para agradecer e abençoar o desjejum.

-Sim! - finalmente me responde. -Minha mãe quer que almocemos na casa dela! - sorrio de lado. -E depois temos o jantar na casa do seu amigo... assenti mordendo um pão com manteiga e tomo um gole de leite puro.

-Preciso confirmar, mas meu tio faz uma festa de gala todo ano na empresa dele, e como eu sou da família, ele me convida, principalmente por causa da minha empresa... - seus olhos param em mim e não entendo seu olhar. -O que foi? - ele abaixa seu pão com queijo e semicerra os olhos. 

-O que quer dizer me contando isso? - tomo mais um gole do leite. 

-Talvez pudêssemos investigar mais nessa festa, não? - ele eleva as sobrancelhas. -Já que corremos perigo de vida ou morte do mesmo jeito, por que não correr risco de morte ao lado do assassino? - seu cenho se franziu. 

-Você gosta de adrenalina, não é? - balanço os ombros o vendo negar com a cabeça a ideia que eu dava. -Mas não é má ideia! - paro de comer ao ouvi-lo. 

-Sério? - ele assente voltando a dar uma boa mordida em seu pão. -Então... - procuro pelo seu olhar.

-Calma, Eloah! - o vejo segurar uma risada. -Temos que avaliar a ideia e ver se pode dar certo, okay? - assenti animada e o vejo dar risada pela minha empolgação.

Terminamos de comer, nos aprontamos e logo estávamos adentrando a delegacia que já tinha dois fotógrafos a porta quando passamos sendo segurados por policiais de ronda pois não poderiam entrar atrás de nós. Ao longe pude ver Luiza e Amanda com algumas pastas em mãos, Arthur me guiou até sua sala, me lembrei dela ao entrar pois havia estado ali por algumas horas no dia que meu carro capotou. 

-Oi! - Luiza se aproxima. -Soube que vão almoçar na casa da mãe do chefe! - assenti. -A equipe gosta da macarronada que ela faz... - sorrio vendo que eram companheiros de vida e não só de trabalho. 

-Olá! - Amanda me cumprimenta colocando algumas pastas na mesa de Arthur e se retira da sala segundos antes de Silva entrar e sorrir para mim, entrega uma chave ao delegado e se retira. 

Me ajeito na cadeira a frente de sua mesa enquanto o vejo ajeitar o distintivo em sua calça, seu coldre em sua cintura e carrega sua arma também a ajeitando rapidamente antes de um policial entrar com um papel que é assinado e ele também se retira. 

Seus olhos me fitam por alguns segundos e sorrio, mas novamente Amanda adentra se sentando ao meu lado e Luiza se retira deixando que o silêncio voltasse a reinar e sinto que estou atrapalhando.  

-Então... - Arthur se senta. -Conta a ideia! - Amanda se vira e fica séria. 

-Meu tio faz uma festa de gala todo começo de ano e convida CEOs e os empresários mais renomados do país, eu contei a Arthur que desde que me tornei a dona de mais da metade das empresas Milok, sempre sou convidada para estar ao seu lado! - pego meu celular ao sentir que recebi uma mensagem. -Em falando na festa! - entrego o aparelho a Arthur que vê a mensagem de Júnior dizendo que o convite havia acabado de chegar. -Sempre recebo um convite a mais e posso levar um acompanhante... - ele me devolve meu celular.