18 - Pronta para Matar!

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King of Death

A fachada da empresa que Eloah comanda sempre foi o que me deixava mais admirada, nunca me canso de olhar as poucas pessoas que entram e saem, os funcionários que são felizes e hoje me surpreendi quando ela adentrou o local com seu noivo. 

Mesmo que minha vontade fosse de esfola-lo vivo, mas agora que ele está com seu lindo e gato rosto estampado em todas as mídias, terei que ser mais cuidadosa, não posso simplesmente entrar em sua delegacia e matá-lo. Preciso preparar algo digno de um delegado. 

A morte de Eloah é a que mais me interessa no momento, mesmo sabendo exatamente a rotina de seu dia-a-dia, no que ela trabalha dentro da empresa é a única coisa que ainda não descobri, pois nunca conheci uma empresa com tantos segredos e apresentações tão perfeitas para que só mostrassem ela como presidente das empresas Milok. 

-Todos já saíram... - meu motorista me avisa e confirmo para que voltemos ao meu apartamento. 

No caminho passamos a frente do restaurante que Eloah está junto a seu noivo e observo ele dar uma gargalhada que faz alguns clientes observa-los pela cena, seus olhos apaixonados pela loira mais cobiçada do país me deixa enojada, nunca achei que algum homem poderia algum dia aguentar a filhinha do papai por mais de uma hora. 

Loira, olhos verdes, uma patricinha tatuada e agora evangélica, o cúmulo do descaso e o fundo do poço para alguém com tanto poder como ela, e não poderia fugir de meus olhos quando assumiu em uma entrevista que ainda não havia se batizado por assuntos pessoais e então meu interesse por seu sangue dobrou. 

Não suporto pessoas que pensam existir um Deus, a hipótese de haver alguém que está me olhando de cima e me julga por tudo que faço e que guia a minha vida me dá repulsa. Mas meus planos para amanhã estão se concretizando e o corpo que está sendo torturado em casa me dá coceira na mão por gostar tanto do serviço. 

Mesmo com tudo isso, ainda ferve meu sangue ao lembrar que o quadro de Ana Milok não foi destruído por fogo, e ainda me disseram que não havia obra de arte alguma naquela mansão sendo que eu mesma já havia visitado aquela casa e sabia da existência da bendita imagem de Jesus Cristo no Getsêmani. 

Torturei todos os homens que agiram naquela noite e ainda sim os vi chorando que não havia obra alguma, disseram que o quarto da cozinha somente havia utensílios de limpeza para casa e nenhum vestígio da bendita obra. 

Então na semana seguinte pude observar a obra sendo carregada para dentro da casa de Arthur por ele próprio e não resisti matando três dos homens daquele dia, que um deles fiz questão de pendurar no teto branco e impecável de Eloah e dessa vez fiz questão de ter certeza que todos veriam minha assinatura. 

-Está tudo pronto para amanhã? - meu motorista confirma. -Se acontecer algo novamente e deixarem algum coisa para trás como da última vez... - o vejo agarrar o volante. 

-Não irá acontecer senhora... - arqueio uma sobrancelha e volto a observar o lado de fora do carro. 

Estacionamos no prédio e a porta do veículo é aberta, entrego minha bolsa ao meu segurança que logo está do meu lado e caminho até o levador me atentando no que preciso fazer amanhã. Quando a porta se abre, respiro fundo e visualizo meu lugar, o local da sala com a decoração retrô que sempre gostei, me viro para meu quarto e logo um de meus homens me entregam meu soco inglês que ajeito em minhas mãos.

Abro aporta do quarto já vendo a garota que pegaram para o interrogatório de hoje, eu necessitava saber mais sobre Eloah Milok e seu noivo. 

-Ela não diz uma palavra senhora! - o homem que deixei para tortura-la se aproxima e vejo que seus dedos estão machucados e sangrando. 

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