Os dias iam seguindo bem tranquilos e parecia que finalmente eu e Filipe estávamos em paz, depois daquele dia do mercado nós passamos o domingo todo beijando na boca, era uma coisa que ambos gostavam muito de fazer.
Os lábios dele eram suaves e macios, pareciam conter o melhor sabor do mundo, eu não sabia explicar aquela vontade louca que eu tinha de beijá-lo, em nossa relação era a coisa que eu mais gostava, ele era profissional poderia viver de beijos e abraços.
Mas eu estava aprendendo que uma relação na se baseia apenas a beijos e abraços, como Caio me falou eu estava tentando dar mais atenção a Filipe, procurava saber coisas sobre ele, sobre sua família, o que ele gostava e o que não gostava. Mas o nosso assunto principal era a escola de Artes, era impossível não se apaixonar pelo local da forma que ele falava.
Filipe não tinha vergonha alguma de dançar, então algumas vezes ele mostrava suas coreografias para mim, só era chato quando ele errava ou caía, pois uma das características mais marcantes da personalidade dele era a autocrítica, quando alguém errava Filipe acalentava e incentivava a pessoa de todas as formas, mas quando acontecia com ele era diferente, tinha que ser perfeito, sem falhas.
Nós já havíamos combinado que todos os sábados passaríamos juntos no apartamento dele e os domingos seriam comigo, assim ele poderia retomar a intimidade que ele tinha com a minha casa. Eu já me sentia parte da dele, Allan me tratava muito bem, conversávamos sobre tudo, ele realmente era um cara bem liberal e não só aceitava nossa relação como incentivava.
Era comum ficarmos apenas nós dois na sala enquanto Filipe estava na cozinha preparando algo, Allan amava cozinha e o filho, então eram comuns suas idas ao fogão para ver se estava tudo bem ou se ninguém estava queimado ou cortado.
Uma coisa que não se via no corpo de Filipe eram marcas de arranhões, cortes ou queimaduras, ele nunca havia se fraturado ou quebrado nenhuma parte do corpo. Nos intervalos de suas preocupações Allan retornava a sala e podíamos continuar nossa conversa e foi num dia desses que ele puxou um assunto curioso.
- Garoto, eu não sei se você sabe, é difícil acreditar, mas Filipe é virgem – Arregalei meus olhos bem assustado e Allan riu.
- Desculpa – Pedi.
- Tudo bem, eu sei que não é muito fácil de acreditar – O homem falou coçando a barba rala – Filipe é muito brincalhão e fala besteira ás vezes, mas fazer ele nunca fez nada.
- Olha Allan, a gente nunca nem falou sobre isso, não vou mentir sabe, eu que comecei descendo a mão, ele no início não gostava muito, mas foi cedendo, acho que nunca chegamos a fazer nada além de sarrar.
Era incrível como eu me sentia confortável para ter aquele tipo de conversa com ele, se fosse com meu pai ou com minha mãe eu não continuaria nem por um segundo, morreria de vergonha, mas acho que por Allan ser tão aberto conosco aquilo fluía naturalmente.
- Na infância Filipe teve alguns problemas – Ele ficou quieto um tempo – Acho até que vocês eram amigos nessa época, então para ele é tudo novo e ousado, só quero te pedir uma coisa – Eu o olhava nos olhos – Pega leve com ele ta!
Não aguentei e comecei a rir, um misto de vergonha e surpresa. De fato Allan era muito cuidadoso com o filho.
- É sério rapaz, sei que essas coisas mudaram, mas da pra ver quem vai fazer o que na relação de vocês, e você não é fraco, malha, se exercita, então tenta ir devagar com o meu menino, ele é frágil – Allan falou.
Claramente entendi o que ele tinha falado, eu também imaginava que eu seria ativo e que Filipe seria passivo. O que me surpreendeu foi o fato dele ser virgem. Eu não conhecia pessoa mais fogosa, era cada beijo que parecia que ia levar minha alma junto, cada encoxada nos muros que eu pensava que transaríamos ali mesmo e acima de tudo o olhar dele era o mais sexy.
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DE AMIGO PARA NAMORADO - Descobertas
Roman d'amourAviso: Esse livro contém nudez, linguagem imprópria e cenas explicitamente sexuais não recomendada para menores de 21 anos de acordo com as normas do Wattpad, se você estiver com esse livro em sua biblioteca e/ou lista(s) de leitura(s) torna-se inte...