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- Meu nome é Jaqueline e eu transo.
- o quê?!
- Queline.

Ahoy! Aviso de conteúdo impróprio para você, menor de 16 anos. Eu sei que aqui é cheio. Peço que não me responsabilize por qualquer dano de qualquer natureza. Boa leitura.

Me senti envergonhada por Chris ter presenciado o primeiro contato tão íntimo entre mim e Lauren.
Não me sinto desconfortável quando estou sozinha com ela em situações que se tornam um pouco mais apimentadas. Ela sempre evita invadir minha privacidade, e o extremo em que chega, é beijar meu queixo, assim como também faço.
A realidade é que ela é o meu primeiro amor, o clichê que para mim, deveras, é inédito. Nunca tive ninguém antes, além da minha fértil imaginação, e nem espero ter se não for para ser Lauren.

"Deixe o garoto. Minha reação seria a mesma ao ver minha irmã agarrando a namorada na minha cozinha.", falo segurando sua mão, enquanto ela me guiava para algum lugar da casa.

"Namorada...", ela saboreou a palavra. "Você não tem irmã, Camz. O Chris é um idiota que aparece na hora errada.", debate.

"Lauren, nós estávamos na cozinha. Dá um desconto.", aponto com o polegar para trás de nós.

Ela bufa, ajeitando os cabelos para um só lado. "Para onde está me levando?"

"Somewhere only we know.", solta minha mão e pega uma chave que estava dentro de um livro - velho, por sinal - que se encontrava em uma estante embutida na parede do corredor.

"Ah, eu gosto tanto dessa música. Mas não sei mesmo onde está me levando.", caminha até o final do corredor, parando em frente à última porta.

"Mas agora vai saber.", sorri, encaixando a chave na fechadura.

Me chama com o indicador, permitindo minha passagem antes e logo depois nos tranca por dentro. Estava escuro, o único feixe de luz, vinha da brecha da porta.

Lauren liga o interruptor. Uma escada de madeira dava entrada até outro cômodo. Ela trata logo de subir, e eu faço o mesmo.

"Lern este é seu...", chego até o topo da escada. "Ateliê.", concluo num sussurro.

Uma sala, de tamanho médio, com dois cavaletes regulares. O canto das três paredes estava repleto de telas em branco, outras já pintadas. Um balcão enorme, com armários, se estendia na quarta parede do fundo.
Todo o quarto é pintado de um verde escuro, quase preto. Em uma estante, acima do balcão, se encontravam algumas máquinas fotográficas, algumas antigas, e outras pareciam nem terem sido utilizadas.
Fotos de paisagem e de pessoas desconhecidas por mim, estavam penduradas por todo o cômodo.

"Lauren isso é...isso é magnífico.", falo impressionada.

"Esse é o meu lugar, Camz.", me viro para ela e um sorriso orgulhoso estava estampado em sua cara.

"É muito, muito demais!", me exalto. "Não dá nem para explicar! Parece mágico."

"Sim, sim. Está um pouco abandonado porque desde que te conheci, só passei para pegar uns filmes para a máquina e alguns materiais para desenhar.", fala, se aproximando e colocando o braço sobre meu ombro.

Mundo Sucinto (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora