Lucas aceitou o quarto de hotel reservado por Luna, Júnior precisou voltar para a empresa pois precisava ficar a par de como a mídia iria reagir quanto ao que aconteceu em minha casa e eu fiquei no hospital em observação, mas o que me deixou surpresa foi a mãe de Arthur aparecer em meu quarto trazendo lanche para mim e para seu filho que estava agora na poltrona que arrastou para ficar perto da cama.
-Não precisava, senhora... - a senhora fechou a cara me deixando desconfortável.
-Menina, eu estou aqui pela razão de meu filho gostar de você... - vi ele colocar a mão no rosto não acreditando no que ouvia e me deixando com vontade de rir. -Mesmo que negue, sei que ele gosta de você... - comprimo os lábios vendo a cena que sua mãe estava fazendo.
-Obrigada! - sorrio vendo a porta se abrir pelo médico que estava responsável por mim aquele dia.
O doutor se aproximou sorrindo para todos ali e cumprimentou Arthur com a cabeça que fica tenso se levantando e se aproxima de mim em uma velocidade surpreendente.
-Olá, senhorita Milok! - ele toca meu soro e coloca luvas sob os olhos do delegado ao meu lado.
Rapidamente retira a agulha de meu braço me fazendo dar um suspiro de alívio por ver que mais nada me perfurava, sorri novamente jogando tudo em uma lata de lixo ao meu lado e se vira tirando uma caneta e uma caderneta para receitas, anota algumas coisas e destaca a pequena folha entregando a mim que seguro já sabendo ser remédios para ansiedade.
-Somente seis gotas antes de dormir e irá melhorar sua ansiedade... - assenti vendo-o sair e minha respiração se regulariza.
Toco o chão percebendo estar descalça e me arrepiar pela temperatura do piso, Arthur logo pega a receita de minha mão dobrando e coloca em sua carteira me deixando curiosa, e então ajuda a me levantar da cama e pega minha bolsa na segunda poltrona deixada por Lucas antes de ir para o hotel.
-Onde quer que eu te deixe? - sua voz me chama atenção ao sairmos do quarto e caminharmos com calma pelos corredores do pronto socorro.
-Tenho uma casa pequena... - ele abre uma porta e logo saímos para a sala de espera vendo alguns repórteres logo na parte de fora me fazendo revirar os olhos. -Se eu não soubesse exatamente o que é fazer o que mandam, eu iria processar eles... - falo parando ao observar todos ao lado de fora que tiravam fotos de mim, Arthur e sua mãe ao meu lado que arregalava os olhos com o tanto de pessoas nos olhando.
-Quer que eu chame alguma viatura? - ele pergunta segurando minha mão esquerda e firmando minha cintura para eu conseguir andar melhor.
-Se você não se importar de aparecer em sites e revistas de fofoca... - o olho de lado o vendo sorrir de lado e balançar a cabeça. -Vai ser notícia e vão pesquisar sobre sua vida, passado e podres, e até sobre seu trabalho! - ele me olha nos olhos e me segura com mais firmeza.
-Não vou te deixar sozinha, Eloah! - sinto que aperta de leve minha cintura intensificando sua fala voltando a olhar o lado de fora.
-Ok! - finalmente respiro fundo e caminhamos devagar saindo e percebo que não se aproximam, somente tiram muitas fotos.
Ele e sua mãe me conduziram até seu veículo e logo estávamos saindo, consegui colocar o cinto, mas minhas mãos tremiam de leve, uma coisa que ele nota, pois sinto seu toque ao segurar minha mão e fazer um leve carinho com seu dedão me passando tranquilidade.
No caminho deixamos sua mãe em casa com direito a seu pai vir até o veículo e me desejar melhoras e um sorriso por saber que seu filho não me deixaria sozinha. Então voltamos a minha mansão cheia de fitas e interditada, desci com cuidado vendo na claridade da manhã o estrago feito, respirei fundo quando ele se colocou ao meu lado.
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Minha Bênção
RomanceEloah, uma empresária conhecida em todo o país, com uma vida regada a bebidas, muitos homens a cama, mas infeliz, conhecendo um homem que faz suas origens a acerta-la de tal maneira que somente uma decisão pode ser tomada... Arthur, um delegado fiel...